Olá amigos(as)
Pretendo com este blogue manter um meio de comunicação como se fosse o meu "Diário de Bordo".
Sendo assim os temas serão variados passados no meu dia a dia. Viagens, emoções, momentos, rimas, histórias da minha terra, etc.
Sugiro que passe também o seu olhar pelas fotos de outro blogue : "O Meu Olhar" https://bmamax.blogspot.com
Se tem interesse em algumas dicas para tratar das suas plantas ou horta, visite: https://quintaljardim.blogspot.com
Os seus comentários serão bem recebidos e por isso deixo um OBRIGADA por ler o que vou rabiscando
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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

As amigas "Marias"

Foto retirada da Internet
Já um dia falei nas três Marias. Hoje são quatro e eu.
Sou a única do grupo que não tem esse nome. Não sei se fui eu que as escolhi ou se foram elas que quiseram dar-me a honra das suas amizades, que já vem de longa data.
Se um dia tiverem a oportunidade de as conhecerem vão saber porque somos amigas.
É que as Marias e eu já partilhamos muitas emoções: Alegres, tristes, comoventes, dolorosas.... e conseguimos guardar momentos e segredos sem impor condições.
Não sei se algum dia encontrarei a palavra certa para definir a nossa amizade.
Se realmente conseguir traduzir este sentimento tão valioso, irei saborear o triunfo por tê-lo feito.
Talvez até nem consiga, mas sei que as quatro Marias pensarão como eu e sabem que para nos mantermos amigas basta apenas um olhar e simplesmente um abraço.
Não estamos sempre juntas (nem será preciso).
Afinal as verdadeiras amizades estão sempre presentes e são eternas.....
O jantar estava óptimo MARIA........

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O Cata-vento

Mais uma das minhas histórias que talvez não tenha interesse algum para quem a lê.
Já devem ter verificado, que de vez em quando tenho "ataques" de saudosismo. Dizem que faz parte da alma portuguesa. Sendo assim, sempre que tenho uma oportunidade não a deixo escapar.
Um dia, reparei num cata-vento no centro de Portugal e mesmo com o carro em movimento captei o momento.
Talvez não tenha sido uma foto perfeita, mas foi a melhor que consegui.
Depois disto, e porque sempre me fascinaram, tenho que falar destas torres enfeitadas com as pás dispostas lateralmente sobre um eixo horizontal e colocadas estrategicamente no cimo, que giram conforme a força do vento.
Eram utilizados para accionar bombas de água quando o vento não estava preguiçoso e assim orientavam as práticas agrícolas com o aproveitamento da energia que produziam.
Entretanto com o evoluir dos tempos o cata-vento começou a ter os dias contados e foi sendo substituído por bombas eléctricas e outros mecanismos.
Foram ficando parados e desaparecendo da nossa paisagem, deixando-a mais pobre, triste e sem a beleza do movimento e vida que transmitiam.  
Depois surgiram outros tipos de cata-ventos (que nada tinham a ver com os que acabei de falar) com novos formatos mais sofisticados e com outro conceito, que eram exibidos nas torres das igrejas, torres, casas particulares, escolas, enfim já como símbolo de hierarquia e poder e como objectos decorativos nas chaminés.
As minhas palavras "leva-as o vento" e talvez um dia leve também as minhas lembranças, mas neste momento sou eu que não quero deixar esquecer um património fascinante que vai deixando de ser uma linda atracção....
Evolução dos tempos....


domingo, 9 de novembro de 2014

Tarde de Domingo


Tarde de domingo silenciosa e preguiçosa.
Ao acordar senti que o dia seria tranquilo, com frio, sol, chuva, uma mistura de tudo, mas nostálgico.
No entanto a vida tem que ser companheira do tempo e das tarefas que o mesmo exige.
Para o almoço assei um bacalhau no forno com batatas e para sobremesa aproveitei para assar maçãs com pau de canela e vinho do Porto.
Almoço simples e rápido.
Enquanto preparava tudo isto, olhava de vez em quando pela minha janela e admirava a paisagem que todos os dias me cumprimenta.
De repente o "melro" que vive por aqui, de galho em galho, com a pressa que levava, bateu nas vidraças e conseguiu assustar-me.
Como se nada tivesse acontecido escondeu-se debaixo da laranjeira e ali ficou à procura do seu alimento.
Entretanto tinha a música como companhia e assim andei, cumprindo a rotina, mas com vontade de dizer.... "Oh tempo volta para trás"...! sim, para trás...! Talvez fosse bom viver momentos passados....
Eu disse "talvez", porque será impossível isso acontecer.
A vida prega-nos partidas, mas temos de vivê-la tal e qual ela pretende.
E sendo assim... nada de reclamações... "vamos em frente que atrás vem gente".
Continuo agora no silêncio das minhas letras à espera que a noite caia e me traga um novo dia, com novas emoções e quem sabe com um novo cumprimento do melro desastrado....
Desabafos...

sábado, 8 de novembro de 2014

S. Martinho e as castanhas

O frio, o Outono, mês de Novembro e o S. Martinho fazem lembrar as castanhas. 
Penso que para muita gente são um verdadeiro pitéu e já houve tempos em que tinham uma enorme importância na dieta dos portugueses e uma grande relevância na gastronomia europeia. Provavelmente foi um dos primeiros alimentos a serem consumidos pelo homem, uma vez que há indícios de seu uso já na pré-história.

As castanhas representavam nessa época a abundância, por isso eram dadas aos pobres, daí serem o símbolo da festa de S.Martinho.
Entretanto foram substituídas pelas batatas. São muito ricas em amido e em alguns lugares ainda, hoje, são transformadas em farinha, a partir da qual se faz pão e massas, por isso o castanheiro também é conhecido por “Árvore do pão”.
Nós por cá, lá nos vamos deliciando com elas, não como pão, batata ou farinha, mas sim bem confeccionadas de várias maneiras e regadas com o nosso vinho novo de S. Martinho.
Já agora uma dica: Se quer afinar as cordas vocais e mandar a tosse dar uma volta, nada melhor do que fazer gargarejos com uma infusão de folhas de castanheiro ou de ouriços.
Venham as castanhas e o vinho e festeje-se o S. Martinho.....                                                                                          

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Ouro com azul

Vista panorâmica do Rio Douro com o seu afluente - Rio Bestança. A diferença da cor da água dos dois rios é impressionante. Juntam-se em Porto Antigo.
O Douro é de Ouro. Não acham?

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sinos

Fim de tarde em Abragão.
Os sinos da minha igreja, tocavam compassadamente badaladas da hora exacta do dia.
Passados alguns minutos, ouviam-se de novo, mas para anunciar o cortejo fúnebre de um filho da terra.
Aqui, voltei atrás no tempo e lembrei dos sinos que outrora tocavam para comunicarem à população todos os acontecimentos.
Existiam vários toques, para que toda a gente identificasse a causa.
Hoje em dia os sinos vão-se ouvindo nos meios rurais (é o caso), mas só em algumas situações.
Ainda vão sendo um meio de comunicação. A sua funcionalidade está associada, para além das horas a diversos rituais, tanto festivos, como de tristeza.
Já tocam electronicamente sem ser precisa a força humana, mas ainda vão tocando.
Dão as boas e más notícias.
Para além disto lembro de ouvir falar que também estariam relacionados com lendas diversas. (O que acho interessante).
E é. então, com alguma nostalgia que recordo todas estas tradições que se vão perdendo e que tornam mais pobre um património cultural que alimentava uma linguagem simbólica e descodificação entre as pessoas.
Penso que o som dos sinos tanto nas boas como nas más notícias, dava origem a um universo que se punha de imediato, em movimento....
Ficando ainda com as minhas memórias, espero ouvir tocar o sino, ainda durante muito tempo, mas que seja sempre para anunciar a hora seguinte...

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O Araçá-vermelho

 Araçá - vermelho.
Sempre me fascinaram frutos exóticos e este é mais um que me vai deliciando nesta altura do ano.
O araçazeiro que existe cá em casa, durante os meses de Outubro/Novembro, fica colorido com pequenos frutos de araçás-vermelhos, cujo significado do nome, dizem ser "fruta que tem olhos".
É uma fruta de clima tropical mas também se adapta bem aos nossos terrenos.
A planta cresce moderadamente e não necessita de cuidados especiais. Claro que tem de ser regada e arejada.  Não precisa de ser podada a não ser para eliminar alguns galhos que estejam mais desordenados.
A floração é exuberante com delicadas e lindas flores brancas e os frutos amadurecem em Outubro/Novembro, numa época em que já não vai havendo muita fruta para apanhar.
Bem, o facto de eu falar no araçazeiro e seus frutos é só, porque, para além de o mesmo enriquecer o meu quintal, consegue dar-me o prazer de saborear um fruto exótico com sabor de várias misturas de frutos e ser muito rico em vitamina C, ser um antioxidante, digestivo, controlar a pressão arterial, para além de várias outras propriedades.
A natureza é generosa...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Feijoas

Conhecem esta fruta?
Pois é... cá por casa existe a feijoeira que todos os anos me presenteia com abundantes feijoas.
Há quem tenha a árvore e não consiga ter frutos. No entanto nunca tive esse problema.
Na Primavera enfeita o meu jardim com as maravilhosas flores e no Outono oferece-me as deliciosas feijoas.
Conhecida como "a fruta da eterna juventude" tem qualidades únicas, responsáveis pelo equilíbrio do nosso organismo.
São antioxidantes e combatem bactérias e fungos, Funcionam na prevenção de várias doenças causadas pelo mau funcionamento do sistema imunológico e pode até servir de esfoliante para a pele.
O seu sabor tem uma característica interessante pois dá a ideia de uma mistura de goiaba, banana, morango e especialmente abacaxi.
Depois é diferente dos outros frutos relativamente à altura em que se devem comer. É uma fruta de Outono e por volta de Outubro/Novembro as feijoas ficam maduras, caem ao chão e é nessa ocasião que se apanham e se comem já maduras. As que vão caindo são as melhores
Poderá ser um fruto que na primeira vez que se come se estranhe o sabor, precisamente por parecer uma mistura de frutos exóticos. No entanto se estiverem bem maduros depressa se tornam uma delícia ao paladar.
Então se é bom e tem tantas propriedades curativas porque não comê-las ou se tiver um cantinho na sua casa plantar uma árvore?
Vai ver que para além da sua floração ser muito bela e enfeitar o seu jardim, os frutos vão fazer parte da sua alimentação.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Parque Nacional da Peneda

Olá
Hoje, enquanto visitava o arquivo das minhas fotos, de repente parei numa viagem que em tempos fiz pelo Parque Nacional da Peneda - Gerês.
Lembrei que na época era Fevereiro. No entanto a variedade e riqueza da vegetação era muito intensa. Mato, carvalhos, pinhais, castanheiros, azevinhos e espécies raras, bosques, campos de cultivo e pastagens tornavam a paisagem intensa e de cortar a respiração.
Os animais, alguns de espécies raras e únicas no mundo passeavam pela serra. enquanto outros atravessavam  à nossa frente, como donos daquele território (e são) parecendo querer lembrar-nos que só por sua vontade e bondade nos facilitavam a passagem, mas com a condição e obrigação de preservar o que lhes pertencia.
As aves, também, fizeram questão de se fazerem notar no seu voo melodioso e gigantesco, mostrando que estavam atentas e que em qualquer momento se fariam sentir se a nossa atitude não fosse a melhor para com aquela bela paisagem e habitat natural.
Todos ele mereceram o nosso respeito e continuamos encantados e fascinados com todas as atitudes.
Talvez a paisagem, fauna e flora da serra do Gerês sejam únicas em diversidade em qualquer altura do ano e por isso merece da nossa parte um grande respeito e atitude digna de um lugar fascinante.
Depois lembro que, eram constantes os vestígios  medievais de um passado histórico traduzidos em várias localidades como Castro Laboreiro, Lindoso e Soajo com os magníficos espigueiros todos em pedra numa eira comunitária e assentes numa área de granito, que nos fizeram demorar por ali e não resistir a uma ruralidade ainda muito presente.
Entretanto seguimos por curvas e curvas até ao Santuário de Nossa Senhora da Peneda, situado no Concelho de Arcos de Valdevez.
É um Santuário do século XVIII/XIX, que nos oferece para além da Igreja um escadório das virtudes com estátuas representando A Fé, Esperança, Caridade e Glória.
E foi com esperança que depois de uma noite bem dormida continuamos pela beleza daqueles recantos, admirando tudo que nos rodeava com a visão por entre a vegetação e depois já mais ampla do Rio Lima e as várias cascatas de água que naquela época do ano eram bastante abundantes.
Tinha nevado e os vestígios de neve ainda circundavam a serra tornando-a numa anciã de cabelos brancos
Bem posso mesmo dizer que paisagens assim convidam ao silêncio e à contemplação.
E foi quase em silêncio e com a esperança de voltar, que fomos deixando para traz uma das maiores atracções naturais de Portugal.
O Parque Nacional da Peneda tem destas coisas....
Cada recanto é uma descoberta.

domingo, 12 de outubro de 2014

Palco da vida


Hoje é um domingo de chuva, cinzento e triste. Mesmo assim desejo que este dia seja feliz para todos. Não sei se é o tempo ou se é a nostalgia, que me está a levar a recordações de criança.
Lembro das brincadeiras inocentes, dos amigos, dos sorrisos e dos sonhos.
De repente dei comigo a pensar que a peça de teatro já passou do intervalo e percebi que alguma coisa do texto tinha escapado.
Não foi bem representado pois muita coisa ficou por dizer, muitas frases esquecidas, e os sonhos não estavam lá, ou se estavam passaram sem eu perceber. Tudo foi rápido como uma flecha num abrir e fechar de olhos.
Por isso apetece-me repetir a cena. Acreditar nas fantasias, nos sorrisos, nos sonhos e brincar. Descobrir verdades sem ter dúvidas. Sorrir e fazer sorrir.
Comer o bolo de chocolate, mas antes passar o dedo no creme delicioso.
Não é pedir muito. É só fingir que a peça ainda não começou.
Afinal é só recomeçar a representação, e o dia de domingo convida à imaginação.
Que o pano do palco se abra lentamente....

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Receita de marmelada caseira

Ainda estamos em ocasião de fazer a nossa marmelada.
Se por acaso quiser seguir a minha receita, faça o seguinte:
Lave e descasque os marmelos que achar convenientes. Corte em bocados pequenos.
Pese e depois adicione o açúcar.
Eu por cada quilo de marmelo só utilizo 800grs de açúcar.
Ponha tudo a cozer em lume brando.
Misture um pouquinho de água (muito pouca) para que não pegue no fundo.
De vez em quando vá mexendo e deixe ganhar ponto ou a sua cor preferida.
Quando estiver com a cor mais ou menos como a foto, passe a varinha mágica, durante bastante tempo para ficar macia.
Pronto.... depois é só distribuir nos recipientes que entender e quando estiver fria deve estar pronta a ser cortada à faca.
Depois é só saborear como gostar mais.
Comer uma fatia de queijo com uma fatia de marmelada é delicioso. 
"Dizem que sabe a casar"... Será?

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Falar por falar

Hoje começo a escrever com a noção que o dia está a ser mais longo. O tempo não passa.
Talvez eu devesse agradecer por isso e deixar que o tempo passe devagar, devagarinho porque ao deixar "o tempo passar" posso ter mais oportunidade de ter "tempo" para pensamentos, recordações, emoções e saudade.
Mas.... saudade!!! ? Palavra tão portuguesa e tão difícil de explicar!!!
Afinal!!! Será isso?
Talvez seja porque sinto uma dorzinha no peito e palpitações, como um reboliço cá dentro!
É talvez esse aperto que não deixa o dia acontecer e traz lembranças de pessoas, momentos, velhas amizades, risos, choros, olhares, inocência, sabedoria e ausência...
Chego então à conclusão que na verdade é mesmo "a saudade" que me acompanha e faz um dia parecer uma semana.
Sendo assim... e falando por falar... então o tempo hoje não passa, porque o sentimento que penso se alojou no meu peito e me inquieta com lembranças (boas e más) estava na caixinha que já tenho falado, noutras ocasiões, e hoje, de repente  se abriu... "O Coração"...

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Santuário do Sameiro - Penafiel

Sempre que passo na Cidade de Penafiel (e são muitas vezes) nunca fico indiferente ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade no Sameiro.
Um destes dias não resisti e tirei esta foto.
Bem lá no alto é um ponto de referência para aqueles que visitam esta cidade.
A sua composição é imponente. O lugar é privilegiado e a sua concepção permite que todos os elementos - O Santuário, a escadaria, os canteiros, a fonte, fossem dispostos em sucessão perfeita dignificando o espaço. A vista é uma admirável panorâmica da cidade e do Vale do Sousa. Em relação ao jardim, o Parque do Sameiro, é na verdade uma escolha perfeita. Dividido em vários patamares, acessível por escadas podemos observar canteiros de flores, bem tratados, limitados por sebes de buxo. No interior dos canteiros as flores anuais tais como rosas, azáleas, camélias e outras dão cor e alegria ao cenário verde que as envolve e contornam a escadaria.
Não podia também faltar uma fonte de água cristalina que alimenta o lago que existe no centro do jardim. Para além disto existem ainda árvores centenárias, plantas exóticas, tílias e árvores de grande porte. Tudo isto combinado com exemplares de carvalhos fazem um verdadeiro cenário de jardim romântico. Se continuarmos pelo interior do parque podemos ainda ser surpreendidos por mirantes, namoradeiras, bancos em pedra e dois coretos, bem como o lago que já referi. Nas margens do lago existe um bar com fortes ligações às tradições do concelho. Num passado não muito distante, o lago era o palco da famosa "Festa do Lago" que atraía milhares de jovens ao local.
É bom conhecer Penafiel.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O idoso

Hoje dizem ser o dia internacional do idoso.
Há já longo tempo que se vai criando dias para tudo. Este é mais um.
Já tenho comentado noutras ocasiões que estes "dias de", para mim, deveriam ser todos os do calendário.
Bem... se  hoje o dia é de aniversário de quem já conta muitas primaveras, então vamos tentar dar um presente a quem tem a vivência dos anos.
E sendo assim é um dever da nossa parte, família e sociedade, cuidar e assegurar que os mesmos tenham uma vida digna.
Vamos respeitar, cuidar, dar amor, carinho  e sobretudo proporcionar bem estar e o direito à vida.
É que conviver com pessoas formadas na Universidade da vida, permite uma troca de experiências e contacto com muitas vivências e sabedoria.
Perante isto e querendo deixar uma mensagem, só posso mencionar que os vínculos afectivos na relação entre idosos e pessoas mais jovens, são muito enriquecedores, porque  entre as duas partes há sempre uma troca de sabedoria.
Os idosos têm sempre muito para ensinarem...

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Vindimar


Ainda vai sendo tempo de vindimas. Quando o sol começa a nascer também começa a faina da colheita das douradas e pintadas uvas, por estes lados de Abragão.
Como se costuma dizer: Vamos vindimar.
Longe vai o tempo que tudo isto era feito com muitos rituais, mas nem por isso, hoje, são menos interessantes.
No entanto posso dizer que apesar de já não haverem muitos cantares a pedirem os cestos e homens descalços a pisarem o vinho com as ceroulas arregaçadas e pernas tintadas no lagar de pedra, há sempre o espírito de vindima, a entreajuda de amigos e a prensa a esmagar as uvas que irão fermentar tranquilamente até à altura de se lhe poder mexer.
Bem, talvez não sejam recriadas algumas tradições, mas nunca falta a bucha bem feita e apetitosa, regada com o vinho da colheita anterior e o jantar com sabor especial.
Depois... depois é saber esperar para recolher o saboroso suco para provar, se possível em boa companhia....
Boas vindimas...

domingo, 21 de setembro de 2014

Tongobriga

De vez em quando gosto de descobrir recantos de Portugal, mais ou menos preservados e com alguma história interessante.
Neste caso, bem perto de Abragão, mas já a pertencer ao concelho do Marco de Canaveses, um dia dei por mim a seguir a sugestão das indicações de Tongobriga, como estação arqueológica.


Foi com surpresa que na altura descobri que para além de diversas obras de recuperação e restauro de um achado arqueológico, também existia uma aldeia tradicional com as suas casas em granito bem preservadas, um património religioso, terras cultivadas e gente simpática, orgulhosa daquele cantinho e pronta a dar toda a informação que precisava.


Enquanto passeava (melhor dizendo.... admirava) não pude deixar de registar com a máquina fotográfica, que sempre me acompanha, vários lugares das escavações, bem como da Casa do Freixo, da Igreja matriz e das interessantes casas mais humildes, mas bem conservadas, algumas já com alguns séculos de história.
Percorri a pé por vias romanas e antigos caminhos e não deixei de... na hora de regressar passar pela Casa dos doces do freixo e comprar as fatias deliciosas que são únicas e de fama artesanal.
Para acabar e lhe aguçar a curiosidade só lhe quero dizer que este local já vem do século II (imagine!) e o seu nome significa (povo fortificado) e como tal merece uma visita como atracção turística, não só pela sua riqueza histórica mas também pela beleza do que resta dos edifícios e do seu povo.
Tongobriga mereceu da minha parte já outras visitas...

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dia de Chuva

As minhas rimas

A água da chuva desce a ladeira
Ansiosa faz lagos e rios pequenos
Cheira a pó e também a enxofre
E lá vai regando todos os terrenos

Som de chuva, o vento canta
Janelas fechadas e ninguém fala
Folhas correm a brincar de esconde
Estranha tarde, terna que embala

Há pouco havia sonhos de verão
Com o trovão ninguém respondeu
Fecharam-se as portas e janelas
Toda a gente, enfim, se escondeu

Mas a chuva cai forte e intensa
E na memória há muita lembrança
De profundo isolamento e saudade
De paisagem, sonhos e esperança

E as gotas caem, caem sem parar
Entre elas não há grande diferença
No sofrimento que cada uma encerra
Choram e correm com paciência...
                                              Beatriz Máximo

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Folhas Cadentes

As minhas rimas

O impiedoso Setembro
Traz a balada de Outono
Seduz e despe as árvores
Como acto de abandono

As folhas, essas coitadas
Vão caindo lentamente
Tristes e amarguradas
Por serem folhas cadentes

Será que uma folha chora
Na despedida a tristeza?
Será que sente amargura
Ao deixar a natureza?

A árvore fica sem graça
Triste mas nunca se queixa
Despida e abandonada
Parece que a Pátria deixa

Mas em cada folha caída
Há uma angústia profunda
Num frágil sopro de vida
A sussurrar moribunda

Não faz sentido viver
Uma tão curta existência
Para tão cedo cair
Outono sem clemência...
                  Beatriz Máximo

       

sábado, 6 de setembro de 2014

Festa Senhora da Saúde de Abragão

Todos  os anos no primeiro fim de semana de Setembro, em Abragão, acontecem os festejos da festa da Senhora da Saúde.
Nesta época é a ocasião ideal para festas e romarias pelas aldeias deste Portugal.
São muito populares, ao gosto das pessoas que habitam as redondezas e também de muitos forasteiros.
Na minha aldeia (deixem-me chamar assim) o povo sai à rua, as luzes acendem-se, a igreja fica toda iluminada e a alegria reina na casa de cada um.
Na minha aldeia houve-se música, foguetes no ar, alegram-se as crianças e o povo fica feliz e contente.
Durante os anos de ouro da minha juventude (mesmo morando longe) ano após ano, o mês de Setembro era passado por aqui (Abragão).
Vinha de qualquer maneira. De comboio, camioneta ou até de carro quase a cair de velho, mas vinha e ficava até acabarem as vindimas.
Na minha aldeia a festa era considerada um festival. Ninguém ficava em casa e pouco incomodava o pó do arraial que na época era em terra batida.
Na minha aldeia, não importava se tinha muitos ou bons concertos, porque a festa era feita por todos e bastava encontrar os amigos, comprar as famosas cavacas, comer o caldo verde, beber uns copos e dar dois dedos de conversa.
Mas... na minha aldeia a festa foi crescendo, crescendo, ganhou fama e cada vez é mais concorrida.
Então, agora falo da Vila de Abragão (sim... porque já há uns anos assim foi considerada) a Festa da Senhora da Saúde é o culminar de um Verão vivido com a família e amigos, mas também o recomeço de um novo ano de trabalho.
Por isso deixem passar a banda e siga a festa.

sábado, 30 de agosto de 2014

Miolo de camarão frito

Hoje coloco aqui uma receita que pode servir de aperitivo ou para acompanhar um esparguete.

Ingredientes:
350gr. de miolo de camarão médio congelado
Azeite (2/colheres de sopa)
1 alho
1 malagueta
Sal q.b.

Comece por descongelar o camarão  com um coador debaixo de água corrente durante 1 minuto.
Em seguida deixe-o escorrer um pouco até estar completamente descongelado.
Depois numa caçarola deite 2 colheres de sopa de azeite, o alho picado e a malagueta.
Quando o azeite estiver quente, junte o miolo de camarão e mantenha a caçarola tapada enquanto frita, durante 10/15 minutos. Vá mexendo.
Sirva enquanto está quente.
Delicie-se....