O Parque da Cidade

Tínhamos assuntos para tratar em Penafiel.
Então já que estávamos por lá, resolvemos fazer a nossa caminhada no Parque da Cidade.

Embora algumas nuvens anunciassem que talvez a chuva nos apanhasse na curva seguinte, arriscamos o percurso.
Silenciosamente caminhamos por entre arbustos ainda coloridos, árvores de várias espécies, algumas já despidas pelo atrevido Outono, mas igualmente atraentes. plantas aromáticas e recantos de laser

O rio Cavalum, que atravessa o Parque, desafiava todo aquele silêncio com a corrente da água que nesta altura é mais abundante.
Duas ou três pessoas cruzaram-se connosco, em corrida.
Não corríamos, é certo, mas com ligeireza caminhávamos, atravessando o rio pelas suas pontes de madeira e sufragando todos os aromas das plantas que nos esperavam, desfrutando assim, de um espaço privilegiado.
As ideias começam a estar limpas, o corpo corresponde ao caminhar, mas a chuva estava prometida e como quem promete deve cumprir, aceitamos que a mesma nos acariciasse a cara, mas retomamos a direcção do nosso abrigo.
Caía de mansinho, parecendo querer dar-nos tempo para chegar ao nosso destino.
Mesmo assim aceleramos a marcha mas com a missão cumprida de caminhar e limpar a alma.
Logo de seguida a chuva forte, chegou...

Há dias assim...

Doce de maçã e limão

Cá estou de novo. Desta vez fiz doce de maçã.
Acredite... ficou uma delícia...
Quer fazer?
Para quem quiser experimentar aqui fica a receita

Ingredientes
1,5 Kg de maças já descascadas
600 grs de açúcar
Sumo de 2 limões
2 colheres de chã de açúcar baunilhado
Meio copo de água
3 paus de canela
Então começa por espremer os limões e colocar o sumo na panela com o meio copo de água.
A seguir junta as maças já descascadas e cortadas aos bocados, o açúcar baunilhado, o restante açúcar normal e os paus de canela. Ligue o fogão e mexa tudo.
Tape e deixe cozinhar 1h e 30m em lume brando. Mexa de vez em quando para não agarrar ao fundo da panela.
Passado esse tempo, retire os paus de canela e passe  com a varinha, grosseiramente.
Colocar de novo no fogão, sem a tampa, mais uns 20 minutos, lentamente, para secar um pouco.
Agora, deixe arrefecer um bocado e depois encha os frascos previamente esterilizados, com água a ferver.
Que tal? Ficou bem? Tenho a certeza que sim.
Bom apetite

Dióspiros

Olá... Hoje começa mais um fim de semana.
Parece que vai ser daqueles que apetece ficar por casa.
O vento já se faz sentir e as previsões são de chuva e mar agitado.
Bem...sendo assim o melhor mesmo é fazer a vontade ao tempo e ao meu estado de espírito e ficar tranquila a ler, a escrever ou a ver um filme divertido.

Mas... entretanto vou olhando pela minha janela e com surpresa, vejo que já vão aparecendo alguns dióspiros maduros na minha árvore!
Ainda não tinha reparado! Vou mesmo interromper por alguns minutos a minha escrita e apanhar para saborear daqui a pouco...
... Voltei... mas fiquei a pensar se os meus amigos também gostam de dióspiros...
Se gostam tenho pena que não estejam por perto, pois ajudavam a saborear este delicioso fruto, que dizem ter muitos benefícios para a saúde humana.
É anti-oxidante, anti-cancerígeno e outras propriedades benéficas. Chamam-lhe até o "alimento de Zeus".
Como nos é oferecido pela mãe natureza entre o Outono e o Inverno é cheio de vitaminas preventivas das doenças que nos aparecem por esta altura.
Sabem uma coisa... estou a salivar... por isso vou mesmo dar por terminada a minha escrita e saborear um doce natural, sem ovos e sem açucares refinados. Que acham?
E já agora utilize o velho ditado da maçã: Um diospiro por dia não sabe o bem que lhe fazia... Fui...
Tenha um bom fim de semana....

O abate das árvores

Hoje estou desolada, inquieta e irritada.
Sim talvez sejam estas palavras as mais adequadas para manifestar a minha indignação, por ser obrigada a derrubar duas grandiosas árvores quase com quarenta anos, que todos os dias me cumprimentavam logo pela manhã.
Na entrada da minha casa, ladeavam as escadas e enfeitavam o meu jardim.
Era inevitável. Devido já ao seu grande porte estavam a ficar perigosas e a derrubarem o muro de suporte junto à estrada.
Eu sei... Tinha de ser... podiam cair e ferirem alguém.
Compreendo que era esse o destino, mais cedo ou mais tarde, mas acreditem, hoje, quase não desviei o olhar do local em que elas estavam.
É estranho. Não parece a minha casa.
Era ali que vários pássaros faziam os seus ninhos.
Era por entre os seus ramos que eu via o sol nascer e admirava a Lua cheia.
Eram elas que embelezavam um espaço que agora não parece mais o meu.
Uma árvore planta-se pequenina, cresce, faz sombra, transmite oxigénio, embeleza, serve de abrigo e passados tantos anos é condenada.
Depois considero que as árvores são componentes fundamentais para a sobrevivência humana, são os protectores da terra, perfumam, purificam o ar, servem de habitat para animais, equilibram o processo de aquecimento global, enfim...
Já eram... e se calhar estou a dramatizar. Foram duas e costuma dizer-se: Por morrer uma ou duas andorinhas não acaba a primavera, mas não me façam matar todas as andorinhas que me rodeiam, porque se assim for, acaba-se mesmo a linda estação do ano e a minha alegria.
Bem... amanhã será outro dia...

1 de Outubro

Hoje dia 1 de Outubro, dizem que é dedicado ao idoso.
Não quero tornar este dia diferente dos outros.
No entanto já que está no calendário, quero que todos nós façamos por refletir e pensar com carinho naqueles que já foram como todos os jovens.
E como a minha opinião não pode contrariar o que muita gente pensa, apenas me refugio em algumas palavras que talvez tenham ou não, algum sentido.
É que eu penso que os convívios e atenções, que hoje são dedicados aos que contam muitas primaveras, deviam continuar pelo ano fora, assim como aprender com eles as suas experiências e vivências, enfim... o que foram distribuindo por todos os anos já vividos.
Por outro lado, quem com eles convive tem o privilégio de ficar enriquecido com a sua sabedoria e a escola da vida.
Sendo assim, na minha maneira de pensar devemos respeitar, cuidar, amar e acima de tudo contribuir para o seu bem estar e dignidade.
E é esta troca de dádivas que enriquece quem as partilha.
Perante estas minhas palavras, só posso esperar que para além de tudo atrás referido, os vínculos afetivos entre idosos e pessoas mais jovens, façam parte do dia a dia, porque entre os dois lados há sempre uma imensa sabedoria e experiência.
Toda a gente fica mais feliz quando dá e recebe...
Já agora respeitar as pessoas idosas é tratar o próprio futuro com respeito...