Olá amigos(as)
Pretendo com este blogue manter um meio de comunicação como se fosse o meu "Diário de Bordo".
Sendo assim os temas serão variados passados no meu dia a dia. Viagens, emoções, momentos, rimas, histórias da minha terra, etc.
Sugiro que passe também o seu olhar pelas fotos de outro blogue : "O Meu Olhar" https://bmamax.blogspot.com
Se tem interesse em algumas dicas para tratar das suas plantas ou horta, visite: https://quintaljardim.blogspot.com
Os seus comentários serão bem recebidos e por isso deixo um OBRIGADA por ler o que vou rabiscando
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Boa viagem

Esta é a parte mais recente da Igreja

Esta é a parte romana da Igreja


Hoje vou falar do pouco que sei da freguesia de Abragão. Foi elevada a Vila em 2001. Como é do conhecimento de muita gente pertence ao concelho de Penafiel e segundo alguns arqueólogos terá ido buscar o seu nome a um poderoso árabe, cujo nome, não se sabe muito bem, terá sido Agam, Abbergon ou Abbergam. Dizem alguns autores que esta freguesia foi fundada por D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques. A Igreja matriz foi mandada construir em 1200, trinta anos depois da criação da paróquia por outra D. Mafalda, esta filha de D. Sancho I, que também foi rainha, por ter casado com Henrique I de Castela, não chegando a reinar devido à morte prematura de seu marido. Acabou por falecer no convento de Arouca com fama de santidade. No século 18 foram descobertas várias sepulturas rasas e um sumptuoso túmulo de pedra. Embora esta igreja tenha sofrido transformações mais tarde, não deixa de estar inserida na Rota do Românico do Vale do Sousa, dada a sua importância histórica e arquitectónica. Em certos lugares da freguesia ainda são visíveis e vão aparecendo restos romanos da época. Esta paróquia tem como padroeiro S. Pedro, mas a sua festa maior, faz-se todos os anos no primeiro fim de semana de Setembro, em honra de Nossa Senhora da Saúde. Na Economia de Abragão assumem particular relevo a extracção e transformação de granitos e a agricultura, sendo a primeira a mais importante. Quem visita esta Vila pode admirar de certos lugares a linda vista sobre o rio Tâmega. A gastronomia também é um pouco variada. A mais tradicional será o cabrito ou anho assado com arroz e batatas no forno, o cozido, a lampreia à bordalesa ou com arroz e sangue, o arroz de cabidela, etc. Quanto à doçaria, temos os bolinhos de amor, o pão-de-ló, a sopa seca, o sarrabulho doce e outras. Claro que tem outros pontos de interesse mas estes , acho, já serem suficientes por hoje. Não deixem de nos visitar. Boa viagem.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Casa de Condes


No início deste blog eu disse que iria contar histórias de Abragão e não só. Na verdade isto que escrevo é somente e apenas uma maneira de divulgar algumas. Com interesse? sem interesse? Isso depende muito de quem as lê porque na verdade são histórias banais. Depois a fantasia poderá ou não levar-nos até onde a nossa imaginação quiser. Esta continua a ser uma das tais histórias que por aqui se passam ou passaram.
Por cá temos casas muito bonitas e antigas e esta é uma das tais.
É conhecida como "A Casa do Bovieiro".




















Uma das casas mais importantes e nobres da freguesia de Abragão. É brasonada e está inserida numa quinta agrícola antiga, com capela e anexos de caseiros e de alfaias agrícolas. À sua família de Condes, Viscondes e Condessas estas terras foram dadas nos primórdios da nacionalidade.
Esta casa é imponente, com grandes salas de tectos pintados e uma escadaria interior de grandes dimensões, tudo fazendo lembrar na verdade um palácio. Afinal eram Condes, melhor dizendo Viscondes.
Ainda hoje se mantêm na mesma família, sendo os anexos habitados por caseiros quase tão antigos como a própria casa e uma empregada que lá continua desde menina. Os seus descendentes visitam-na de vez em quando e assim se vai mantendo até aos dias de hoje.
Como vêm esta notícia nada tem de extraordinária, embora talvez alguém mais conhecedor desta casa tenha histórias fantásticas para contar.
Mordomias algumas são contadas mas....
Enfim... "Condes são Condes"....

domingo, 17 de janeiro de 2010

O Meu rio

Foto tirada já na sua foz em entre-Os-Rios

Foto tirada junto à sua margem

foto foi tirada do Centro de Abragão

Pode não ser o maior nem o mais bonito mas é "O meu rio". O Tâmega é um rio internacional. Nasce em Verin - Espanha e entra em Portugal próximo de Chaves. Corre por entre as Serras do Barroso e a do Alvão e faz fronteira entre o Minho e Trás-Os-Montes. Passa pela beleza de Amarante, e logo a seguir por Marco de Canaveses e é aqui que então eu digo "O meu rio", pois as suas àguas e a ponte dividem os dois concelhos. Marco de Canaveses e Penafiel, começando exactamente neste local a Vila de Abragão. Não. Não é uma lição de Geografia (mas parece) é simplesmente uma história. Sim porque este rio tem muitas histórias. Já foi quase um ribeiro. No que diz respeito a Abragão no início do século 20 não tinha ponte. A sua travessia tinha que ser feita num pequeno barco que lá estava sempre à espera de alguém que quisesse atravessar para a outra margem Só por volta de meados dos anos 40 é que foi construída uma ponte toda em pedra e só com um arco (para a época parece que o maior). Hoje essa ponte encontra-se submersa e deu lugar a outra construída aquando da barragem do Torrão. Não só a ponte ficou submersa, mas também as suas lindas pesqueiras , os moinhos (que eram muitos) e algumas casas também. A lampreia que tanta e tanta gente aprecia desapareceu, mas o rio lá continua. Agora com uma albufeira de se lhe tirar o chapéu. É um excelente rio para a iniciação de rafting. As sua margens são lindíssimas . Em todo o seu percurso temos árvores centenárias, Carvalhas, Plátanos, Sabugueiros e até Sobreiros. Grande variedade de peixes e como não podia deixar de dizer tem beleza única. Não é um rio navegável para grandes barcos, mas podem-se dar passeios verdadeiramente românticos em barcos mais pequenos. Visitem-no pois é com certeza um dos mais belos do país em certas zonas onde as suas águas límpidas correm livremente. Divirtam-se.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A casa que não esquecerei




Esta foi a casa dos meus avós maternos em Abragão. Continua praticamente igual exteriormente. Foi aqui que passei muitos dias felizes da minha juventude, nas férias (e eram grandes) e nos meus tempos livres. Ainda pertence à família o que a torna para mim uma lembrança agradável, pois são muitas as vezes que ainda a visito. Minha avó, mulher doce e carinhosa, sempre me recebia de braços abertos e com alegria no olhar. Era bom estar por aqui. Éramos uma família muito grande. Os tios, alguns da mesma idade e outros até mais novos gostavam da minha companhia. Fazíamos uma festa a toda a hora e uma algazarra também. Era uma vida alegre. Eu, "menina da cidade", como me chamavam, a tudo achava graça e eles gostavam da minha maneira de "cidade". Meu Deus como era bom este convívio. Eu gostava de tudo. Gostava de me aquecer à lareira. gostava da comida que lá se fazia, gostava do café da avó, gostava de rezar à noite com a família toda por perto (não havia televisão), gostava de andar descalça, da merenda que se levava para passar a tarde no campo, gostava de ir com os animais para as pastagens, gostava, gostava... e ainda hoje gosto de recordar. Que saudades de tudo que aqui passei. Que saudades AVÓ...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Cai Neve em Abragão




O dia para mim começou tarde. O aconchego da cama parecia fazer adivinhar o espectáculo que encontrei logo que cheguei à minha janela. Era fascinante. Estava a nevar. De imediato me apeteceu fotografar e claro vontade de ir lá para fora. Tentei mas o frio e vento eram de tal ordem que mal pus o nariz fora da porta recuei e desisti da ideia. Fiquei então a admirar os flocos que caiam, claro, através da minha janela. A neve começou a embelezar as árvores, montes e vales. Espectáculo interessante, pois raramente isto acontece por aqui. De novo tentei a saída até porque precisava de tirar as ditas cujas fotos. Muito rapidamente o fiz, deixando as minhas pegadas marcadas no chão. O melhor era mesmo entrar e ficar no aconchego da casa e desfrutar da paisagem que via através das vidraças. E assim se foi passando o Domingo. "Lar doce lar"
https://bmaxima.blogspot.com

domingo, 10 de janeiro de 2010

Desafio

As minhas rimas

Um dia fui desafiada
Ficando um pouco admirada
Para em sextilha escrever
A cabeça começou a funcionar
De repente pus-me a pensar
E aqui estou eu a dizer

A esse amigo vou dedicar
E dele então vou falar
Já que fui espicaçada
Se não conseguir descrever
O seu carácter e saber
Vou ficar desapontada

É meu amigo então
É desta vila de Abragão
Dinâmico, honesto, trabalhador
Por tudo que faz tem gosto
Também tem subido de posto
No convívio é muito falador

Seu nome não vou dizer
Que havemos de fazer
Tem vontade e sabedoria
P'ra tudo está pronto e capaz
É culto e é bom rapaz
Tem inteligência e alegria

Defeitos também os terá
Mas só ele os saberá
Para mim estão guardados
Não os vou dizer agora
Talvez pelos dia fora
Mas serão ultrapassados

É difícil então descrever
Este mote assim fazer
Complicado para mim é
Não sei se vai gostar
Diga mal, pois pode falar
E mandarei escrever o ZÉ
                   Beatriz Máximo


quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A Feira de Reis



Em Abragão fazem-se 2 feiras por mês. Uma no dia 8 e outra no dia 26. Em Janeiro não se faz no dia 8 mas sim no dia 6 por ser "O Dia de Reis". Por aqui dava-se muita importância a este dia e então era feriado e por isso a feira do dia 8 passou a ser feita no dia 6, juntando-se o útil ao agradável, ficando assim a ser a única feira anual que temos. Era um verdadeiro dia de festa. Nesta feira todas as pessoas que aqui vinham trajavam os seus melhores fatos. Aproveitavam para verem os seus amigos e desejarem um Bom Ano. Passeavam-se de um lado para o outro. Compravam ou não. Os de longe traziam os seus merendeiros e os mais jovens por vezes até arranjavam um namorico. Hoje já não é feriado. Já não há merendeiros. Já não se vai passeando. Os trajes são os do dia a dia. As compras lá se vão fazendo. Os namoricos, esses, se calhar até acabaram, mas... enfim .... continua-se a feirar.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A ideia dos cogumelos

Hoje encontrei uma foto de cogumelos que nasceram no meu jardim e logo me passou pela cabeça que seria a ocasião ideal de recomendar uma receita de culinária. Não com estes cogumelos que não sei se serão bons mas com outros de origem não duvidosa. Aí vai:
Ingredientes: 600gr. de carne de novilho - 1dl de azeite - 2 dentes de alho - 1 cebola grande - sal e pimenta - 2 colheres de sopa de polpa de tomate - 2 dl de vinho branco - 150 gr. castanhas congeladas e 300 gr. de cogumelos frescos.
Agora vamos ao trabalho:
Cortar em pedaços a carne de novilho e colocar numa panela de pressão. Levar a corar no azeite, juntamente com o alho laminado, a cebola picada, sal e pimenta. Quando a carne apresentar um tom corado, juntar a polpa de tomate e o vinho branco. Fechar a panela e quando levantar pressão contar cerca de 10 minutos (ou o tempo suficiente para que a carne fique tenra). Abrir a panela e juntar as castanhas e os cogumelos cortados em quartos. Levar novamente ao lume até que as castanhas estejam macias. Rectificar os temperos e servir com arroz branco.
A seguir bom apetite e claro um bom vinho para acompanhar. Tchau

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Tradições


Hoje 1º dia de Janeiro de 2010 não posso deixar de manifestar os meus votos de um Bom Ano para todos. Não posso também de deixar de lembrar que na noite de 31 de Dezembro em Abragão havia (e ainda vai havendo) os tradicionais cantares de janeiras. Então grupos de pessoas depois da ceia juntavam-se e seguiam à luz da candeia, de porta em porta, cantando e dando vivas a quem lá morava. Eram recebidos pelos donos das casas, petiscavam alguma coisa e quase sempre mais alguém se juntava ao grupo para assim continuarem até de manhã. O encontro final quase sempre era (já não é) à porta de Igreja para no fim da primeira missa cantarem ao Menino e desejar um bom ano às pessoas que dela saíam. Tradições que vão acabando. BOM ANO