Olá amigos(as)
Pretendo com este blogue manter um meio de comunicação como se fosse o meu "Diário de Bordo".
Sendo assim os temas serão variados passados no meu dia a dia. Viagens, emoções, momentos, rimas, histórias da minha terra, etc.
Sugiro que passe também o seu olhar pelas fotos de outro blogue : "O Meu Olhar" https://bmamax.blogspot.com
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Os seus comentários serão bem recebidos e por isso deixo um OBRIGADA por ler o que vou rabiscando
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quarta-feira, 23 de abril de 2014

O Passeio de Motas de Abragão (2)

A minha história anterior continua
Ao fazê-lo tenho que admitir que tudo isto me dá uma sensação boa de quase aventura.
Neste dia o local principal é Guimarães.
Os quilómetros são menos e o segundo dia é sempre mais relaxante e tranquilo.
Toca a "corneta" e a saída é feita tranquilamente em curvas e contracurvas até Penafiel, Felgueiras e Senhora da Penha.
"Pena" foi, que este lugar tão interessante estivesse envolto por um manto de nevoeiro que mal dava para admirar os lugares fantásticos que nos rodeavam, assim como observar lá do alto, a cidade "Berço de Portugal" e quem sabe o Oceano Atlântico.

Mais uma vez tudo isto não impediu os nossos objectivos de saborear o nosso já famoso "farnel".
Passado algum tempo a visibilidade já mais aberta deixou-nos ainda tirar algumas fotos, visitar a Igreja e observar algumas grutas.
Bem, com o estômago já quentinho seguimos admirando o serpentear da serra e observando o teleférico que passava por cima das nossas cabeças.
Tudo começou a ficar mais visível à medida que íamos descendo e de repente num abrir e fechar de olhos tínhamos a cidade onde Portugal nasceu - Guimarães -.

Aguardava-nos um guia turístico e a cidade berço foi explorada e descrita de uma maneira diferente do habitual.

O centro histórico é fascinante e por isso por mais vezes que a visite sempre encontro motivo para voltar.
O Castelo, o Palácio dos Duques, A capela onde se pensa ter sido baptizado D. Afonso Henriques, os pormenores de alguns edifícios, a praça da oliveira, a igreja considerada pelos habitantes como a sua Sé Catedral, o casario peculiar, enfim todo este conjunto de interesse histórico e tantos outros, fizeram de nós uns privilegiados em sermos portugueses com um património tão vasto e histórico.
O almoço servido no Restaurante "Paraxut" depois de um "porto de honra" na esplanada da praça histórica, não deixou ninguém indiferente.
A hora de regressar aproximou-se, mas a vontade era de continuar a conhecer e observar mais e mais, deste cantinho de Portugal.
E foi assim, que com alguma nostalgia e com promessas de regressar que deixamos Guimarães e continuamos a viagem de novo, até Abragão.
Depois... depois... chega a hora da despedida e é com verdadeiro espírito de companhia e com os olhos humedecidos que todos nós fazemos promessas de voltar e continuar a conhecer com as nossas motas clássicas, o pequeno mas acolhedor cantinho português.....
Até à próxima.......

terça-feira, 22 de abril de 2014

O Passeio de Motas de Abragão

Fazendo esta história em movimento, começo por falar que "andar de mota faz as pessoas muito mais felizes".
Sendo assim todos os anos na semana da Páscoa vamos reunindo um grupo de alguns amigos e fazemos um alegre convívio em duas rodas.
Durante dois dias sentimos na cara o ar da montanha, o perfume das serras e das flores que nesta época se encontram por todo o lado.
Abragão é sempre o nosso ponto de encontro.
Quase todos os anos, o percurso previamente planeado, começa com ameaça de chuva. E assim foi, mas nunca é razão suficiente para nos impedir de percorrer montes e vales.
Desta vez o nosso destino estava planeado até terras de Tarouca e regresso pela serra de Montemuro.
Entretanto antes de lá chegarmos não pode faltar o chamado "mata-bicho" e um bom café bem quente.
Já em Tarouca fizemos visita à Casa do Paço (museu do champanhe da Murganheira) e logo de seguida "Ucanha" - Esta localidade única, com a sua ponte medieval, o rio, o moinho, a rua ingreme e estreita, quase entaipada pelas casas em granito, torna este local místico.

Ninguém tem vontade de sair, mas o almoço aguarda-nos em Tarouca no Restaurante "Tio Pedro".

Se de manhã o dia estava ameaçado com chuva, o mesmo não se pode dizer depois de almoço. Quase num Verão repentino e na hora de continuar viagem a tentação foi tirar o casaco.
Pois é... mas a Serra de Montemuro não abdica do seu frio e nevoeiro e obriga a uma paragem.
Confesso que a visibilidade e o frio me começaram a incomodar. Os travões das motas funcionavam mais e o cuidado tinha que ser redobrado.
Bem, mesmo assim, tudo correu bem até chegarmos novamente a Abragão.
E foi assim que depois de um bom banho quente e algum relaxamento, o jantar no Restaurante "Solar do Souto", soube que "nem canja"......
No dia seguinte tivemos outras histórias e outras estradas para percorrer.
(Continua)

terça-feira, 8 de abril de 2014

Voltou o Sol



As minhas rimas

Hoje o dia nasceu lindo
Como se fosse uma pluma
Macia, suave e a voar
Entre nuvens e espuma

Mas o dia passou rápido
Como uma linda andorinha
Linda, perfeita, olhando o céu
E que traz a minha alegria

Os dias são sonhos mágicos
Como as estrelas cadentes
Embora durem muito pouco
São recordados para sempre
                         Beatriz Máximo

sábado, 5 de abril de 2014

Frio e chuva

Hoje sábado e já em tempo de Primavera, a chuva e o frio continuam.
Se já começou a dita cuja, então porque será que ainda ninguém percebeu?
Enfim. O sol não aparece e começo a pensar que o tempo padece de distúrbios de personalidade que me enlouquecem.
É que o sol dá-nos esperança e a sua ausência começa a tornar-nos deprimidos, irritados, ansiosos, sem sorrisos. incapazes de concretizar algo ou até mesmo de amar.
Acabe-se com este tempo por decreto (que é o único que ainda não se lembraram). Apliquem-se coimas ao S. Pedro (sempre ajuda nas contas do Estado).
Quero ver as pessoas mais divertidas, mais sorridentes, mais tolerantes , mais felizes. Ouvir o riso das crianças que passam.
É que enfrentar esta instabilidade, faz-nos desperdiçar o nosso tempo e até esquecemos o pormenor de estarmos vivos.
Ó Primavera chega de ser preguiçosa e dá-nos tréguas. Vem viver dias divertidos com o sol a queimar a cara e a aquecer o coração. Vem ser feliz.
Desabafos....


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Ucanha

Olá. Desta vez, embora o dia estivesse com chuva e nevoeiro, tínhamos mesmo que fazer o reconhecimento do percurso que na Páscoa vamos fazer com as velhinhas clássicas de duas rodas (motas).
Gostamos de estradas nacionais e lugares históricos, por isso a intuição levou-nos até Tarouca, perto de Lamego.
Depois procurar recantos especiais. Foi assim que de repente a nossa atenção se centrou num nome.
Ucanha.... conhece? Se não conhece, quase de certeza já ouviu falar.
Logo que chegamos não ficamos indiferentes à maravilha daquele local.
Esta Vila sob a encosta, que desce até ao rio Varosa ou Barosa (escolham), caracteriza-se por se concentrar numa só rua.
É assim que somos surpreendidos pela expressividade de algumas varandas, em madeira e pela alegria, cor e originalidade das casas que em conjunto com o rio bem lá no fundo, a torre e a ponte fortificada do século XII (Monumento Nacional), nos faz lembrar pinceladas de um quadro perfeito.
Depois de ter passado o efeito de surpresa não ficamos indiferentes à Torre e à sua Ponte Medieval.
Aí então depois de perguntar e ler uma discrição logo à entrada fica-se a saber que é um exemplar único deste tipo de arquitectura que conserva integralmente a torre de tripla função: A de defesa à entrada do couto monástico de Salzedas, a de ostentação senhorial, bem patente na alta torre e a de cobrança de portagem e armazenamento de produtos.
Portagem!!!! foi a palavra que mais me fascinou. Naquela época uma cobrança de direitos a quem por ela passasse. Foi uma das principais fontes de rendimento da povoação. Claro que quem tentasse não o fazer era atingido do último piso da torre por entre os seus alçados com ranhuras, com azeite a ferver que os guardas atiravam.
(Afinal as portagens não são só nos dias de hoje).
Bem saímos dali com a certeza que ninguém nos atiraria azeite quente, mas também com a certeza que é um dos locais a visitar no nosso percurso de Páscoa.
Um lugar para conhecer....