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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Ucanha

Olá. Desta vez, embora o dia estivesse com chuva e nevoeiro, tínhamos mesmo que fazer o reconhecimento do percurso que na Páscoa vamos fazer com as velhinhas clássicas de duas rodas (motas).
Gostamos de estradas nacionais e lugares históricos, por isso a intuição levou-nos até Tarouca, perto de Lamego.
Depois procurar recantos especiais. Foi assim que de repente a nossa atenção se centrou num nome.
Ucanha.... conhece? Se não conhece, quase de certeza já ouviu falar.
Logo que chegamos não ficamos indiferentes à maravilha daquele local.
Esta Vila sob a encosta, que desce até ao rio Varosa ou Barosa (escolham), caracteriza-se por se concentrar numa só rua.
É assim que somos surpreendidos pela expressividade de algumas varandas, em madeira e pela alegria, cor e originalidade das casas que em conjunto com o rio bem lá no fundo, a torre e a ponte fortificada do século XII (Monumento Nacional), nos faz lembrar pinceladas de um quadro perfeito.
Depois de ter passado o efeito de surpresa não ficamos indiferentes à Torre e à sua Ponte Medieval.
Aí então depois de perguntar e ler uma discrição logo à entrada fica-se a saber que é um exemplar único deste tipo de arquitectura que conserva integralmente a torre de tripla função: A de defesa à entrada do couto monástico de Salzedas, a de ostentação senhorial, bem patente na alta torre e a de cobrança de portagem e armazenamento de produtos.
Portagem!!!! foi a palavra que mais me fascinou. Naquela época uma cobrança de direitos a quem por ela passasse. Foi uma das principais fontes de rendimento da povoação. Claro que quem tentasse não o fazer era atingido do último piso da torre por entre os seus alçados com ranhuras, com azeite a ferver que os guardas atiravam.
(Afinal as portagens não são só nos dias de hoje).
Bem saímos dali com a certeza que ninguém nos atiraria azeite quente, mas também com a certeza que é um dos locais a visitar no nosso percurso de Páscoa.
Um lugar para conhecer....

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