Olá amigos(as)
Pretendo com este blogue manter um meio de comunicação como se fosse o meu "Diário de Bordo".
Sendo assim os temas serão variados passados no meu dia a dia. Viagens, emoções, momentos, rimas, histórias da minha terra, etc.
Sugiro que passe também o seu olhar pelas fotos de outro blogue : "O Meu Olhar" https://bmamax.blogspot.com
Se tem interesse em algumas dicas para tratar das suas plantas ou horta, visite: https://quintaljardim.blogspot.com
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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Vindimar


Ainda vai sendo tempo de vindimas. Quando o sol começa a nascer também começa a faina da colheita das douradas e pintadas uvas, por estes lados de Abragão.
Como se costuma dizer: Vamos vindimar.
Longe vai o tempo que tudo isto era feito com muitos rituais, mas nem por isso, hoje, são menos interessantes.
No entanto posso dizer que apesar de já não haverem muitos cantares a pedirem os cestos e homens descalços a pisarem o vinho com as ceroulas arregaçadas e pernas tintadas no lagar de pedra, há sempre o espírito de vindima, a entreajuda de amigos e a prensa a esmagar as uvas que irão fermentar tranquilamente até à altura de se lhe poder mexer.
Bem, talvez não sejam recriadas algumas tradições, mas nunca falta a bucha bem feita e apetitosa, regada com o vinho da colheita anterior e o jantar com sabor especial.
Depois... depois é saber esperar para recolher o saboroso suco para provar, se possível em boa companhia....
Boas vindimas...

domingo, 21 de setembro de 2014

Tongobriga

De vez em quando gosto de descobrir recantos de Portugal, mais ou menos preservados e com alguma história interessante.
Neste caso, bem perto de Abragão, mas já a pertencer ao concelho do Marco de Canaveses, um dia dei por mim a seguir a sugestão das indicações de Tongobriga, como estação arqueológica.


Foi com surpresa que na altura descobri que para além de diversas obras de recuperação e restauro de um achado arqueológico, também existia uma aldeia tradicional com as suas casas em granito bem preservadas, um património religioso, terras cultivadas e gente simpática, orgulhosa daquele cantinho e pronta a dar toda a informação que precisava.


Enquanto passeava (melhor dizendo.... admirava) não pude deixar de registar com a máquina fotográfica, que sempre me acompanha, vários lugares das escavações, bem como da Casa do Freixo, da Igreja matriz e das interessantes casas mais humildes, mas bem conservadas, algumas já com alguns séculos de história.
Percorri a pé por vias romanas e antigos caminhos e não deixei de... na hora de regressar passar pela Casa dos doces do freixo e comprar as fatias deliciosas que são únicas e de fama artesanal.
Para acabar e lhe aguçar a curiosidade só lhe quero dizer que este local já vem do século II (imagine!) e o seu nome significa (povo fortificado) e como tal merece uma visita como atracção turística, não só pela sua riqueza histórica mas também pela beleza do que resta dos edifícios e do seu povo.
Tongobriga mereceu da minha parte já outras visitas...

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dia de Chuva

As minhas rimas

A água da chuva desce a ladeira
Ansiosa faz lagos e rios pequenos
Cheira a pó e também a enxofre
E lá vai regando todos os terrenos

Som de chuva, o vento canta
Janelas fechadas e ninguém fala
Folhas correm a brincar de esconde
Estranha tarde, terna que embala

Há pouco havia sonhos de verão
Com o trovão ninguém respondeu
Fecharam-se as portas e janelas
Toda a gente, enfim, se escondeu

Mas a chuva cai forte e intensa
E na memória há muita lembrança
De profundo isolamento e saudade
De paisagem, sonhos e esperança

E as gotas caem, caem sem parar
Entre elas não há grande diferença
No sofrimento que cada uma encerra
Choram e correm com paciência...
                                              Beatriz Máximo

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Folhas Cadentes

As minhas rimas

O impiedoso Setembro
Traz a balada de Outono
Seduz e despe as árvores
Como acto de abandono

As folhas, essas coitadas
Vão caindo lentamente
Tristes e amarguradas
Por serem folhas cadentes

Será que uma folha chora
Na despedida a tristeza?
Será que sente amargura
Ao deixar a natureza?

A árvore fica sem graça
Triste mas nunca se queixa
Despida e abandonada
Parece que a Pátria deixa

Mas em cada folha caída
Há uma angústia profunda
Num frágil sopro de vida
A sussurrar moribunda

Não faz sentido viver
Uma tão curta existência
Para tão cedo cair
Outono sem clemência...
                  Beatriz Máximo

       

sábado, 6 de setembro de 2014

Festa Senhora da Saúde de Abragão

Todos  os anos no primeiro fim de semana de Setembro, em Abragão, acontecem os festejos da festa da Senhora da Saúde.
Nesta época é a ocasião ideal para festas e romarias pelas aldeias deste Portugal.
São muito populares, ao gosto das pessoas que habitam as redondezas e também de muitos forasteiros.
Na minha aldeia (deixem-me chamar assim) o povo sai à rua, as luzes acendem-se, a igreja fica toda iluminada e a alegria reina na casa de cada um.
Na minha aldeia houve-se música, foguetes no ar, alegram-se as crianças e o povo fica feliz e contente.
Durante os anos de ouro da minha juventude (mesmo morando longe) ano após ano, o mês de Setembro era passado por aqui (Abragão).
Vinha de qualquer maneira. De comboio, camioneta ou até de carro quase a cair de velho, mas vinha e ficava até acabarem as vindimas.
Na minha aldeia a festa era considerada um festival. Ninguém ficava em casa e pouco incomodava o pó do arraial que na época era em terra batida.
Na minha aldeia, não importava se tinha muitos ou bons concertos, porque a festa era feita por todos e bastava encontrar os amigos, comprar as famosas cavacas, comer o caldo verde, beber uns copos e dar dois dedos de conversa.
Mas... na minha aldeia a festa foi crescendo, crescendo, ganhou fama e cada vez é mais concorrida.
Então, agora falo da Vila de Abragão (sim... porque já há uns anos assim foi considerada) a Festa da Senhora da Saúde é o culminar de um Verão vivido com a família e amigos, mas também o recomeço de um novo ano de trabalho.
Por isso deixem passar a banda e siga a festa.