Olá amigos(as)
Pretendo com este blogue manter um meio de comunicação como se fosse o meu "Diário de Bordo".
Sendo assim os temas serão variados passados no meu dia a dia. Viagens, emoções, momentos, rimas, histórias da minha terra, etc.
Sugiro que passe também o seu olhar pelas fotos de outro blogue : "O Meu Olhar" https://bmamax.blogspot.com
Se tem interesse em algumas dicas para tratar das suas plantas ou horta, visite: https://quintaljardim.blogspot.com
Os seus comentários serão bem recebidos e por isso deixo um OBRIGADA por ler o que vou rabiscando
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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sinos

Fim de tarde em Abragão.
Os sinos da minha igreja, tocavam compassadamente badaladas da hora exacta do dia.
Passados alguns minutos, ouviam-se de novo, mas para anunciar o cortejo fúnebre de um filho da terra.
Aqui, voltei atrás no tempo e lembrei dos sinos que outrora tocavam para comunicarem à população todos os acontecimentos.
Existiam vários toques, para que toda a gente identificasse a causa.
Hoje em dia os sinos vão-se ouvindo nos meios rurais (é o caso), mas só em algumas situações.
Ainda vão sendo um meio de comunicação. A sua funcionalidade está associada, para além das horas a diversos rituais, tanto festivos, como de tristeza.
Já tocam electronicamente sem ser precisa a força humana, mas ainda vão tocando.
Dão as boas e más notícias.
Para além disto lembro de ouvir falar que também estariam relacionados com lendas diversas. (O que acho interessante).
E é. então, com alguma nostalgia que recordo todas estas tradições que se vão perdendo e que tornam mais pobre um património cultural que alimentava uma linguagem simbólica e descodificação entre as pessoas.
Penso que o som dos sinos tanto nas boas como nas más notícias, dava origem a um universo que se punha de imediato, em movimento....
Ficando ainda com as minhas memórias, espero ouvir tocar o sino, ainda durante muito tempo, mas que seja sempre para anunciar a hora seguinte...

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O Araçá-vermelho

 Araçá - vermelho.
Sempre me fascinaram frutos exóticos e este é mais um que me vai deliciando nesta altura do ano.
O araçazeiro que existe cá em casa, durante os meses de Outubro/Novembro, fica colorido com pequenos frutos de araçás-vermelhos, cujo significado do nome, dizem ser "fruta que tem olhos".
É uma fruta de clima tropical mas também se adapta bem aos nossos terrenos.
A planta cresce moderadamente e não necessita de cuidados especiais. Claro que tem de ser regada e arejada.  Não precisa de ser podada a não ser para eliminar alguns galhos que estejam mais desordenados.
A floração é exuberante com delicadas e lindas flores brancas e os frutos amadurecem em Outubro/Novembro, numa época em que já não vai havendo muita fruta para apanhar.
Bem, o facto de eu falar no araçazeiro e seus frutos é só, porque, para além de o mesmo enriquecer o meu quintal, consegue dar-me o prazer de saborear um fruto exótico com sabor de várias misturas de frutos e ser muito rico em vitamina C, ser um antioxidante, digestivo, controlar a pressão arterial, para além de várias outras propriedades.
A natureza é generosa...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Feijoas

Conhecem esta fruta?
Pois é... cá por casa existe a feijoeira que todos os anos me presenteia com abundantes feijoas.
Há quem tenha a árvore e não consiga ter frutos. No entanto nunca tive esse problema.
Na Primavera enfeita o meu jardim com as maravilhosas flores e no Outono oferece-me as deliciosas feijoas.
Conhecida como "a fruta da eterna juventude" tem qualidades únicas, responsáveis pelo equilíbrio do nosso organismo.
São antioxidantes e combatem bactérias e fungos, Funcionam na prevenção de várias doenças causadas pelo mau funcionamento do sistema imunológico e pode até servir de esfoliante para a pele.
O seu sabor tem uma característica interessante pois dá a ideia de uma mistura de goiaba, banana, morango e especialmente abacaxi.
Depois é diferente dos outros frutos relativamente à altura em que se devem comer. É uma fruta de Outono e por volta de Outubro/Novembro as feijoas ficam maduras, caem ao chão e é nessa ocasião que se apanham e se comem já maduras. As que vão caindo são as melhores
Poderá ser um fruto que na primeira vez que se come se estranhe o sabor, precisamente por parecer uma mistura de frutos exóticos. No entanto se estiverem bem maduros depressa se tornam uma delícia ao paladar.
Então se é bom e tem tantas propriedades curativas porque não comê-las ou se tiver um cantinho na sua casa plantar uma árvore?
Vai ver que para além da sua floração ser muito bela e enfeitar o seu jardim, os frutos vão fazer parte da sua alimentação.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Parque Nacional da Peneda

Olá
Hoje, enquanto visitava o arquivo das minhas fotos, de repente parei numa viagem que em tempos fiz pelo Parque Nacional da Peneda - Gerês.
Lembrei que na época era Fevereiro. No entanto a variedade e riqueza da vegetação era muito intensa. Mato, carvalhos, pinhais, castanheiros, azevinhos e espécies raras, bosques, campos de cultivo e pastagens tornavam a paisagem intensa e de cortar a respiração.
Os animais, alguns de espécies raras e únicas no mundo passeavam pela serra. enquanto outros atravessavam  à nossa frente, como donos daquele território (e são) parecendo querer lembrar-nos que só por sua vontade e bondade nos facilitavam a passagem, mas com a condição e obrigação de preservar o que lhes pertencia.
As aves, também, fizeram questão de se fazerem notar no seu voo melodioso e gigantesco, mostrando que estavam atentas e que em qualquer momento se fariam sentir se a nossa atitude não fosse a melhor para com aquela bela paisagem e habitat natural.
Todos ele mereceram o nosso respeito e continuamos encantados e fascinados com todas as atitudes.
Talvez a paisagem, fauna e flora da serra do Gerês sejam únicas em diversidade em qualquer altura do ano e por isso merece da nossa parte um grande respeito e atitude digna de um lugar fascinante.
Depois lembro que, eram constantes os vestígios  medievais de um passado histórico traduzidos em várias localidades como Castro Laboreiro, Lindoso e Soajo com os magníficos espigueiros todos em pedra numa eira comunitária e assentes numa área de granito, que nos fizeram demorar por ali e não resistir a uma ruralidade ainda muito presente.
Entretanto seguimos por curvas e curvas até ao Santuário de Nossa Senhora da Peneda, situado no Concelho de Arcos de Valdevez.
É um Santuário do século XVIII/XIX, que nos oferece para além da Igreja um escadório das virtudes com estátuas representando A Fé, Esperança, Caridade e Glória.
E foi com esperança que depois de uma noite bem dormida continuamos pela beleza daqueles recantos, admirando tudo que nos rodeava com a visão por entre a vegetação e depois já mais ampla do Rio Lima e as várias cascatas de água que naquela época do ano eram bastante abundantes.
Tinha nevado e os vestígios de neve ainda circundavam a serra tornando-a numa anciã de cabelos brancos
Bem posso mesmo dizer que paisagens assim convidam ao silêncio e à contemplação.
E foi quase em silêncio e com a esperança de voltar, que fomos deixando para traz uma das maiores atracções naturais de Portugal.
O Parque Nacional da Peneda tem destas coisas....
Cada recanto é uma descoberta.

domingo, 12 de outubro de 2014

Palco da vida


Hoje é um domingo de chuva, cinzento e triste. Mesmo assim desejo que este dia seja feliz para todos. Não sei se é o tempo ou se é a nostalgia, que me está a levar a recordações de criança.
Lembro das brincadeiras inocentes, dos amigos, dos sorrisos e dos sonhos.
De repente dei comigo a pensar que a peça de teatro já passou do intervalo e percebi que alguma coisa do texto tinha escapado.
Não foi bem representado pois muita coisa ficou por dizer, muitas frases esquecidas, e os sonhos não estavam lá, ou se estavam passaram sem eu perceber. Tudo foi rápido como uma flecha num abrir e fechar de olhos.
Por isso apetece-me repetir a cena. Acreditar nas fantasias, nos sorrisos, nos sonhos e brincar. Descobrir verdades sem ter dúvidas. Sorrir e fazer sorrir.
Comer o bolo de chocolate, mas antes passar o dedo no creme delicioso.
Não é pedir muito. É só fingir que a peça ainda não começou.
Afinal é só recomeçar a representação, e o dia de domingo convida à imaginação.
Que o pano do palco se abra lentamente....

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Receita de marmelada caseira

Ainda estamos em ocasião de fazer a nossa marmelada.
Se por acaso quiser seguir a minha receita, faça o seguinte:
Lave e descasque os marmelos que achar convenientes. Corte em bocados pequenos.
Pese e depois adicione o açúcar.
Eu por cada quilo de marmelo só utilizo 800grs de açúcar.
Ponha tudo a cozer em lume brando.
Misture um pouquinho de água (muito pouca) para que não pegue no fundo.
De vez em quando vá mexendo e deixe ganhar ponto ou a sua cor preferida.
Quando estiver com a cor mais ou menos como a foto, passe a varinha mágica, durante bastante tempo para ficar macia.
Pronto.... depois é só distribuir nos recipientes que entender e quando estiver fria deve estar pronta a ser cortada à faca.
Depois é só saborear como gostar mais.
Comer uma fatia de queijo com uma fatia de marmelada é delicioso. 
"Dizem que sabe a casar"... Será?

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Falar por falar

Hoje começo a escrever com a noção que o dia está a ser mais longo. O tempo não passa.
Talvez eu devesse agradecer por isso e deixar que o tempo passe devagar, devagarinho porque ao deixar "o tempo passar" posso ter mais oportunidade de ter "tempo" para pensamentos, recordações, emoções e saudade.
Mas.... saudade!!! ? Palavra tão portuguesa e tão difícil de explicar!!!
Afinal!!! Será isso?
Talvez seja porque sinto uma dorzinha no peito e palpitações, como um reboliço cá dentro!
É talvez esse aperto que não deixa o dia acontecer e traz lembranças de pessoas, momentos, velhas amizades, risos, choros, olhares, inocência, sabedoria e ausência...
Chego então à conclusão que na verdade é mesmo "a saudade" que me acompanha e faz um dia parecer uma semana.
Sendo assim... e falando por falar... então o tempo hoje não passa, porque o sentimento que penso se alojou no meu peito e me inquieta com lembranças (boas e más) estava na caixinha que já tenho falado, noutras ocasiões, e hoje, de repente  se abriu... "O Coração"...

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Santuário do Sameiro - Penafiel

Sempre que passo na Cidade de Penafiel (e são muitas vezes) nunca fico indiferente ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade no Sameiro.
Um destes dias não resisti e tirei esta foto.
Bem lá no alto é um ponto de referência para aqueles que visitam esta cidade.
A sua composição é imponente. O lugar é privilegiado e a sua concepção permite que todos os elementos - O Santuário, a escadaria, os canteiros, a fonte, fossem dispostos em sucessão perfeita dignificando o espaço. A vista é uma admirável panorâmica da cidade e do Vale do Sousa. Em relação ao jardim, o Parque do Sameiro, é na verdade uma escolha perfeita. Dividido em vários patamares, acessível por escadas podemos observar canteiros de flores, bem tratados, limitados por sebes de buxo. No interior dos canteiros as flores anuais tais como rosas, azáleas, camélias e outras dão cor e alegria ao cenário verde que as envolve e contornam a escadaria.
Não podia também faltar uma fonte de água cristalina que alimenta o lago que existe no centro do jardim. Para além disto existem ainda árvores centenárias, plantas exóticas, tílias e árvores de grande porte. Tudo isto combinado com exemplares de carvalhos fazem um verdadeiro cenário de jardim romântico. Se continuarmos pelo interior do parque podemos ainda ser surpreendidos por mirantes, namoradeiras, bancos em pedra e dois coretos, bem como o lago que já referi. Nas margens do lago existe um bar com fortes ligações às tradições do concelho. Num passado não muito distante, o lago era o palco da famosa "Festa do Lago" que atraía milhares de jovens ao local.
É bom conhecer Penafiel.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O idoso

Hoje dizem ser o dia internacional do idoso.
Há já longo tempo que se vai criando dias para tudo. Este é mais um.
Já tenho comentado noutras ocasiões que estes "dias de", para mim, deveriam ser todos os do calendário.
Bem... se  hoje o dia é de aniversário de quem já conta muitas primaveras, então vamos tentar dar um presente a quem tem a vivência dos anos.
E sendo assim é um dever da nossa parte, família e sociedade, cuidar e assegurar que os mesmos tenham uma vida digna.
Vamos respeitar, cuidar, dar amor, carinho  e sobretudo proporcionar bem estar e o direito à vida.
É que conviver com pessoas formadas na Universidade da vida, permite uma troca de experiências e contacto com muitas vivências e sabedoria.
Perante isto e querendo deixar uma mensagem, só posso mencionar que os vínculos afectivos na relação entre idosos e pessoas mais jovens, são muito enriquecedores, porque  entre as duas partes há sempre uma troca de sabedoria.
Os idosos têm sempre muito para ensinarem...