O Novo Acordo Ortográfico

Olá amigos. Hoje começo por dizer que me sinto insegura em escrever português. Tenho alguma dificuldade em continuar este blogue. Certamente irei dar muitos erros ortográficos. Não consigo escrever e olhar para palavras que me parecem estranhas.
Dizem que no Brasil se fala e escreve português. Por aqui escreve-se e fala-se português brasileiro. E eu? Como passo a escrever? Português brasileiro ou brasileiro português? Está difícil....
O português que aprendi e que sempre fiz questão de errar o menos possível, tornou-se para mim, uma verdadeira luta ortográfica. Sei que a língua portuguesa sofreu mudanças ao longo dos tempos, mas os acentos, o hífen e algumas maiúsculas  não sobreviveram por acaso.
Eu sou orgulhosa do meu Portugal e no que se refere à escrita talvez seja conservadora. Por isso ter que escrever nesta confusão não é mais "a minha praia". Actual, agora é atual, acto é ato, acção será ação e ideia talvez seja a maneira de me obrigarem a escrever com erros à mistura. Cá entre nós, não tem graça nenhuma.
Dizem que é para unificar a língua com o objectivo - objetivo  de facilitar a compreensão entre todos os países que falam português. No entanto, acho estranho, pois tenho amigos e familiares portugueses por alguns desses países e sempre consegui entender o que eles escreviam. O que eu entendia antes, hoje continuo a entender. Nada mudou. Por isso pergunto: Será que nos vamos entender melhor com a dita cuja "reforma"?
Desculpem os meus erros...

A Cestaria por aqui...

Costuma dizer-se: "Cesteiro que faz um cesto, faz um cento". Esta frase é conhecida de toda a gente e destas terras também.
O Concelho de Penafiel está  ligado à arte da cestaria.
Embora seja um ofício quase em extinção lá se vai encontrando alguns Cesteiros (as), mas quase todos já cansados da vida.

A cestaria de fitas, de castanho e de vime é hoje muito apreciada pela sua perfeição e beleza e como objecto de adorno. Teve um papel muito importante neste mundo rural, anterior aos plásticos.
Esta arte ao longo dos séculos, tornou-se uma actividade interessante para a economia local e doméstica.
Além de cestos e cestas os artesãos produziam ainda outros artigos de formas e feitios diversos, destinados aos serviços de lavoura, comércio e uso caseiros.

Quem não se lembra do açafate, o cesto da costura ou da roupa, a arte de empalhar garrafas e garafões?
E já agora, lembram-se da padeira que andava de porta em porta, manhã cedo, com a canastra do pão, quentinho, e o deixava na saca de pano bordada, que ficava pendurada no puxador da porta de casa?

Pois é: Tempo que não volta mais.....
https://bmaxima.blogspot.com

Lampreia em Abragão

A vida continua, por isso vou falar de outros "carnavais".

Para quem gosta de lampreia ou sável, a Vila de Abragão está inserida na "rota de bem servir".
O concelho de Penafiel tem uma gastronomia tradicional diversificada. Estas iguarias são uma parte dessa tradição.
Por aqui passa o nosso Rio Tâmega. Antes de ter a barragem a apanha de lampreia era abundante por isso deu origem a que fosse muito apreciada e bem confeccionada.
Agora não se apanha por cá mas continua a sua tradição e confecção.
Nesta altura do ano e até ao fim de Abril (início de Maio), poderá encontrar nos nossos restaurantes o famoso arroz de lampreia ou à bordalesa, assim como o sável frito ou de escabeche.
Tudo isto acompanhado com um excelente vinho verde da região. Depois, no final, não deixe de saborear uma sobremesa. Temos o pão-de-ló, os bolinhos de amor, a sopa seca ou optar por um leite creme confeccionado com ovos de galinha do campo. Que tal?

"Abragão espera por si"....

Versos à Alegria

As minhas rimas

A alegria será o meu sustento
Nos poucos versos que escrevi
Não passará em esquecimento
Cada sentimento que então vivi


Momentos, breves recordações
Que me resgataram toda a dor
São então os dias felizes, sentidos
Ao lado do meu grande amor

Palavras são apenas traduções
De tudo que eu possa sentir
São uma melodia silenciosa
Mistérios do coração por definir

Os versos que saem dentro de mim
E que buscam então a felicidade
Perdem-se na busca de um sorriso
Encontram-se nas asas da liberdade

Beatriz Máximo

Dia de S. Valentim

Não é minha intenção remar contra a maré ao começar a falar do "Dia dos Namorados" ou "Dia de S. Valentim".
No entanto vou deixar algumas questões no ar.
Será que realmente alguma vez existiu um verdadeiro e puro "Dia dos Namorados"?
Hoje em dia temos dias para tudo (ou quase). Dia da Mãe, do Pai, da Criança, dos Avós, da Mulher, etc..... Enfim um grande número de "Dia de qualquer coisa".
A sensação que fica é a de que precisamos de ter um dia específico, seja para o que for.
Todos os dias deviam ser iguais aos que chamamos, "dia de......."
Passa o dia e como se diz na minha terra, "passa a romaria". Tudo volta a ser como antes "no quartel em Abrantes".
Concordo que se festeje, mas sem esquecer que devemos ter sempre presente, o mesmo amor e carinho, que nestes dias se dedica a alguém.
Não deveria ser preciso, uma data no calendário para o fazer. Dar e receber, amor, carinho, compreensão, não tem dia, nem hora marcada.
Claro que me incluo na onda dos festejos, no entanto hoje fiquei a pensar se na verdade devemos estar programados para ter "dias" com pré aviso.
Só me resta desejar a todos, muito amor, carinho, dádiva e alegria.
"Não se esqueçam. Todos estes dias podem ser sempre, que o homem quiser...."

Bom Fim de Semana

Mais uma semana que chega ao fim e com ela o tão esperado descanso de quem trabalha.
Para além de lhe desejar um "Bom Fim de Semana", também desejo que faça dele especial.
Junte a família e proporcione alegria. Faça um almoço e tranquilamente converse e torne o mesmo, num convívio alegre, como se fosse uma comemoração. Dê um passeio pela zona onde reside ou quem sabe, se estiver perto do mar, ouvir e ver as ondas. Descanse bastante e escute a sua música preferida, ou leia um livro. Faça algumas brincadeiras com as crianças. Jogue à bola ou veja um filme divertido, mas não esqueça as tão apetecidas "pipocas". Visite um amigo.
Resumindo: Isto são só algumas sugestões. No entanto qualquer que seja a sua opção não se esqueça de dar amor a todos que o (a) rodeiam.
Assim, o seu fim de semana será perfeito e terá a sensação de tranquilidade, para o começo de mais uma semana de trabalho.
Faça a sua escolha......

As Andorinhas

Um destes dias na casa de um familiar em Abragão, deparei-me com estas andorinhas em cerâmica, à entrada da porta. De imediato as mesmas fizeram-me recuar no tempo e lembrar que há uns bons anos, se viam em qualquer casa.
Como ave migratória a andorinha sempre regressa ao mesmo local onde anteriormente habitou e durante a sua vida, apenas possuiu um único parceiro. Por isso assumiu um simbolismo conotado com valores como, lar, família, amor, lealdade e fidelidade. Por esse motivo elas eram colocadas nas fachadas das casas.
Bordalo Pinheiro, pintor e caricaturista, aproveitou o simbolismo das andorinhas, que anunciam a Primavera, e rapidamente a popularizou entre o povo de diversas formas. Azulejos, pratos e várias peças decorativas. Toda a gente (ou quase) as colocava à entrada de casa, precisamente por simbolizarem todos os valores que atrás referi. Também como uma espécie de amuleto, de harmonia, felicidade e prosperidade no lar.
Confesso que fiquei com vontade de recuperar os velhos costumes, e porque nunca é tarde demais para admirar o voo das aves, tentarei encontrá-las e colocá-las na minha varanda, ou quem sabe oferecer algumas às pessoas que verdadeiramente amo.....
Sejam felizes....
https://bmaxima.blogspot.com

Bolinhos de côco

Hoje lembrei-me de uma receita já muito antiga, muito fácil e rápida.
Há muito tempo que não fazia os deliciosos côcos.
Deixo aqui a receita.
Se quiser é muito rápida e económica.

250 grs de côco
250 grs de açúcar
3 ovos inteiros

Misture tudo numa taça com as mãos até ficar uma massa homogénea.
Depois é só colocar um pouco em cada forma de papel e levar ao forno a 200º.

Vá vigiando para não deixar queimar. Se ficarem muito tostados quando arrefecem ficam duros.                             De seguida é só "COMER"
                                                                                                   
Bom fim de semana

A Aldeia de Quintandona

Hoje aqui deixo mais um video da aldeia preservada do Concelho de Penafiel - Quintandona -, na freguesia de Lagares.
O vídeo dirá quase tudo, no entanto quero realçar, para além das típicas casas de xisto e da rusticidade ali existente, tornou-se muito conhecida a sua "Festa do Caldo".
É muito interessante, com variedade de "caldos" feitos pelos habitantes da aldeia.
Somos transportados a séculos passados onde o "caldo" era a base de alimentação da população rural portuguesa. Para além dos "caldos" podemos também ser agradavelmente surpreendidos com outros petiscos. Tudo isto servido por voluntários da freguesia de Quintandona e de outras, vizinhas.
Durante os dias de festa são várias as animações musicais.
E, já agora, sugiro que um dia assista a um dos eventos preparados pelo Grupo de Teatro "ComoD'Eantes"?
Este grupo de comédia é realizado pela população e os seus textos baseados na vivência do povo. O palco é a própria aldeia com as suas casas, ruas e vielas.
Já assisti e posso garantir que é muito divertido.
Espero que gostem do vídeo e da história de Quintandona....     A seguir o