A Festa da Senhora da Saúde de Abragão

Já vai cheirando a festa...

É durante esta semana que começam as comemorações da festa da Senhora da Saúde de Abragão. 
É a festa maior desta Vila e como sempre atrai muitos forasteiros. 
Pode não ser a melhor, a maior, a mais interessante do país, mas é a festa da minha aldeia. Como tal sinto orgulho e alegria. 
Começa na noite de Quinta-Feira (dia 30) com a procissão de velas e vai até Domingo (dia 2) à noite. Todas estas noites são animadas com grupos musicais. No Sábado e Domingo terá também o fogo de artifício. 
Domingo começa pela entrada das Bandas Filarmónicas e actuação. À tarde prossegue com a procissão e como não podia deixar de ser, tudo isto abrilhantado com a música das referidas bandas que ocupam os coretos que existem junto à Igreja de S. Pedro de Abragão, (Igreja que está inserida na “Rota do Românico”). 
O encerramento, como já referi é no dia 2, com grande pompa e circunstância. Não falta o fogo de artifício, o caldo verde, os petiscos, a alegria do povo, a música e a entrega da festa aos novos mordomos, que farão parte da Comissão de festas para o ano seguinte. É muito interessante este momento.  Não se pode perder o final, pois o despique entre os músicos e a entrega do testemunho da Comissão de festas faz acabar os festejos com grande alegria e vontade de continuar.

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Figos pingo-de-mel

Figos pingo-de-mel.
Estou á espera que fiquem maduros. O figo é uma das frutas que mais aprecio.
Sou paciente, mas confesso que só de pensar no sabor genuíno desta e doutra fruta apanhada por mim, das árvores, até me cresce água na boca...
Mas não perdem pela demora.
Logo, logo, vão estar maduros e depois não escapam. Entretanto farei a deliciosa compota de figo.
A receita já está no blogue, no ano passado, mas vou voltar talvez com algumas alterações.
Até breve...
https://bmaxima.blogspot.com

Compota de Pêssego

Estamos em época de muita fruta. Cá por casa vai havendo alguma e enquanto os pássaros não devoram tudo que encontram, tenho que me apressar para fazer as minhas compotas.
Desta vez os pêssegos estavam a precisar que lhes desse atenção.
Aqui fica a minha receita:

1 Kg de pêssegos (bem maduros)
800 grs de açúcar
1 raminho de hortelã (opcional)
1 pau de canela (opcional)

Descascam-se os pêssegos, retiram-se os caroços e cortam-se aos pedaços.
Colocar os ingredientes todos dentro de um tacho. Deixar começar a ferver bem e depois passar para lume brando, mexendo de vez em quando. Se ganhar espuma convêm ir retirando a mesma.
Quando atingir o ponto de estrada, ou de doce melado, está pronto (O ponto de estrada é quando põe um pouco num prato e com a colher divide ao meio).
Depois disto pode escolher deixar ficar assim grosseiramente esmagado ou passar com a varinha mágica, retirando a hortelã e o pau de canela.
Entretanto esterilizar os frascos e as tampas em água a ferver. Seguidamente encher os mesmos, fechar e virar com a tampa para baixo até arrefecerem.
Pode guardar no frigorífico ou até mesmo congelar.
Dica: Quando comer uma fatia de bolo seco, regue com um pouquinho desta compota.

Bom dia

Bom-dia… bom-dia… Assim começamos hoje o nosso passeio a pé. 
O homem regava o seu quintal. A mulher na beira da estrada, com o carrinho de mão apanhava os "grabulhos" (restos de madeira miúda deixada pelos madeireiros).
Depois de nos cumprimentar dizia:  "Hoje estou a apanhar o que os outros não querem".
"Sempre dão para alguma coisa e estão aqui perto de casa… "
Faz bem…, dissemos nós. Para além de limpar o que poderá dar origem a um incêndio, também dá jeito para acender a lareira, no Inverno. 
Mais lá à frente de novo um "bom-dia". Desta vez para duas vizinhas que estavam a pôr a conversa em dia. Uma delas tinha chegado de França, para passar as férias. As duas certamente teriam muitas novidades para contarem. Responderam, mas percebemos que ficaram com dúvidas de quem as cumprimentou. De regresso passamos mais perto e então fomos bem reconhecidos. Paramos e demos dois dedos de conversa. Dizia a emigrante: Agora é que eu estou a ver quem são. É o irmão da…. !!! Claro que sou. Pois é… a gente vai para fora e às vezes quando chega confunde as pessoas… Chegamos há poucos dias e estamos contentes por passar mais uma férias na nossa terra. Depois voltamos ao trabalho... Era evidente que queriam que a conversa se alongasse. Continuava uma delas: As suas irmãs estão bem? Eu acho que a mais nova é da minha idade... o tempo passa, estamos longe mas ainda lembramos das pessoas da nossa idade. Lá íamos respondendo. De novo mais uma observação. A sua esposa é que parece mais nova!!!  Respondi: Ainda bem que pareço, pois na verdade sou mais nova. 
A outra amiga, que ouve bastante mal, não entendia nada e por isso ainda continuava nos cumprimentos. Como se costuma dizer (falava-se em alhos, respondia em bugalhos). 
Mais perguntas e respostas e se não tivéssemos que seguir de certeza que a conversa seria muito mais longa e interessante....
A gente da minha terra é assim...