Olá amigos(as)
Pretendo com este blogue manter um meio de comunicação como se fosse o meu "Diário de Bordo".
Sendo assim os temas serão variados passados no meu dia a dia. Viagens, emoções, momentos, rimas, histórias da minha terra, etc.
Sugiro que passe também o seu olhar pelas fotos de outro blogue : "O Meu Olhar" https://bmamax.blogspot.com
Se tem interesse em algumas dicas para tratar das suas plantas ou horta, visite: https://quintaljardim.blogspot.com
Os seus comentários serão bem recebidos e por isso deixo um OBRIGADA por ler o que vou rabiscando
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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Obrigada

Olá...
Hoje hesitei em escrever o que se segue.
Depois cheguei à conclusão que o deveria fazer.
Durante vários dias descrevi caminhos de Portugal, por onde passei durante a semana da Páscoa.
Já algumas vezes comentei que faço deste blogue, o meu escape para ajudar o meu cérebro a continuar a funcionar.
Sendo assim quase que posso considerar que será o meu diário de bordo, mantendo este meio de comunicação para falar de vários temas. Assim vai acontecendo.
Neste caso considero que viajar, física ou virtualmente, alarga os nossos horizontes, conhecem-se novos locais, novos costumes, novas realidades e gentes. Penso que se enriquece o conhecimento.
Se eu partilhar com alguém essas vivências, será como se tivesse viajado acompanhada.
Assim fiz, embora nem tudo tenha sido descrito. Muita coisa ficou por dizer e mostrar.
Depois, também penso que pode parecer exibicionismo. Talvez, até, quem sabe... "tenha metido o pé na argola" em alguma ocasião, mas foi a minha maneira de ver e observar.
É sempre um tiro no escuro escrever e ficar deste lado na expectativa de saber que alguém vai ler e poderá não achar bem. É arriscado fazê-lo... mas...
Bem, chegou então a hora de agradecer a quem dispensou alguns minutos do seu dia para ler as minhas palavras, que não passaram de "simples pontos de vista".
Só quero ainda dizer que vou continuar por aqui, com outras histórias, na esperança que talvez sejam interessantes... Por agora o meu sincero...
OBRIGADA...

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Lar, doce lar

Bem, as mini-férias estavam no fim. Nem tudo dura para sempre. Não é?
Era o último dia.
Tínhamos dormido na Vila do Luso, situada no concelho da Mealhada e conhecida pela pureza das suas fontes de águas termais.
Estávamos perto de casa e não havia pressa, mas no ar já pairava o cheirinho da nossa "terrinha" e o desejo de chegar.
Era domingo de Páscoa e por alguns lugares, notava-se o frenesim de um dia festivo...
Paramos em Águeda e para além de um percurso pedonal que fizemos, observamos na ponte ali existente as marcas das várias cheias do rio Águeda, que de vez em quando vai fazendo os seus estragos....












Agora... tenho mesmo que admitir que as minhas histórias já devem ser cansativas para quem lê.
Acredite... muitos olhares ficaram por descrever, mas chegou a hora de ser breve nos comentários e respeitar a sua leitura.
No entanto ainda tenho de dizer que resolvemos dar importância ao dia e fazer uma refeição de dia de festa, em Ovar.
Depois já que estávamos perto de Válega, que pertence ao concelho de Ovar, quisemos conhecer a Igreja de Nossa Senhora do Amparo, impressionante obra prima, da arte de pintura de azulejos e que um dia merecerá uma história mais detalhada.
E foi com a alma cheia de boas recordações que seguimos...
Penso que terminamos da melhor maneira... "Lar, doce lar"...

domingo, 24 de abril de 2016

Pela Serra




E assim foi... à medida que subíamos a serra, a chuva era mais intensa e a paisagem começou a ganhar outros contornos,
Todos sabemos que Portugal é pequeno, no entanto tenho que reconhecer que desde que saímos de casa e os dias não eram muitos, já tínhamos encontrado todo o tipo de paisagem, tempo variado e estradas de vários níveis de circulação, assim como a gastronomia com o gosto próprio de cada região..
Neste momento, o silêncio era o actor principal. Olhávamos a paisagem e todo o cuidado era pouco. Trânsito lento, nevoeiro e aquela chuva de mansinho que dificultava a condução. Não nevava, mas a montanha começava a aparecer branca, à medida que a altitude era maior.

Cuidados redobrados, mas não deixamos de ir observando a serra, com o seu manto branco e orgulhosos do nosso cartão de visitas para os amantes de desporto na neve.
Chuva, neve, curvas e contracurvas, acompanharam-nos até à cidade de Seia.
Tudo isto faz história e o que deixamos para trás, já deixa saudades...
Até os animais vivem tranquilamente o seu repouso!!!!
Depois de uma boa refeição serrana, seguimos viagem... kkkkkkk.....

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Poço do Inferno

As imagens dizem quase tudo.
Sempre ouvi contar que a Serra da Estrela escondia lagos, lagoas e quedas de água de encantar.
Cá está o Poço do Inferno, que julgo ser um dos ex-líbris da Serra,
Entre Manteigas e Piornos, num desvio quase sem saída, estrada estreita e em mau estado de conservação, passando por várias espécies de vegetação rara, encontramos este lugar mágico.

O som da água que caía a mais de 10 metros, era uma espécie de música terapêutica, que a serra decidiu proteger.
As escadas escavadas nos rochedos, mas protegidas com a segurança possível, davam acesso a vistas deslumbrantes. Algumas pessoas andavam por ali (poucas) mas as suficientes para a troca de sorrisos e comentários.
Mesmo assim como crianças em jardim de infância, subíamos e descíamos as escarpas, encantados com uma beleza natural e atraídos pelas quedas de água límpida
Não tínhamos levado farnel para assentar arraiais nos vários lugares disponíveis para isso, mas teria sido uma óptima ideia,
O Poço do Inferno foi uma boa surpresa. Desfrutamos o mais possível, mas a chuva começava a cair de mansinho.
As fotos não ficaram por fazer, os olhos tentaram ver o mais possível e os ouvidos tinham escutado uma linda melodia.
Mas... a chuva teimava, teimava... em ficar no nosso lugar.
Saímos ainda com o olhar focado numa paisagem bucólica e arrepiante.
E assim... deixamos um recanto, com encanto... da Serra da Estrela...

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Barca D'Alva



Ainda inserida na região do Douro Internacional, Barca D'Alva não escapou ao nosso roteiro.
Freixo de Espada à Cinta, muito interessante, mereceu a nossa admiração mas por pouco tempo.
Talvez noutra oportunidade, eu procure o famoso freixo com a sua espada amarrada e então aí eu faça a minha historia.
Bem... Depois logo a seguir tomamos o rumo de Barca D'Alva. Entretanto lá longe surgia a Barragem de Saucelle, que atravessa o rio Douro e une os dois países (Portugal e Espanha).
Pois é... Acredita que só para agora poder dizer que fomos ao estrangeiro e ficamos internacionais!!! kkkkkkk,... atravessamos a barragem, pousamos o pé em terra espanhola e voltamos?
Coisa de gente vaidosa!!!!!
Mas... finalmente... sentimos que tínhamos o rio aos nossos pés.
Alí estava ele nos braços dos portugueses...
Este rio é irreverente, mas privilegiado. Tem nacionalidade estrangeira,  namora as margens ibéricas demoradamente, é acarinhado pelas amendoeiras, oliveiras, laranjeiras e vinhas (nesta altura do ano) ainda em estado de repouso e segue descontraidamente por onde lhe dá mais vantagens, assim formando paisagens de encantar, até à sua foz na cidade do Porto!!


Como vê a paisagem tem um encanto especial, logo ali no começo de Portugal.
Barca D'Alva é um recanto silencioso, exibindo com todo o esplendor a sua beleza natural em grandes extensões.
Ficam as imagens...

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Belmonte

Viajar por Portugal é um privilégio. Esta é a minha opinião. Poderá não ser a sua, mas vai permitir que eu considere que o meu País tem localidades com paisagens lindíssimas e um património histórico fascinante.

É o caso da Vila de Belmonte. Estive lá e posso dizer que são tantas as curiosidades deste local que talvez tenha dificuldade em descrever com rigor o que me foi dado conhecer.
Por ali costumam dizer que é terra de Judeus e berço de Cabrais.
Em relação aos judeus é pelo facto de que foi uma das localidades escolhidas por um pequeno grupo, que se isolou na povoação secretamente, durante mais de cinco séculos, mantendo os preceitos judaicos, e cuja tradição ainda se vive até aos dias de hoje.
O berço de Cabrais refere-se à família ilustre que por ali residiu e de onde nasceu o navegador Pedro Álvares Cabral.
Situada sobre a encosta da Serra da Estrela a paisagem é deslumbrante. Nota-se que é uma Vila cuidada, limpa e no centro histórico cada recanto é um encanto.
Depois o castelo medieval tem a sua história ligada à dos descobrimentos portugueses e à do Brasil, precisamente porque os seus Alcaides pertenciam à família do navegador que já referi, Pedro Álvares Cabral.
É um dos pontos turísticos mais interessantes. Uma alta torre de menagem, muralhas, baluartes e um anfiteatro ao ar livre, rodeado por imponentes muralhas.
Numa das paredes ainda se pode admirar uma janela manuelina, verdadeira jóia granítica, com o símbolo de D. Manuel, a esfera armilar e o escudo da ilustre família Cabral. Daí pode-se contemplar a linda paisagem da Serra da Estrela.
Bem junto ao Castelo ainda se pode admirar uma replica de cruz de madeira de Pau Santo, existente no Brasil
Muita história existe nesta vila encantadora aliada à sua beleza paisagística e que torna este local uma visita obrigatória.
Visite... Vale a pena...

terça-feira, 12 de abril de 2016

Lagoaça

Um novo dia começa e o destino desta vez é seguir junto ao Rio Douro Internacional e admirar o que de interessante se pode encontrar numa paisagem com desfiladeiros encravados pelos Rio Douro e pelo Rio Águeda, seu afluente, que corre livremente.
Pensávamos chegar até Freixo de Espada à Cinta, mas como já tenho dito, sempre viajamos no improviso.
Sendo assim com a indicação da aldeia de Lagoaça por perto, resolvemos seguir o destino para desfrutar de paisagens e histórias que já tínhamos ouvido contar.
Depois de passarmos numa pequena parte habitacional, encontramos o Miradouro da Cruzinha, estrategicamente situado num local privilegiado onde a nossa vista se perde no espaço e se ganha um respeito contemplativo da natureza.
Não tínhamos ninguém por perto. O tempo era todo nosso. O silêncio também. Não havia pressa em seguir viagem. Não sei dizer quanto tempo por ali estivemos a admirar uma paisagem tipicamente transmontana e encantadora.
Num declive acentuado, lá estavam as insondáveis e características arribas, transformadas em pequenos jardins de oliveiras, castanheiros e laranjeiras, divididas por socalcos até onde os nossos olhos alcançam.
Depois bem lá no fundo o irrequieto e selvagem Rio Douro, ziguezagueando por entre os terrenos, assemelhava-se a um espelho de água, reflectindo as sombras das aves de grande porte que por ali habitam.
Perante um horizonte tão grandioso e rude, mas que consegue ter muita beleza e significado, quase que não tínhamos palavras para comentar. Só olhos para verem, porque tudo ao redor era uma surpresa e paisagem  maravilhosa.
A vontade era ficar por ali e explorar o mais possível aquela dádiva da natureza. A estrada para chegar lá ao fundo era de má qualidade, mas mesmo assim arriscamos.
Seguimos na expectativa de tocar ou molhar a cara nas águas do nosso rio.
Fomos sendo acompanhados por pequenos cursos de água cintilante, as laranjeiras quase que entravam pela janela do carro e as oliveiras, donas daqueles socalcos, esperavam a hora de começarem a florir.
Algumas pessoas cuidavam dos terrenos e apanhavam a fruta.
A determinada altura, não quisemos arriscar prosseguir. Talvez com outro tipo de transporte (Jipe) fosse mais seguro, por isso com alguma desilusão voltamos ao Miradouro da Cruzinha, que ao lado tem uma mesa e bancos, protegidos do sol e chuva. Lugar excelente também para uma tarde bem passada em convívio com amigos.
Bem... depois de mais alguns minutos de contemplação a uma paisagem tipicamente rural, pureza bucólica e calmante, seguimos viagem mas com vontade de ficar por aquelas paragens...
Como é bela a natureza!!!!

domingo, 10 de abril de 2016

Miranda do Douro

E se hoje eu lhe falasse de Miranda do Douro? Seria uma boa ideia?
Conhece com certeza e eu também já lá estive algumas vezes.
Como a chuva bate na minha janela e não me deixa pôr o pé fora da porta, escrever ajuda-me a passar as horas ao mesmo tempo que admiro através das vidraças os campos verdejantes, as flores a quererem sorrir e o sol de vez em quando a dar um ar da sua graça, sem graça nenhuma.
Lá longe dei conta que o arco-íris apareceu. Não sei se anuncia bom ou mau tempo, mas dá-me algum ânimo.
Bem... lá, lá, lá e nada digo sobre Miranda. Vamos lá...
Quase como todas as narrativas que vou fazendo, não será novidade para muita gente que Miranda do Douro, se situa bem junto ao Rio Douro e em plena fronteira com Espanha. A região é montanhosa e árida, mas não podemos esquecer que fica envolvida pelo Parque Natural do Douro Internacional, paisagem única e deslumbrante.
E como Miranda do Douro sempre soube conservar as suas tradições, não pude esquecer que estava num local com tradições únicas em Portugal. Lembrei do folclore com gaiteiros, pauliteiros, gaita de foles e castanholas. Lembrei da sua língua própria - Mirandês - património único na região. Lembrei da sua gastronomia e confesso que não pude deixar de me sentir estrangeira no meu País.
Os nosso amigos espanhóis são a base de sustento daquela região. Gostam do artesanato que por ali se faz, tais como mantas, bordados, cestaria e peças em tecido de burel.
Depois de percorrer as ruas estreitas mas cheias de turistas, admirar as arribas, fotografar alguns monumentos e visitar a Sé de Miranda, que guarda entre outros tesouros e relíquias, um ícone de religiosidade popular, que atrai devotos de muitos lugares - O Menino Jesus da Cartolinha -  e assistir a um lindo pôr do sol, o cansaço chegou.
Novo dia nos esperava...

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Rio de Onor

Eu disse que tínhamos seguido para Rio de Onor. Lembra-se?
Pois é... muitas vezes ouvimos falar neste lugar fronteiriço, mas nunca tínhamos visitado.
O nosso propósito era conhecer/descobrir um lugar único em pleno Parque de Montesinho.
Digo único porque apesar de existir uma linha de fronteira com Espanha e onde se vive essencialmente da agricultura e da criação de gado, a população das duas partes trabalha indiferentemente, quer do lado de cá ou do outro lado da fronteira, numa harmonia comunitária quase medieval.
Partilham o trabalho, os bens e tradições, o forno e até os animais para reprodução.
Esta aldeia comunitária encanta com as casas típicas em xisto com varandas e alpendres. É interessante admirar as ruas ou ruelas por ali existentes.














O rio Onor, que dá o nome ao local, a Igreja Matriz, a ponte que divide os dois países, o forno, os moinhos comunitários, a ponte romana, os animais pelas ruas indiferentes à civilização moderna e o dialecto muito próprio das pessoas (talvez em extinção) fazem deste lugar uma aldeia de interesse único.
É emocionante, ter um pé na aldeia raiana e o outro na aldeia portuguesa.
Um percurso que deu para ficar com a nostalgia de outros tempos, onde as tradições ainda se vão mantendo...
Por quanto tempo?

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Bragança

Neste dia acordamos bem cedo. O hotel ficava na zona mais recente de Bragança.
Espreitamos por entre as vidraças e os telhados ainda estavam cobertos de geada.
Por estes lados o Inverno não brinca. Gosta de surpreender a Primavera.
Também nós gostamos de ser surpreendidos, por isso não demoramos a sair para visitarmos a parte histórica da cidade..
Há já alguns anos que não passávamos no interior de Bragança.
Com as auto-estradas, ganhamos em tempo, mas perdemos o olhar para o que é tão nosso e a riqueza da nossa história.
Por isso decidimos que desta vez as estradas nacionais seriam uma das nossas preocupações.
A parte histórica de Bragança era a que mais nos interessava e pelo que nos foi dado observar, de certeza que é uma cidade herdeira de uma vasta região do Nordeste de Portugal.
É aí, no extremo nordeste de Portugal e no centro histórico, que se encontra um dos mais importantes e bem preservados castelos portugueses.
Do alto das suas muralhas, avista-se quase toda a cidade e várias serras circundantes.
Depois nota-se a existência de várias épocas, que formam um conjunto monumental.
As mais evidentes são a Torre de Menagem que alberga o Museu Militar, a Torre da Princesa que encerra uma lenda e o Pelourinho que assenta numa base com a figura da porca da vila.
Se dermos atenção ainda podemos ver alguma história que permanece inscrita nos monumentos religiosos, em casas e solares, em todas as pedras gastas das ruas estreitas e quase que poderia arriscar nas pessoas que ainda ali residem.
Tudo que nos rodeava nesta parte histórica era na verdade de muito interesse.
Queríamos absorver tudo com o nosso olhar, sem pressas, ver mais e mais... e assim fizemos, mas também chega a hora de continuar por outros destinos, por isso com promessas de voltar, seguimos com a certeza de um regresso breve

.
 
Entramos de novo no Parque Natural de Montesinho, com outro tipo de paisagem, com outros atractivos, mas igualmente interessante e que falarei a seguir.
Paramos em Varge para almoçar no restaurante "Careto" e depois de saborear a tradicional "posta", seguimos até Rio de Onor.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Parque Natural de Montesinho

Continuando a narrativa da viagem que tínhamos planeado (reconheço um pouco no improviso), decidimos então prosseguir pelo Parque Natural de Montesinho.
As aldeias viam-se ao longe num isolamento assustador. Mas a paisagem começou por nos transmitir uma tranquilidade como se estivéssemos a percorrer um santuário natural.
Prados, animais, rios, floresta de encantar e até os penedos das montanhas mais altas nos pareciam acolhedores. Árvores milenares, olivais e um sem fim de carvalhos cansados, mas de pé, como devem morrer as árvores. Paisagem fascinante.
Lá longe a perder de vista as altas montanhas da Galiza ainda com alguma neve faziam-nos lembrar que apesar de ser o mês de Março, por lá o Inverno é rigoroso.
No entanto as aldeias e os campos pareciam estar no lugar certo. As poucas pessoas que se encontravam disponibilizavam-se sempre para nos darem qualquer informação. Diziam que teríamos que ter cuidado, pois não havia redes de telefone ou internet. assim como com os animais que por vezes atravessavam a estrada, principalmente os veados. Atentos a tudo isto, confesso que seguíamos na expectativa de encontrar um dos tais animais e embriagados pela paisagem que nos oferecia um conjunto de beleza e equilíbrio.
Começamos a vislumbrar o Rio Rabaçal que nasce na Galiza. A paragem era obrigatória para tirar algumas fotos de um rio deslumbrante com características de rio de montanha. Chegados à ponte do mesmo já estávamos no Distrito de Bragança.
É aqui que que começamos a deixar para trás lugares imperdíveis para quem gosta de sentir o cheiro das plantas, o silêncio, os animais e as águas cristalinas dos rios sem pressa de chegarem ao seu destino.
Enfim a tranquilidade da natureza quase selvagem e que talvez seja uma das muitas maravilhas portuguesas.
Lugares para nunca esquecer...

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Chaves

Estávamos a chegar à semana da Páscoa.
Como a família está um pouco dispersa, resolvemos fazer uns dias de férias.
Costumo dar a conhecer alguns lugares por onde passo e desta vez não será diferente.
Saímos então numa manhã de Primavera, mas com ameaças de chuva.
Então, passando por entre os pingos da mesma, chegamos à bonita Cidade de Chaves que se situa num vale fértil, junto ao Rio Tâmega e bem próxima da fronteira com Espanha.
Dada a sua posição geográfica, Chaves tem uma beleza natural grandiosa, com pontos interessantes e um Centro Histórico digno de relevo.
Passamos pela ponte romana, também conhecida pela ponte de Trajano, que une as duas margens do Rio Tâmega e que atravessa a cidade.
Claro que não deixamos de visitar o Castelo com o seu belo jardim de onde se pode apreciar uma excelente paisagem, por entre as suas muralhas.
Passamos pelas ruas históricas e coloridas, por algumas escadas íngremes e estreitas, pela Igreja da Misericórdia, pelo Pelourinho e admiramos o tradicional artesanato.

Apreciamos a gastronomia típica, com os famosos enchidos e presunto e não deixamos de trazer para mais tarde saborear, os tradicionais pasteis de Chaves que são uma verdadeira delícia.
Muito ficou para admirar e deixamos a promessa de voltar.
Seguimos em direcção  ao Parque Natural de Montesinho.