O tempo está presente na vida de todos nós. Para uns dura pouco, para outros vai-se alongando e os mais privilegiados têm o tempo devido. Mas quando o tempo se esgota em qualquer destas situações, parece que um adversário nos roubou o que mais gostávamos. No entanto, esse tempo, mesmo longo, quando termina violentamente ou inesperadamente, deixa-nos fora do controle, do domínio da situação e das acções. Penso que uma parte de nós continua a viver, mas a outra não está lá e ficamos com a sensação que a história nunca mais será a mesma. Entretanto temos que superar esse processo e embora não esquecendo, fingimos que não aconteceu e aceitamos algo que não faz sentido, que não avisa, que não tem lógica e que o tempo levou em segundos, sem nos ter consultado e orientado para aquele momento. E depois de ultrapassar várias fazes de aceitação, temos que encarar, ser capazes de entender, de ver, de tocar, falar e fazer as pazes com o próprio tempo, mas tendo a certeza que tudo muda e que precisamos da nossa própria transformação, não deixando de viver a vida, mas nunca esquecendo que estamos sempre perto da morte.
https://bmaxima.blogspot.com
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