Os Coretos de Abragão

Os Coretos fazem parte de um património histórico de uma sociedade que hoje procura uma outra forma de divertimento que não de cultura popular. Obras de arte que foram concebidas em função da música. Os Coretos marcam especialmente uma época em que não existiam emissões radiofónicas de música. Há Coretos de diversas formas mas todos têm em comum, ou eles não fossem palcos dessa linguagem universal, "a música". Em Abragão existem dois que datam de 1930, embora antes tenham existido outros noutro lugar e dos quais não há vestígios. Estes foram restaurados e aumentados em 2001 conservando no entanto a sua arquitectura original. Essencialmente são mais usados no Verão onde as bandas filarmónicas realizam concertos. Em alguns lugares estas tradições foram perdendo a importância que tinham na sociedade, mas em Abragão não. Não há festa que se preze que não tenha sempre duas bandas de música. São apreciadas por muita gente. Confesso que eu (uma leiga no assunto) não resisto à tentação de assistir ao tocar das mesmas. As procissões são abrilhantadas por elas e depois lá vão tocando alternadamente verdadeiros concertos durante toda a tarde e noite. Acompanham a passagem do testemunho entre os mordomos das festas e aí então é que é o verdadeiro despique de despedida. Por tudo isto e não só, os Coretos devem continuar a embelezar as nossas praças e jardins e deixem tocar a "Banda"

A Casal Carina

Em 1967, António um jovem aventureiro e louco por motos comprou uma Casal Carina. Na época era na verdade para ele uma loucura, pois para todo o lado saía com ela e em "altas velocidades". As garotas, às escondidas, queriam dar a sua voltinha na dita cuja. Quando essa oportunidade surgia, juravam que nunca mais queriam outra experiência, pois o susto era tanto que todas temiam pela própria vida. Na época os amigos poucos tinham meio de transporte e a pobre da Carina muitas vezes levava 3 e 4 em cima para festas e noitadas. Claro que de tanto andar e de tantas aventuras a pobre Carina ficou "destruída " em pouco tempo. Foi vendida mas por pouco dinheiro e toda despedaçada.
Os anos passaram e a saudade da velha Carina surgiu. Então, António ainda sonhador, está a tentar restaurar outra que comprou em peças para substituir a tal que outrora o fez tão feliz. Será que algum dia esta voltará a ser igual à primeira?. A ver vamos....

O Sol e as Motos

Sábado. Domingo, sol, calor, motos e aí vamos nós, descontraidamente passear um pouco por estes lados do Norte. O destino não tinha importância, apenas desfrutar do dia lindo e da paisagem. Sentir liberdade, porque andar de moto dá a sensação de liberdade e alivia o stress. O vento era fraco e batia na cara como uma carícia. Mas que gostoso que era! Aí fomos então - Penafiel - Marco de Canaveses - Baião - Pala (quase que estivemos tentados em seguir para Cinfães), vista sobre o rio Douro, parando aqui e ali, apreciando melhor, lugares já por nós conhecidos, mas sempre de interesse e lá seguimos até chegar de novo a Abragão. O passeio tinha sido interessante. Como a experiência foi tão agradável, no Domingo ao levantar pensamos: E se hoje continuássemos? Se bem o dissemos melhor o fizemos e lá fomos desta vez para os lados de Vizela. Domingo fantástico. Almoçamos no Monte de Santa Quitéria (lugar onde nunca tinha estado), depois Vizela e por aí fora como dois perdidos na estrada, mas felizes e contentes. Dois dias agradáveis. Não tenho dúvidas. Se tiverem oportunidade façam o mesmo e "Boa Viagem"

O Sol

Enfim. Os dias encheram-se de sol. Afinal a Primavera já começou e eu ainda não tinha percebido. O tempo padece de distúrbios de personalidade que me enlouquecem. O sol dá-me esperança e por vezes pergunto para mim mesma o que quero fazer hoje da minha vida. É uma pergunta tão especial, tão boa. Sabe tão bem guardar um bocadinho para nós e, diga-se acho que todos temos esse direito de aproveitar os nossos dias da melhor forma possível. Estamos cansados de nos dizerem que não sorrimos, que não somos capazes de fazer, que não somos capazes de conseguir, realizar, concretizar, enfim. Ó raça esta! Acabe-se com a tristeza por decreto (que é o único decreto que ainda não se lembraram) apliquem coimas aos mal humorados, aos zangados, aos enfastiados! As pessoas andam mais intolerantes, menos divertidas, menos sorridentes e despejam sobre os outros as suas próprias frustrações. Leva-se tudo muito a sério. Não reparamos nas pequenas coisas que nos fazem felizes. Esquecemos o pormenor de estarmos vivos. Ó que coisa boa! Só por isso temos obrigação de ficar bem dispostos. Para quê desperdiçarmos o nosso tempo. Esta Primavera apostemos em ser melhores e em fazer melhor. Apostemos em ser felizes. Venha a Primavera, queremo-la nos nossos corações.

Passou o 5º Encontro de Motos de Abragão

Pois é. Passou o 5º Encontro Ibérico de Motos Antigas de Abragão. Momentos bons e momentos menos bons, sol, chuva, alegria e boa disposição, algumas contrariedades, comida boa e comida normal, gente amiga, de longe e de perto, boas motos, outras menos, mas igualmente interessantes, muitos quilómetros para alguns, poucos para outros. Enfim encontros e desencontros. A todos agradecemos a participação e venham os comentários bons ou maus. O que queremos é manter o que saiu bem e corrigir o que esteve mal. Venham eles. Obrigado