Olá amigos(as)
Pretendo com este blogue manter um meio de comunicação como se fosse o meu "Diário de Bordo".
Sendo assim os temas serão variados passados no meu dia a dia. Viagens, emoções, momentos, rimas, histórias da minha terra, etc.
Sugiro que passe também o seu olhar pelas fotos de outro blogue : "O Meu Olhar" https://bmamax.blogspot.com
Se tem interesse em algumas dicas para tratar das suas plantas ou horta, visite: https://quintaljardim.blogspot.com
Os seus comentários serão bem recebidos e por isso deixo um OBRIGADA por ler o que vou rabiscando
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A Chuva chegou

As minhas rimas
Um dia de sol tem muita beleza
Um dia de chuva é lindo também
Cada um encanta na sua missão
Os dois são para nosso bem.
A água da chuva desce a ladeira
Ansiosa faz lagos e rios pequenos
Cheira a pó e também a enxofre
E lá vai regando todos os terrenos.
Cheiro de chuva, o vento canta
Janelas fechadas e ninguém fala,
Folhas correm a brincar de esconde
Estranha tarde, terna que embala.
Há pouco haviam sonhos de Verão
Com o trovão ninguém respondeu
Fecharam as portas e janelas
Toda a gente, enfim, se escondeu.
Mas a chuva cai forte e atormenta
Traz à memória muita lembrança
De profundo isolamento e saudade
De paisagem, sonhos e esperança.
As gotas caem fortes sem pararem
Entre elas não há grande diferença
O sofrimento que cada uma encerra
É disfarçado com muita paciência.

BM

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Fatias do Freixo

Depois de ter comido o bolo de chocolate do post anterior, eis-me de novo na parte doce da questão - FATIAS DO FREIXO - E agora é mesmo verdade. Vou comê-las. Todas não.... Deixo ficar alguma coisa.
Certamente que muita gente conhece esta maravilha que já se fabrica desde o ano de 1819.
São os únicos Doces Regionais do Marco de Canaveses com verdadeira tradição histórica.
Como já disse aparecem referenciados por volta do ano de 1819 (reinado de D. João VI), data da construção da Casa dos Lenteirões. Segundo a história que se conta o Rei D. Luís exigia sempre nos seus banquetes os doces do Freixo, que não são só as fatias (deliciosas), mas também cavacas e biscoitos.
Claro que o segredo da sua fabricação foi passando de geração em geração, mas mantendo sempre a mesma qualidade e variedade.
Nesta zona e redondezas aparecem muitas imitações, mas acreditem, nada têm a ver com os verdadeiros doces da Casa dos Lenteirões.
Não é publicidade (mas parece).
Sempre que por ali passo, não consigo deixar de comprar as deliciosas fatias (as mais cremosas) e acreditem quem passa por este lugar, não passa sem lá voltar.
Deliciem-se......

domingo, 16 de outubro de 2011

O olhar do Mar


As minhas rimas

Queria ver o olhar do mar
E então para mim perguntei
Será que o mar tem olhar?
Ou será que me enganei?

Mas no meu pensamento
Outra pergunta apareceu
Quanto sinto o sopro do vento.
Será que ele vem do céu?


Depois fiquei pensativa
Olhando o céu muito azul
Sinceramente eu não sei
Se olhava o Norte ou o Sul

Neste pensamento estava
e ouvi cantar um pardal
Era um som tão penetrante
Fazia lembrar um temporal

Fugi então do meu lugar
E fui colher uma linda flor
Bebi água de uma fonte
Água com amargo sabor

A noção perdi por instantes
Do lugar por mim destinado
Sem saber como aconteceu
Fui parar a outro lado

Tudo isto foi muito estranho
Tudo tinha nova e linda cor
O mundo era do tamanho
Do gigante adamastor

Qual não foi o meu espanto
Parecia mesmo uma magia
Acordei ao som do canto
Duma linda cotovia

E de forma então natural
Lá voltei ao meu lugar
Tudo não passou de sonho
Mas não vi "O OLHAR DO MAR"
BM

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A Capela de S. João de Vez-De-Aviz



Enquanto faço a caminhada matinal, vou sempre tentando descobrir alguma coisa que chame a minha atenção.
Hoje o percurso foi noutra direcção, e então passei pela Capela de S. João de Vez-De-Aviz, em Abragão, propriedade da família.
Esta capela foi mandada construir em 1905 pelo Padre Francisco Ferreira de Carvalho na casa rural ali existente.. Na época as casas das redondezas quase todas tinham ligações parentais.
A partir daí a capelinha ficou a ser um ponto de referência, não só para os seus donos, como também para o resto da população, que era pouca.
Apesar de ser propriedade privada teve e tem um significado especial para os fiéis. Era aberta a todos que a quisessem visitar.
Hoje naquele local festeja-se o S. João em homenagem ao lugar com esse nome, mas nem sempre foi assim.
Há uns bons anos atrás o Padre Almiro Ferreira de Sousa, sobrinho de quem a mandou construir, confessava ali os mais idosos na véspera de
Natal e no dia de Natal rezava missa de festa.
Com a vinda de outro pároco para a freguesia de Abragão, que já nada tinha a ver com os anteriores, começou então a festejar-se o S. João a 23 e 24 de Junho, por ser o padroeiro do lugar.
Uma vez por ano a capelinha é aberta a todos que a queiram visitar e se celebra a missa e procissão dedicada ao Santo.
E é assim. Os padres mudam, mas as tradições ficam. Que assim continue....

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Barco à Vela


As minhas rimas

Lá longe o barco à vela
Passa por Galé e Salgados
Leva esperança, leva olhares
Vão felizes os namorados

Barco à vela não vaciles
Que o vento está de maré
Se te vires ameaçado
Vem depressa marcha à ré

Quem me dera assim seguir
Contigo sempre a velar
Ó barquinho não demores
Meu amor quero abraçar

Vai longe bem de mansinho
Com esperança de chegar
Vela a vela vai andando
Não tem pressa a navegar

Quem me dera ser a vela
Para o vento poder sentir
Ser timoneiro nessa viagem
Sem ter tempo de dormir

És tão lindo em alto mar
Com a água cintilante
De certo estás a namorar
Nem pareces viajante

Mas tem cuidado não pares
Continua sempre a velejar
Se não chegas a bom porto
Meus olhos podem chorar
                 Beatriz Máximo


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

É Mar

O mar enrola na areia
Ninguém sabe o que ele diz
Bate na areia e desmaia
Porque se sente feliz....

Quem não recorda esta cantiguinha de escola?
Um dia destes enquanto admirava o vaivém das ondas do mar, a imaginação transportou-me a época de criança e senti-me, tal como o mar, feliz. Sim, feliz...
O mar tem um fascínio inexplicável. Ao mesmo tempo que parece aterrador, também é encantador.
Ter o privilégio de o poder admirar é fascinante.
Umas vezes furioso e ameaçador, outras tranquilo com as suas águas acariciando a fina areia da praia, não deixando de a beijar constantemente. Tão imenso que ele é!!!....
E quando a noite começa, acolhe o sol nos seus braços, fazendo-o adormecer lentamente. É MAR...

sábado, 1 de outubro de 2011

A Sopa da Pedra

Hoje tive oportunidade de comer a famosa "Sopa da pedra".
Ao passar em Almeirim, lembramos que há muito tempo que não o fazíamos. Como a fome já apertava um pouco, depressa o pensamento levou-nos à atitude. A sopa soube que "nem canja".
Apenas com uma sopa destas, já é suficiente para continuar a viagem, o que não foi o caso, pois sempre se comeu mais alguma coisa.
Bem, mas cumprimos a tradição (quem passa por ali, não passa sem a comer). No fim metemos a pedra no bolso. Sempre dá para fazer uma sopinha mais gostosa cá em casa. Ahahaha.
A história será conhecida quase por toda a gente, mas se assim não for, o caso não é tão importante, pois de pedra só tem o nome.
Passem por lá e logo verão....

Ps: Se quiserem conto a história......