Broa de milho

Dizem que a conversa é como as cerejas. Na verdade vou escrevendo de tudo um pouco. Às vezes assuntos bem diferentes dos anteriores.
É o caso de hoje. A foto mostra um pedaço de broa de milho que um dia fez parte de um bom acompanhamento na minha mesa, em boa companhia.
Este pão tradicional de Abragão, e não só, faz-me recordar quando na cozinha da minha Avó se sentia o cheiro de farinha de milho já escaldada na masseira.
Acendia-se o forno a lenha. Esperava-se que aquecesse devidamente, enquanto se amassava a farinha com água e levedura que ficava da fornada anterior.
O meu olhar brilhava com os gestos e suavidade nas mãos da Avó que amassavam e transformavam tudo numa bola macia. Depois essa bola era partida para fazer várias broas e assim se metia no forno o tempo devido para cozer.
Entretanto o cheirinho a pão cozido convidava de imediato para que fosse comida, enquanto estivesse quente, partida com a mão (dizia a Avó) porque senão estragava se fosse com faca. Ficava deliciosa e crocante.
E foi assim que a foto me fez lembrar os tempos de criança, que para mim foram experiências, aromas, sabores que jamais esquecerei.
Por mais que eu quisesse fazer broa de milho tenho certeza que nunca conseguiria e se conseguisse... de certeza que não teria o sabor que a broa da minha Avó tinha...
Delícia...
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Afectos

De vez em quando falo de assuntos mais ou menos pessoais. E é assim que hoje resolvi descrever um pouco do que foram alguns dias neste Verão.
A casa encheu-se de carinhos e afectos.
Os silêncios transformaram-se em música, as refeições em pequenos banquetes animados, o acordar em momentos de algazarra e convivência, o passear pelas ruas, divertido, o descobrir lugares e objectos esquecidos, mágico e também o reencontro de familiares e amigos, por vezes foi emocionante.  Enfim... a casa transformou-se num espaço onde tudo era permitido.
No entanto o tempo passou rápido e tudo voltou à rotina do dia-a-dia, embora com o coração cheio de sentimentos e emoções.
Agora as lembranças fazem parte do passado mas com a esperança de um futuro próximo. Foi boa a relação vivida intensamente, com aqueles que fazem parte da minha vida.
Ficaram os simples gestos, talvez mais do que as palavras ditas e fico feliz ao lembrar do carinho, dos beijos, dos abraços e do amor dado sem condições.
Entretanto a vida vai correndo e os afectos virão de novo noutra ocasião inesperada e aí novas experiências serão vividas, pois elas são essenciais para estabelecer um estado de paz e harmonia e contribuem para o bem estar e felicidade de todos aqueles que irão participar neles.
Ninguém vive sem afectos...

Luar de Agosto

Agosto, calor, lua cheia, noite de luar.
Luz prateada que parece pertencer apenas às lendas
Hoje é uma verdadeira noite de luar dos fins de Agosto.
É Verão e lá do alto, a lua sorri para mim e ilumina o que pode alcançar e dá-me a sensação de tranquilidade, paz, serenidade, encanto e sedução.
Hoje a noite é para olhar o céu e deixar-me levar pelos encantos da sua misteriosa luz.
O luar de Agosto é orgulhoso e ilumina o nosso rosto.
Que o luar de Agosto se mantenha por muito tempo....

Senhora da Agonia - Viana do Castelo

Os festejos em honra da Nossa Senhora da Agonia, em Viana do Castelo, começaram.

Provávelmente é a maior romaria de Portugal, com diversões para todos os gostos e onde se recriam tradições alusivas ao Minho.
Não faltam as ruas iluminadas, os bombos, os gigantones, a serenata, concertos musicais, a procissão ao mar, os tapetes floridos, o desfile de cestos coloridos, confeccionados com flores naturais, os trajes típicos da zona, vestidos por minhotas, que não deixam de ostentar autênticas obras de arte em ouro e filigrana.
Enfim, uma diversidade de interesses festivos e culturais.
Sou privilegiada em já ter assistido. Penso que ir a esta romaria é tomar um banho de cultura popular do Minho e por isso só me resta dizer:
Vá visitar....
Como dizia a nossa Amália....

 "Se o meu sangue não me engana
  Como engana a fantasia
  Havemos de ir a Viana
  Oh meu amor de algum dia..." 

Lágrimas

Não costumo ser coleccionadora de lágrimas, mas admito que de vez em quando tenho que as secar ou passar a mão para que ninguém as veja.
Por isso, neste texto quero dizer que quando elas escorrem pela minha face, talvez signifiquem simplesmente desabafos da alma, ocasionados por situações diversas. De alegria, de tristeza, de dor, de luto, da emoção sem liberdade, do vazio, da saudade, ou quem sabe apenas sejam gotas de chuva que caiem no meu rosto!
No entanto têm sabor amargo e salgado, como as águas do mar.
São cheias de tudo.
Hoje, as lágrimas que escorrem pela minha face são uma mistura de todos os sentimentos que atrás referi.
Por isso, depois de caírem, deixaram um vazio no meu peito...
Eu acredito em lágrimas...

Estádio do Dragão

Desta vez resolvemos visitar o Estádio do Dragão.
Sendo um lugar emblemático é alvo da visita de gente de todo o Mundo.
Para muitos é um palco de emoções num espaço privilegiado de diversões.
Confesso que durante a visita me senti num lugar que oferece diversidade imensa de funcionalidades, pois para além do desporto, podem-se organizar vários eventos sociais que certamente só podem ter êxito garantido.
O mais impressionante é sem dúvida o espaço reservado aos VIP'S.
Esta sala com capacidade para centenas de pessoas oferece uma vista panorâmica impressionante do estádio, tornando a imaginação de qualquer pessoa num sonho que poderá ser realidade.
No entanto todo o edifício é um verdadeiro prestígio conhecer.
O relvado apresenta-se como um palco onde os verdadeiros actores apenas funcionam em determinadas ocasiões com elevada adrenalina para milhões de espectadores que podem usufruir no local ou pelos orgãos de comunicação.
Talvez eu não seja a pessoa mais indicada para falar de tudo que vi e ouvi mas tenho certeza que este lugar é alvo de um assinalável reconhecimento mundial - Estádio do Dragão.

Novo dia

A noite chegou e com ela um novo dia irá começar.
O amanhecer será certamente o recomeço da rotina de sempre.
O mesmo cheirinho a café, a mesma luz do sol, as mesmas tarefas e a mesma esperança.
No entanto podemos mudar essa rotina se por acaso o cansaço se instalar.
Enfim... a vida cansa, mas vale a pena acordar, lutar e ter a possibilidade de novas oportunidades e a esperança que tudo será diferente num conjunto de bons e maus momentos.
E é assim que o novo dia pode acontecer. No entanto não temos tempo para perder. Viver cada novo dia é um privilégio. Devemos sorrir e reflectir nas coisas boas que devemos aproveitar e não perder a chance de as viver.
É preciso acreditar que o dia seguinte será sempre melhor que o anterior.