Olá amigos(as)
Pretendo com este blogue manter um meio de comunicação como se fosse o meu "Diário de Bordo".
Sendo assim os temas serão variados passados no meu dia a dia. Viagens, emoções, momentos, rimas, histórias da minha terra, etc.
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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

O Olhar do Mar

 As minhas rimas

Queria ver o olhar do mar
E então para mim perguntei
Será que o mar tem olhar?
Ou será que me enganei?

Mas no meu pensamento
Outra pergunta apareceu
Quando sinto o sopro do vento.
Será que ele vem do céu?

Depois fiquei pensativa
Olhando o céu muito azul
Sinceramente eu não sei
Se olhava o Norte ou o Sul

Neste pensamento estava
e ouvi cantar um pardal
Era um som tão penetrante
Fazia lembrar um temporal

Fugi então do meu lugar
E fui colher uma linda flor
Bebi água de uma fonte
Água com amargo sabor

A noção perdi por instantes
Do lugar por mim destinado
Sem saber como aconteceu
Fui parar a outro lado

Tudo isto foi muito estranho
Tudo tinha nova e linda cor
O mundo era do tamanho
Do gigante Adamastor

Qual não foi o meu espanto
Parecia mesmo uma magia
Acordei ao som do canto
Duma linda cotovia

E de forma então natural
Lá voltei ao meu lugar
Tudo não passou de sonho
Mas não vi...
"O OLHAR DO MAR"
Beatriz Máximo

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Cinzas

Hoje o que deixarei por aqui será uma preocupação que não é só minha, pois relaciona-se com a angústia e o sofrimento que as chamas vão causando no coração de todos nós destruindo o nosso País e que muita gente classifica como "época de incêndios".

Pois é... eu pensava que "época de" fosse uma expressão para situações em que era normal ser feliz, pois sempre ouvi falar em época de férias, época de vindimas, época de praia, época de natal, época de carnaval... enfim...

Na verdade não estamos em época feliz, mas a viver um carnaval com uma máscara de infelicidade e que ninguém reconhece como divertida, mas de horror.

Deixem pelo menos de falar da tal época que me recuso a repetir e talvez esteja na hora de esses palhaços falsos que são apanhados sejam devidamente castigados para ver se o cenário muda e os verdadeiros palhaços, alegrem o circo.

É que já só vão restando as lágrimas do "palhaço alegre" que disfarçadamente vai alegrando o triste, mas por dentro está ferido, desfeito e sem esperança.

Esperança que vai ficando no meio das cinzas...

https://bmaxima.blogspot.com

sábado, 6 de agosto de 2022

O abate da palmeira



Hoje a história é sobre a minha palmeira que durante cerca de 40 anos, decorou, embelezou o meu jardim e deliciava o meu olhar e de quem passava por perto. (na foto "antes" já contaminada)

É uma árvore que me agrada, pois simboliza a união entre o céu e a terra e é sinal de hospitalidade. O seu tronco carregou durante a sua existência as imensas folhas que pareciam abanar o mundo e por várias vezes foram utilizadas para fazerem arcos decorativos em festas de casamento. Depois oferecia a quem passava as suas tâmaras e servia de aconchego para os pássaros fazerem os seus ninhos.

Foi sempre a identidade da casa,  "A casa da palmeira". Pois é... veio pequenina como um bebê e foi crescendo, crescendo até ficar com vários metros de altura. Mas a cobiça do escaravelho vermelho fez dela o seu repouso e o seu alimento. 

Tratada várias vezes, lá fui conseguindo adiar uma morte anunciada, mas só prolonguei a sua resistência e chegou o dia que já não havia nada a fazer e o melhor foi acabar de vez com o que era inevitável.

Custou ver o seu derrube, custou ver a sua imponência reduzida a matéria orgânica, custou e custa para mim não ver nada no seu lugar e não ter a sombra das suas folhas que baloiçavam com o vento.                                                                                                                                    Um jardim mais pobre...                                                                                                            
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