É uma árvore que me agrada, pois simboliza a união entre o céu e a terra e é sinal de hospitalidade. O seu tronco carregou durante a sua existência as imensas folhas que pareciam abanar o mundo e por várias vezes foram utilizadas para fazerem arcos decorativos em festas de casamento. Depois oferecia a quem passava as suas tâmaras e servia de aconchego para os pássaros fazerem os seus ninhos.
Foi sempre a identidade da casa, "A casa da palmeira". Pois é... veio pequenina como um bebê e foi crescendo, crescendo até ficar com vários metros de altura. Mas a cobiça do escaravelho vermelho fez dela o seu repouso e o seu alimento.
Tratada várias vezes, lá fui conseguindo adiar uma morte anunciada, mas só prolonguei a sua resistência e chegou o dia que já não havia nada a fazer e o melhor foi acabar de vez com o que era inevitável.
Custou ver o seu derrube, custou ver a sua imponência reduzida a matéria orgânica, custou e custa para mim não ver nada no seu lugar e não ter a sombra das suas folhas que baloiçavam com o vento. Um jardim mais pobre...
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