Olá amigos(as)
Pretendo com este blogue manter um meio de comunicação como se fosse o meu "Diário de Bordo".
Sendo assim os temas serão variados passados no meu dia a dia. Viagens, emoções, momentos, rimas, histórias da minha terra, etc.
Sugiro que passe também o seu olhar pelas fotos de outro blogue : "O Meu Olhar" https://bmamax.blogspot.com
Se tem interesse em algumas dicas para tratar das suas plantas ou horta, visite: https://quintaljardim.blogspot.com
Os seus comentários serão bem recebidos e por isso deixo um OBRIGADA por ler o que vou rabiscando
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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Aveiro

O dia parecia de verão. A passagem por Aveiro estava no nosso roteiro.
À chegada somos de imediato confrontados com um panorama de um bonito estuário de água espelhada quase ao nível da estrada, com pequenas ilhas e canais que se cruzam entre si.
É este conjunto que nos desafia.
Mas Aveiro merece uma visita prolongada. É uma cidade limpa, luminosa e que recebe bem.
Tem vários pontos de interesse, o que daria para vários dias.
Bem..... decidimos, desta vez, optar por fazer um passeio num dos seus tradicionais moliceiros - barcos semelhantes às gôndolas, muito coloridos com gravuras de mensagens: De humor, profissionais, românticas ou religiosas e nenhum desenho se pode repetir.
O comandante é também o guia turístico que ao longo do passeio nos vai divertindo e fazendo referências aos vários monumentos, conjuntos de casas de Arte Nova e as pontes que atravessam os canais.


Tenho de dizer que comecei a sentir-me num panorama mágico e que ficará na minha memória para sempre. Os canais que entram dentro da cidade, mais parecendo estradas pouco movimentadas e cheias de glamour vão dando a possibilidade de vermos a cidade de outra maneira. Talvez tenha sido uma experiência única, pois visitar Aveiro percorrendo os canais, proporciona dar atenção a pormenores que dificilmente se daria numa visita de carro.
                                           A entrada do canal S. Roque - Canal do Paraíso.
                       A Ponte de Carcavelos, também conhecida pela ponte dos namorados.
A Ponte Pedonal Circular que une as quatro margens dos dois canais e que expressa uma mensagem na sua Arquitectura "O ABRAÇO"
                                                               As casas coloridas.
                                                      A antiga fábrica de cerâmica.
                              Antiga Capitania do Porto de Aveiro............ e mais, mais e mais
Teria muito para descrever e para visitar, mas fica a promessa de voltar.
Fiz o que o povo diz: Visitar Aveiro e não fazer um passeio de moliceiro, é o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa....
Bem... posso dizer que foi possível e agradável andar de moliceiro.
Mas também posso dizer que já visitei Roma e não vi, nem a "sombra do Papa".
Afinal conhecer Portugal é muito mais fácil.....

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Montemor-O-Velho

Há alguns dias que não escrevo sobre a minha visita aos cantinhos do nosso Portugal histórico.
Por isso vou tentar descrever a passagem pelo Castelo de Montemor-O-Velho.
Inserido no Distrito de Coimbra, faz parte de uma Vila antiga, que será digna de muita observação.
Nesta zona a personagem principal é o Rio Mondego, mas o Castelo Medieval, um dos mais belos de Portugal foi a nossa primeira opção.
Este Castelo é bastante bonito, estando em bom estado de conservação.
A extensão das muralhas será das maiores que já terei encontrado.
Entrando pela porta da peste, portão da entrada do Castelo, de imediato me senti envolvida por um espaço medieval, com ruínas, mas ao mesmo tempo com vida recente que se fazia notar nos seus jardins bem cuidados.
A casa de chã,  de edificação singela com paredes em vidro e estrado em madeira, confere leveza e é pouco chocante com o espaço central do Paço das Infantas, actualmente em ruínas.
Depois, logo a seguir por entre o relvado das muralhas, a Igreja de Santa Maria de Alcaçova, que com a sua porta aberta convida a entrar e a admirar o seu interior com um belo altar, várias pedras tumulares, uma pia baptismal, pinturas nos tectos e lindas colunas laterais.
Lá mais às frente a torre de menagem, bem conservada.
Posso dizer que me senti confundida com o espaço que me rodeava. Não sabia se estava num lugar medieval decorado e conservado com gosto ou num jardim decorado com peças medievais. Qualquer uma das opções me agradava.
No entanto tudo tem a sua história e não posso deixar de comentar que foi neste castelo, que se decidiu por reunião de conselho, por termo à mais bela história de amor da história de Portugal, "A morte da jovem Inês de Castro".
E, depois disto, o tempo passou e tínhamos que seguir, mas nunca sem deixar de admirar lá do cimo das muralhas os campos de cultivo e os extensos arrozais do rio Mondego.
Seguimos viagem...

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Côja e Aguieira

Já há uns dias que tínhamos o privilégio de percorrer a Beira Interior e de sentir os aromas singelos da natureza. Nem tudo dura para sempre e a região do Baixo Mondego ia aparecendo.











Ao longe surgia Côja - Princesa do Alva - com a sua ponte antiga do estilo românico que serve de ligação entre as margens do rio.
Logo de seguida a Barragem da Aguieira, alimentada pelas águas do Rio Mondego e inserida numa área arborizada de grande beleza natural. Esta região, é também utilizada para a prática de desportos náuticos e de lazer.
Desfrutamos desta paisagem e tranquilidade por algumas horas, pois decidimos ficar por ali até ao dia seguinte.
O rio Mondego foi o nosso tranquilizante e logo de manhã resolvemos segui-lo até Coimbra.

Pois é... mas Coimbra é um núcleo urbano da região das Beiras e considerada a terceira maior cidade de Portugal e uma das mais antigas do País com muitos pontos de interesse e por isso foi motivo para a decisão de ser visitada devidamente noutra ocasião com tempo suficiente para admirar e desfrutar de uma cidade romântica que conheceu os amores proibidos de Pedro e Inês - um dos seus episódios mais marcantes -.
E é aqui que fica a promessa de uma viagem a esta cidade, também conhecida pela arte, cultura e lazer.









Por agora ficamos pelo Aqueduto de S. Sebastião, também conhecido pelos Arcos do Jardim e pela estátua do Rei D. Dinis, fundador da Universidade de Coimbra e que tornou a língua portuguesa, oficial no nosso País. Até essa altura todos os documentos eram escritos em Latim.  
"Fica também uma das frases mais conhecidas sobre Coimbra"....

"Coimbra do choupal, ainda és capital dos amores em Portugal.... Coimbra....."

Voltarei....

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Alvoco da Serra

Desta vez tínhamos pela frente Unhais da Serra, Loriga e Alvoco da Serra. A paisagem era deslumbrante. Em cada curva e ziguezague entre as serras da Estrela e Açor íamos descobrindo lugares fascinantes de fazer parar a respiração.
Durante alguns quilómetros foram muitas as vezes que pensamos estar num País que não tinha nada a ver com este cantinho português.
Os desfiladeiros as montanhas, as encostas verdejantes a perder de vista e os riachos pareciam paisagens comparáveis aos Pirinéus ou outros lugares idênticos. Lá longe uma pequena mancha branca assinala que a Serra da Estrela faz jus ao nome e nunca deixa de ter neve por muito pouca que seja. O outro lado, a Serra do Açor, vai mostrando as aldeias isoladas mas encantadoras.
Foi no miradouro de Loriga que consegui a primeira foto de Alvoco da Serra que dizem ser a aldeia mais alta de Portugal.
Depois chegados à Vila pude verificar que é um local com alguns pontos de crescimento e outros de estagnação, onde as pedras parecem contar a história daquele lugar. Algumas distantes no tempo, outras com aspecto mais recente mas fazendo uma combinação quase perfeita.
O bom gosto da conjugação dos materiais utilizados por várias gerações e o cantar das águas da ribeira de Alvoco, logo ali ao lado, que correm por entre o granito e passam pela ponte medieval constitui o eixo fulcral do povoamento.
O que os meus olhos vêm naquele momento são terrenos bem cultivados e regados o que me leva a pensar que esta água é muito bem aproveitada na actividade agrícola que vai alimentando a população.
Entretanto não posso ficar indiferente à antiga capela de Santo António, na entrada da Vila, bem restaurada e que contêm um pequeno museu de arte sacra
O ambiente de tranquilidade, as paisagens naturais e excepcionais, as estruturas diversas nas áreas de lazer, bem como a tipicidade de Alvoco da Serra, dá-nos a sensação de querer ficar por aqueles lados serranos onde se respira ar puro, autenticidade e simplicidade.
Mas a viagem tinha que prosseguir e por isso assim fizemos e seguimos acompanhando e admirando tudo que de belo aquela região nos proporcionou.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Alpedrinha

Alpedrinha foi um dos lugares que visitei.
Situada no sopé da Serra da Gardunha é uma Vila do Concelho do Fundão.
Tenho que admitir que foi uma surpresa agradável.  Depois de ter descido por encostas verdejantes da Gardunha, observando a perder de vista os campos de cultivo, os cerejais, os castanheiros, riachos e sentir os cheiros da natureza, eis que a Vila de Alpedrinha surge com o amontoado de casas misturadas com o arvoredo .
As ruas estreitas parecem esconder mistérios, mas não deixam de surpreender com enfeites de sardinheiras e flores de várias cores. Ouve-se a água de algumas fontes e a frescura de todo aquele lugar, que quase se encontra deserto.
Pensei... Mais uma vila histórica idêntica a outras por onde passei. No entanto quando comecei a subir as tortuosas ladeiras rumo aos velhos palácios escondidos, o meu olhar defronta-se com um museu vivo em cada rua estreita e em cada chafariz de pedra já gasta pelo cair das águas. Casas apalaçadas, varandas de madeira ou pedra.










Enfim, cada passo dado, mostra um mundo escondido no cimo das escadas íngremes que vou pisando. e nestes caminhos escondidos de Alpedrinha, de repente surge como por feitiço o Palácio do Picadeiro, que dizem ter servido de residência aos Jesuítas. Na sua parte central tem um enorme brasão virado para um pátio quadrado, chamado de picadeiro. Na entrada parece ter existido um portão que com toda a certeza terá sido monumental.
Depois um dos lados desse mesmo pátio é acompanhado por um muro altíssimo que dá para o chafariz real e onde existem parapeitos com bancos laterais e dos quais se pode desfrutar de um magnifico panorama.










A Igreja Matriz com duas torres, contempla toda a beleza que a rodeia e junto a ela a chamada Casa da Comenda rodeada de jardins e piscina e que, hoje em dia, está transformada em Casa de turismo de habitação.











Mas continuar a falar de tudo que existe em Alpedrinha tornaria esta conversa demasiadamente longa e quem sabe talvez cansativa. Sendo assim, para quem estiver interessado, deixo uma foto do que poderá encontrar para passar um óptimo dia de Verão.
Faça boa viagem.....

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Piodão

Quando comecei por descrever a minha viagem pelas aldeias históricas do Centro de Portugal, claro que não podia esquecer a Aldeia histórica de Piodão, no Concelho de Arganil.
Muita gente já falou deste lugar, tiraram milhares de fotografias, andaram por aquelas ruelas estreitas e inclinadas como se penetrassem num presépio ao vivo, mas continua-se a fazer tudo de novo e a ficar fascinado.
Depois de percorrer por curvas e contracurvas com belas paisagens a Serra do Açor, com encantos naturais até não ter fim, vilas escondidas, montanhas, vales, desfiladeiros, cursos de água e o silêncio da natureza, surge como uma miragem, a aldeia de Foz d'Égua que é um lugar incrível e logo a seguir a Aldeia de Piodão.
Não podíamos pedir mais beleza depois do percurso percorrido.
Em Foz d'Égua encontramos uma praia fluvial de grande beleza. É aqui que a ribeira de Piodão e de Chãs se encontram. As duas pontes em pedra que atravessam as casas de xisto que não são muitas, mas num estado imaculado e a ponte de madeira suspensa (propriedade privada) mas com circulação permitida é inesquecível. Foz d'Égua pode dizer-se que é um local, cheio de encanto e magia.
Logo a seguir a Aldeia de Piodão recebe-nos na Praça Principal com a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, toda pintada de branco contrastando com o negro das casas de xisto. Mais ao lado o Museu dá-nos a conhecer a vida da aldeia e funciona como uma mostra da memória do concelho de Arganil.
O artesanato, impera naquela praça, mas o mais fascinante é percorrer as ruas estreitas e inclinadas onde as casas em xisto e os telhados cobertos com laje, portas e janelas de madeira, a maioria pintadas de azul, se encaixam umas nas outras alinhadas



Lá no cimo e a guardar a aldeia surge a Capelinha de S. Pedro, padroeiro daquele local. Percorremos tudo isto. Confesso que deu para ficar um bocado cansados, mas nada que não se resolvesse com um pequeno lanche com direito a provar um licor de mirtilo.
Piodão é um lugar fascinante.
Bem, depois disto a única coisa que podíamos fazer era continuar à procura de outros encantos pelo serpentear das curvas que a cada momento nos mostravam paisagens de fazer parar a respiração.
Continuarei....
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