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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O Cata-vento

Mais uma das minhas histórias que talvez não tenha interesse algum para quem a lê.
Já devem ter verificado, que de vez em quando tenho "ataques" de saudosismo. Dizem que faz parte da alma portuguesa. Sendo assim, sempre que tenho uma oportunidade não a deixo escapar.
Um dia, reparei num cata-vento no centro de Portugal e mesmo com o carro em movimento captei o momento.
Talvez não tenha sido uma foto perfeita, mas foi a melhor que consegui.
Depois disto, e porque sempre me fascinaram, tenho que falar destas torres enfeitadas com as pás dispostas lateralmente sobre um eixo horizontal e colocadas estrategicamente no cimo, que giram conforme a força do vento.
Eram utilizados para accionar bombas de água quando o vento não estava preguiçoso e assim orientavam as práticas agrícolas com o aproveitamento da energia que produziam.
Entretanto com o evoluir dos tempos o cata-vento começou a ter os dias contados e foi sendo substituído por bombas eléctricas e outros mecanismos.
Foram ficando parados e desaparecendo da nossa paisagem, deixando-a mais pobre, triste e sem a beleza do movimento e vida que transmitiam.  
Depois surgiram outros tipos de cata-ventos (que nada tinham a ver com os que acabei de falar) com novos formatos mais sofisticados e com outro conceito, que eram exibidos nas torres das igrejas, torres, casas particulares, escolas, enfim já como símbolo de hierarquia e poder e como objectos decorativos nas chaminés.
As minhas palavras "leva-as o vento" e talvez um dia leve também as minhas lembranças, mas neste momento sou eu que não quero deixar esquecer um património fascinante que vai deixando de ser uma linda atracção....
Evolução dos tempos....


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