Olá amigos(as)
Pretendo com este blogue manter um meio de comunicação como se fosse o meu "Diário de Bordo".
Sendo assim os temas serão variados passados no meu dia a dia. Viagens, emoções, momentos, rimas, histórias da minha terra, etc.
Sugiro que passe também o seu olhar pelas fotos de outro blogue : "O Meu Olhar" https://bmamax.blogspot.com
Se tem interesse em algumas dicas para tratar das suas plantas ou horta, visite: https://quintaljardim.blogspot.com
Os seus comentários serão bem recebidos e por isso deixo um OBRIGADA por ler o que vou rabiscando
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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Trancoso

A minha viagem vai continuando e a oportunidade de visitar a Cidade de Trancoso não escapou.
O Castelo e as muralhas situados no alto de uma colina dão a oportunidade para assistir a toda a zona envolvente e contemplar as maiores serras do centro de Portugal.
Esta fortaleza segundo reza a história terá sido anterior à nacionalidade, mas D. Dinis mandou reforçar o seu interior. Comparado com outras fortalezas está em bom estado de conservação.
Trancoso não é só Castelo, muralhas e lugares históricos, mas nesta minha viagem o interesse é mesmo esse "Património histórico", por isso tento escrever dentro desses parâmetros, embora por todos os lugares que passei a história recente, esteja lá.
Então, continuando, não fiquei indiferente ao Pelourinho ali existente, considerado monumento Nacional e logo em frente a Igreja de São Pedro, que exibe na porta principal um brasão com duas chaves cruzadas. No interior um mausoléu, túmulo do profeta e poeta Bandarra, que dizem ter sido sapateiro de profissão.
Podia ter continuado por vários monumentos, pois nesta região são vastos, mas decidi também dar atenção às ruas estreitas e inclinadas rodeadas de lindas e frondosas hortênsias que embelezam as casas em pedra de estrutura baixa.
Percorrer a pé por estas ruas ainda se tem o privilégio de observar fontes e poços muito originais e antigos. É o caso da "Fonte David", que segundo diz a lenda, quem beber três goles daquela água ficará tentado a viver em Trancoso.
Não bebi, por isso consegui seguir viagem, mas não deixei de fotografar uma quadra que encontrei noutra fonte.


E foi assim que segui com alguma sede.... sede de beleza e de história que ficou por visitar....

terça-feira, 17 de junho de 2014

Sátão

Hoje continuo na minha viagem pela história e não deixarei para trás a freguesia de Sátão.
Pelo que pude observar é um lugar tipicamente rural mas interessante.
Dizem que por aqui passou o conde D. Henrique e a sua esposa D. Teresa e como reconhecimento pela forma como as gentes de Sátão os receberem e acolheram, terão passado uma carta foral, sendo por isso a vila e o município mais antigo de Portugal.
Toda esta região é atractiva pela riqueza das paisagens naturais e arquitectónicas.
Mas também é rica no seu património com várias igrejas, capelas, casas senhoriais, sepulturas rupestres, bem como ruínas de um Castro
À chegada a minha atenção prendeu-se de imediato com o edifício da Biblioteca Municipal que funciona no antigo solar dos Albuquerques cuja decoração das cantarias se destaca e evidencia, bem como o enorme brasão no centro do edifício. Para embelezar o espaço que a rodeia, a árvore feita escultura, em frente, tudo indica que foi transformada já depois de ser secular.
Do outro lado da pequena praça a Igreja Matriz de Santa Maria de Sátão, de construção românica construída em granito no século XII, apresenta uma torre sineira muito original. No interior podem-se apreciar os altares em talha, já mais recentes, bem como o púlpito da época.












Depois tudo isto está enquadrado entre jardins e casas em pedra decoradas com vasos e plantas coloridas.


Bem não demoramos muito tempo por aqui, mas deu para perceber que Sátão esconde tesouros que esperam quem os vá desencantar, que predominam à sua volta e onde a vida parou há séculos e que formam um conjunto de valores monumentais e paisagísticos.

O nosso tempo tinha que ser bem gerido, por isso este é um dos locais que terei de voltar porque deixei para trás de certeza uma história que tem muito para descobrir.










segunda-feira, 16 de junho de 2014

Alcongosta

Olá
Esta é apenas uma descrição de um dos lugares que visitamos numa viagem pelas Aldeias Históricas do Centro de Portugal.
Quase sempre antes de sair de casa, pensamos que não haverá lugar mais bonito que a nossa terra natal - Abragão!!!!
Claro que há........ muita beleza paisagística variada por todo o Portugal.
Então lá seguimos à descoberta da natureza.
A Vila do Fundão estava programada para ser o nosso primeiro porto de abrigo.
Era um dia especial para nós, mas isso são contas de outro rosário.....
Depois de um jantar especial, o hotel tinha à disposição um autocarro para quem quisesse visitar "Alcongosta".
E falar de Alcongosta é o mesmo que ver cerejas,,, e por aqui há toneladas delas
Um lugar muito animado com música, tasquinhas, artesanato, doces e licores da região.
As casas da aldeia cheias de luzes, cores e movimento dão a possibilidade de degustar diversos produtos.
No pequeno espaço junto à Igreja tocava e cantava o grupo "Toques do Caramulo" - as modinhas da região -. Diziam pelo meio das canções animadas, que eram da Serra do Caramulo, aquela que dava água muito boa para nós bebermos, mas eles para além de a beberem, também lavavam os pés .... "malandrecos"!!!... 
Não arredamos pé enquanto cantaram, embora o frio nos começasse a incomodar.
Como era noite, as cerejas para venda estavam guardadas, por isso de manhã voltamos.
Durante o percurso éramos desafiados constantemente pelas cerejeiras carregadas de frutos pendentes das árvores, quase em cima da estrada.
Acha que conseguimos resistir???....... Claro que não......
Já no local do dia anterior, por todo o lado se viam e ouviam grupos de bombos, gente que comprava e vendia as famosas cerejas e seus derivados.
Grande animação, gente simples e simpática.
Queríamos ficar, mas outros lugares fantásticos estavam no nosso programa.
Depois de dois dedos de conversa com gente da terra e de comprar a cerejinha apetitosa continuamos a viagem....
A minha descrição não será de certeza a mais empolgante mas acreditem que tudo o que me rodeava era um autêntico palco de um festival, marcado pela produção da cereja que é o símbolo de todo o concelho.
Quero voltar....


domingo, 15 de junho de 2014

Sardinheiras

As minhas rimas

Nas minhas janelas tenho
Estas lindas sardinheiras
São graciosas e coloridas
Mas muito namoradeiras

Quem passa na rua 
Todas elas bem divertidas
Mandam beijos para todos
Mostram-se bem atrevidas

Há dias o cheiroso jasmim
Por elas ficou apaixonado
Fez-me queixa e chorou
Cheio de razão e amuado

São tão bonitas e viçosas
Mas estão na flor da idade
Fazem lembrar as raparigas
Quando estão na mocidade

Esta mocidade de agora
Para sempre não vai durar
Deviam ser mais carinhosas
Para o jasmim namorar
                            Beatriz Máximo

terça-feira, 3 de junho de 2014

A Chocolateira

Toda a gente que nos conhece sabe que temos a mania de gostar de motos antigas.
O António é o apaixonado por elas e eu por arrasto lá fui gostando aos poucos. Hoje, embora não saiba andar de moto, acompanho-o como pendura.
Desta vez quero contar uma das histórias (porque temos muitas) da (chocolateira). É assim que os nossos amigos espanhóis chamam a esta BSA.
A cena passa-se num dos nossos passeios à vizinha Espanha, em Ayllon - Segóvia. Zona muito bonita com gente simpática e boa comida.
A "chocolateira", que já não é jovem, pois é do início dos anos 20 estava cansada. Já tinha percorrido umas dezenas de quilómetros nesse dia. A dada altura começou a reclamar e não queria mesmo seguir viagem. O António pensou: Aqui não ficas nem vais de reboque.... vamos ao trabalho e veremos o que acontece. Mas era necessário tempo para conseguir que ela voltasse a rolar.
Por coincidência, tudo isto aconteceu numa paragem que sempre se fazia neste percurso, junto a um ribeiro e um moinho, não só para descanso das máquinas mas também para aquecer o estômago dos participantes. O ritual era um saboroso churrasco.
Escusado será dizer que enquanto toda a gente se agarrava ao osso (com carne) o António agarrava-se à sua chocolateira (sem carne). A muito custo conseguiu que a velhinha moto conseguisse andar.
Pois... mas o tempo de comer "já era" .... e por isso não conseguiu saborear o gostoso churrasco, mas conseguiu que a sua velhinha mota seguisse viagem, embora o cheirinho que ficava para trás de carne assada na brasa o fizesse sentir com a barriguinha a colar às costas, mas mesmo assim feliz por resolver a avaria para poder seguir na sua "chocolateira".
"Ossos do ofício".
Mas costuma dizer-se: Quem corre por gosto não "COME".

domingo, 1 de junho de 2014

DIA DA CRIANÇA

As minhas rimas

É para todas as crianças
Que hoje resolvi escrever
E as rimas que lhes faço
São para lhes agradecer

Dizem que dia um de Junho
As crianças são lembradas
Mas as crianças não têm dia
Para serem acarinhadas

Quando as crianças sorriem
Meu coração sente alegria
E qualquer coisa me diz
Que são felizes no dia a dia

Crianças são paz e pureza
São a nossa eterna alegria
As crianças enchem o mundo
De esperança e muita magia

Elas são como um sonho                                                  Fotos retiradas da Internet
Que nos faz transportar
Recordar o tempo passado
e porque não, também brincar

As crianças e seu sorriso lindo
Alegres e seu olhar brilhante
A sua alma cheia de amor
E a sua vida muito radiante

Como é linda a sua inocência
Bondade e seu divertimento
E assim vão ficando adultas
Na vida ao ritmo do tempo

É também lindo vê-las crescer
Sorrir, saltar, chorar, brincar
Sem nunca deixar de aprender
O que mais tarde terão de ensinar

Como é bom tudo isto existir
O coração cheio de esperança
E um novo futuro virá a sorrir
E com ele a felicidade de uma
"CRIANÇA"
                       Beatriz Máximo

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Dedicado aos amigos

As minhas rimas

Ter amigos é algo terno e comovente
Uma riqueza sem par, sem ter preço
Mesmo longe estão sempre presentes
É uma aliança sem fim e sem começo

É viver alegre, em convívio e harmonia
Entender todas as diferenças encontradas
Estar unidos em desgraça e alegria
Olhar nos olhos de mãos entrelaçadas

Amigo é estar sempre presente na ausência
Confiar-lhe os nossos maiores segredos
Indicar o caminho e também confortar
É rir, chorar e vencer juntos os medos

Nem sempre o melhor amigo está presente
Mas saber que está bem e com alegria
Dá força, coragem e toda a condição
De seguir em frente na estrada da vida

Por isso, hoje, quero, que todos saibam
Que posso estar longe e sem lhes falar
Mas para ti amigo(a) que estás ausente
Podes crer estarás no coração eternamente
                                              Beatriz Máximo

terça-feira, 27 de maio de 2014

Escrever

Escrever nem sempre é fácil. Depende do momento e do estado de espírito, mas o simples acto de escrever, por vezes ajuda a organizar as ideias.
Um papel e uma caneta fazem milagres, curam dores, consolidam sonhos, levam e trazem esperanças perdidas.
O que vou escrevendo talvez nem tenha importância alguma, mas é o que sinto no momento que o faço, embora nem sempre consiga descrever muito bem o que pretendo.
Não sei se é bom ou mau.... mas sei que tenho que fazer expressar as minhas emoções, descrever o que vou observando, passar uma simples mensagem ou talvez, quem sabe, apenas ocupar o tempo e deixar de ouvir o silêncio que me rodeia.
Escrever é bom, nem que sejam umas simples notas enquanto se fala ao telefone e dessas notas fazer mais tarde longas histórias.
Enfim, tudo isto são palavras apenas, mas costuma dizer-se "palavras leva-as o vento". Por isso se o vento as levar  pelo menos tiveram o poder de me fazerem passar algum tempo.
"Ainda que ninguém as leia".....

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Abraços



Dizem que hoje é o dia do abraço.
Mais um dia "De"... por isso fico na expectativa de ser abraçada por quem gosta de mim, mas um abraço de verdade, porque o abraço só falado, geralmente é impessoal. É como quando nos despedimos e dizemos...:  "um abraço" ou "abraços". Assim é só uma expressão... e de facto precisamos de abraços quentes, bem apertados, pois só esses transmitem alguma emoção e paz, ajuda na auto-estima e são de graça.
Um abraço é um gesto de carinho, amizade, conforto, cumplicidade.
Mesmo sem palavras dizem-se coisas muito importantes como "tinha saudades tuas", "estou aqui para o que precisares" ou simplesmente "gosto de ti".
Na impossibilidade de abraçar pessoalmente quem lê esta mensagem, sinta o meu abraço virtual... mas sincero...
Há dias que só um abraço é tudo que precisamos...

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Motas em Zamora






Os nossos passeios de mota, por esta altura do ano vão sendo frequentes.
Desta vez o nosso destino foi a cidade de Zamora em Espanha. Os amigos esperavam-nos.
Levamos a nossa velhinha "Norton". É um pouco mais desconfortável para a "pendura", que é o meu caso, mas é segura e afinal também tem de ter a oportunidade de limpar o carburador.
Bem, é sempre emocionante a chegada. Não só pelos amigos que nos esperam, mas também pelo facto de Zamora estar muito ligada a Portugal.
Faz fronteira com Portugal, deixa passar por entre montes e vales o Rio Douro e não podemos esquecer que foi nesta cidade que o nosso 1º Rei de Portugal assinou o tratado de Zamora, que reconhece definitivamente a Independência de Portugal.
Depois, nota-se que é um local cheio de tradições e de simbolismos religiosos. As fachadas dos edifícios são cuidadas e confesso que passei muito tempo de pescoço erguido observando os detalhes das varandas que me encantam e ao mesmo tempo tentando encontrar os ninhos de cegonhas que se instalam sem pudor em qualquer beiral ou telhado..
Apesar de o nosso objectivo ser rolar estrada fora com as nossas velhinhas de duas rodas, também não deixamos de apreciar usos e costumes de uma cidade pequena, tão perto de Portugal.

Daí a surpresa de encontrarmos para além do Românico, a sua localização, as cegonhas em tudo que é torre, desafiando as nossas câmaras fotográficas, a ponte romana espectacular e que liga as duas margens, do nosso e deles Rio Douro, passar pelas arribas do Douro, entrar em Portugal e de novo percorrer estradas planas com campos de cultivo que parecem postais ilustrados.
Os contrastes de vinha com terra cultivada, terra arada e as encantadoras papoilas, formam autênticas pinturas naturais.
E foi assim entre quilómetros, comida, convívio, visitas e paragens obrigatórias para fotos, chegamos ao fim, cansados.
Sim, cansados, mas felizes pela companhia, pela hospitalidade e claro pelo prazer de andar de mota.



























Cansados, mas felizes....

terça-feira, 13 de maio de 2014

Sol e Primavera

Enfim. Os dias encheram-se de sol. Afinal a Primavera começou e os dias têm estado cheios de luz e calor.
O passado já era.... e o sol dá-nos esperança e alegria...
Muitas vezes pergunto para mim mesma o que quero fazer da minha vida, nestes dias de sol, tão lindos.
É uma pergunta tão especial e tão boa.... Sabem porquê? É um privilégio reservar um bocadinho para nós e, diga-se, acho que todos temos esse direito de aproveitar da melhor forma possível qualquer minuto ou segundo da nossa vida.
Penso que estamos cansados de nos dizerem que não sorrimos, que não somos capazes de fazer, que não somos capazes de conseguir, realizar, concretizar, enfim.... Que raça esta! Vamos acabar com a tristeza por decreto (que é o único decreto que ainda não se lembraram).
Apliquem coimas aos mal humorados, aos zangados, aos enfastiados! Acreditem, o SOL é para todos. Vamos ser mais tolerantes, mais divertidos, mais sorridentes. Levamos tudo muito a sério e não reparamos nas pequenas coisas que nos fazem felizes.
Esquecemos o pormenor de estarmos vivos. Ó que coisa boa! Só por isso temos obrigação de ficar bem dispostos. Para quê desperdiçar o nosso tempo, dizendo que não temos "tempo".......
Com sol ou sem ele e perante estas constatações, o que é bom e melhor, talvez seja apenas admirar o que nos rodeia.
Por isso, nesta Primavera apostemos em ser felizes.
Continue a Primavera e o sol nas nossas vidas. 

segunda-feira, 5 de maio de 2014

O Aniversário

Falar de aniversários pode ter vários significados, mas sempre é a passagem de mais um ano sobre qualquer acontecimento.
Neste caso foi a celebração de estar vivo. E estar vivo é tão bom e gratificante que há gente que festeja com grande pompa e circunstância.
Não foi o caso. A diferença numa festa seja ela qual for distingue-se pela alegria, o convívio, a amizade e claro a simplicidade.
Na minha perspectiva é assim que se deve celebrar a vida.
O que estará fora de moda será o exagero, por isso no aniversário da minha amiga Maria de Fátima, fizemos a diferença com a maneira descontraída e animada.
Somos todos já bem adultos, mas confesso que nas nossas atitudes parecemos crianças felizes. Fizemos o nosso almoço divertido, as nossas travessuras e até improvisamos o que deveria ser tradicional.
Depois como o dia estava lindo resolvemos ir à descoberta de lugares rurais mas com história - Tongobriga - Marco de Canaveses. Rimos com gente simples e simpática. Visitamos a Igreja de Stª Maria do Freixo e não dispensamos parar na Casa dos Lenteirões.
Depois de tudo isto só faltou ver um bom filme com um pacote de pipocas ao colo.
Bem mesmo sem pipocas e sem filme cantamos o hino dos amigos e a diversão foi grande,
com brindes à alegria e a promessa de repetir com o próximo aniversariante da mesma maneira simples, alegre e com espírito de crianças animadas.
O dia acabou, mas a alegria não.
Cada idade tem a sua beleza e essa beleza deve sempre ser uma liberdade. Foi o que fizemos.

Termino à minha maneira....

Se a neve começar a cair
Não mudes nunca o humor
Cada idade tem uma juventude
Com gestos e palavras de amor
                                  Beatriz Máximo

domingo, 4 de maio de 2014

MÃE

MÃE
A palavra MÃE é uma palavra demasiado minúscula, para tanto significado. Três letras nunca podem representar um sentimento tão bonito e verdadeiro, como aquele que sei, tinhas por mim. Dizer que foste a melhor amiga é sempre redutor, mas na verdade não se pode separar a palavra amiga da palavra mãe. Nunca ninguém me quererá tão bem.
Dizer que foste a melhor mãe do mundo é falso, porque, felizmente não conheci mais nenhuma e na verdade espero que não tenhas sido, até porque eu não fui de certeza a melhor filha e estaríamos em desigualdade. Eu fui a melhor que sabia e tu muito mais do que soubeste ser.
Foste aquela pessoa, que só de sorrir já me fazia bem. Tive e tenho por ti o amor que só uma filha consegue ter e mais a admiração possível por um ser tão fantástico, que além de me dar vida, ainda me fez viver bem e melhor todos os dias.
Não pretendo com isto, apelar à lágrima, emocionar quem me lê, até porque espero, as vossas mães sejam especiais e únicas como a minha. Não foi porventura, a mais linda do mundo, a mais elegante, a mais amorosa, a mais simpática, um exemplo de mãe. Nem precisava, porque era simplesmente a minha e só por isso já me dá um orgulho que mal me cabe no peito.
Acho que à medida que a vida vai passando vamos percebendo mais conscientemente o valor que a mãe representa para nós. O porto de abrigo que afinal sempre foi e nós se calhar não quisemos aproveitar e perceber. A relação acabou, passou. A morte foi demasiado cedo para terminar com algo de tão belo e genuíno.
Quem teve uma mãe que foi assim, simplesmente mãe, imensamente mãe, como a minha, é de certeza uma pessoa privilegiada.
É dia da mãe, mas acho que nunca precisarás de um dia para que te possa dizer o bem que me fizeste.
OBRIGADA MÃE...

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Maio - Mês das Noivas

Começou o mês de Maio. Toda a gente (ou quase) já ouviu falar que este mês está muito ligado às noivas.
Muitas razões deverão existir para que isso aconteça. Algumas conheço. Outras não.
As que talvez façam mais sentido serão as comemorações do dia da mãe, ser o mês que representa Maria (mãe de Jesus). O sol é mais agradável. Os dias são maiores e existirem flores muito variadas por todo o lado.
Entre elas as famosas flores de laranjeira de cheiro intenso, sedutoras e símbolo da pureza.

Agora surge uma curiosidade que não posso deixar de mencionar.
Há quem diga que na Idade Média, era no mês de Maio que as pessoas tomavam o primeiro banho do ano, por ser o início do Verão.
Pensando bem esse banho (tão esperado) devia ser insuficiente para tirar os maus odores do Inverno. Talvez por esse motivo os convidados dos casamentos, nesse dia usavam muitas e variadas flores.
A noiva levava, também, bem perto do seu corpo o ramo a que chamamos hoje "bouquet" (talvez para disfarçar)
Imagine-se!!!!
"Bem... Hoje em dia como se vai tomando banho mais vezes, os casamentos já se vão fazendo durante o ano inteiro".
E é assim... a verdadeira razão para este mês ser considerado o mês das noivas talvez não tenha ficado bem esclarecida...
Mas, espero, que pelo menos tenha sido divertido...

quarta-feira, 23 de abril de 2014

O Passeio de Motas de Abragão (2)

A minha história anterior continua
Ao fazê-lo tenho que admitir que tudo isto me dá uma sensação boa de quase aventura.
Neste dia o local principal é Guimarães.
Os quilómetros são menos e o segundo dia é sempre mais relaxante e tranquilo.
Toca a "corneta" e a saída é feita tranquilamente em curvas e contracurvas até Penafiel, Felgueiras e Senhora da Penha.
"Pena" foi, que este lugar tão interessante estivesse envolto por um manto de nevoeiro que mal dava para admirar os lugares fantásticos que nos rodeavam, assim como observar lá do alto, a cidade "Berço de Portugal" e quem sabe o Oceano Atlântico.

Mais uma vez tudo isto não impediu os nossos objectivos de saborear o nosso já famoso "farnel".
Passado algum tempo a visibilidade já mais aberta deixou-nos ainda tirar algumas fotos, visitar a Igreja e observar algumas grutas.
Bem, com o estômago já quentinho seguimos admirando o serpentear da serra e observando o teleférico que passava por cima das nossas cabeças.
Tudo começou a ficar mais visível à medida que íamos descendo e de repente num abrir e fechar de olhos tínhamos a cidade onde Portugal nasceu - Guimarães -.

Aguardava-nos um guia turístico e a cidade berço foi explorada e descrita de uma maneira diferente do habitual.

O centro histórico é fascinante e por isso por mais vezes que a visite sempre encontro motivo para voltar.
O Castelo, o Palácio dos Duques, A capela onde se pensa ter sido baptizado D. Afonso Henriques, os pormenores de alguns edifícios, a praça da oliveira, a igreja considerada pelos habitantes como a sua Sé Catedral, o casario peculiar, enfim todo este conjunto de interesse histórico e tantos outros, fizeram de nós uns privilegiados em sermos portugueses com um património tão vasto e histórico.
O almoço servido no Restaurante "Paraxut" depois de um "porto de honra" na esplanada da praça histórica, não deixou ninguém indiferente.
A hora de regressar aproximou-se, mas a vontade era de continuar a conhecer e observar mais e mais, deste cantinho de Portugal.
E foi assim, que com alguma nostalgia e com promessas de regressar que deixamos Guimarães e continuamos a viagem de novo, até Abragão.
Depois... depois... chega a hora da despedida e é com verdadeiro espírito de companhia e com os olhos humedecidos que todos nós fazemos promessas de voltar e continuar a conhecer com as nossas motas clássicas, o pequeno mas acolhedor cantinho português.....
Até à próxima.......

terça-feira, 22 de abril de 2014

O Passeio de Motas de Abragão

Fazendo esta história em movimento, começo por falar que "andar de mota faz as pessoas muito mais felizes".
Sendo assim todos os anos na semana da Páscoa vamos reunindo um grupo de alguns amigos e fazemos um alegre convívio em duas rodas.
Durante dois dias sentimos na cara o ar da montanha, o perfume das serras e das flores que nesta época se encontram por todo o lado.
Abragão é sempre o nosso ponto de encontro.
Quase todos os anos, o percurso previamente planeado, começa com ameaça de chuva. E assim foi, mas nunca é razão suficiente para nos impedir de percorrer montes e vales.
Desta vez o nosso destino estava planeado até terras de Tarouca e regresso pela serra de Montemuro.
Entretanto antes de lá chegarmos não pode faltar o chamado "mata-bicho" e um bom café bem quente.
Já em Tarouca fizemos visita à Casa do Paço (museu do champanhe da Murganheira) e logo de seguida "Ucanha" - Esta localidade única, com a sua ponte medieval, o rio, o moinho, a rua ingreme e estreita, quase entaipada pelas casas em granito, torna este local místico.

Ninguém tem vontade de sair, mas o almoço aguarda-nos em Tarouca no Restaurante "Tio Pedro".

Se de manhã o dia estava ameaçado com chuva, o mesmo não se pode dizer depois de almoço. Quase num Verão repentino e na hora de continuar viagem a tentação foi tirar o casaco.
Pois é... mas a Serra de Montemuro não abdica do seu frio e nevoeiro e obriga a uma paragem.
Confesso que a visibilidade e o frio me começaram a incomodar. Os travões das motas funcionavam mais e o cuidado tinha que ser redobrado.
Bem, mesmo assim, tudo correu bem até chegarmos novamente a Abragão.
E foi assim que depois de um bom banho quente e algum relaxamento, o jantar no Restaurante "Solar do Souto", soube que "nem canja"......
No dia seguinte tivemos outras histórias e outras estradas para percorrer.
(Continua)

terça-feira, 8 de abril de 2014

Voltou o Sol



As minhas rimas

Hoje o dia nasceu lindo
Como se fosse uma pluma
Macia, suave e a voar
Entre nuvens e espuma

Mas o dia passou rápido
Como uma linda andorinha
Linda, perfeita, olhando o céu
E que traz a minha alegria

Os dias são sonhos mágicos
Como as estrelas cadentes
Embora durem muito pouco
São recordados para sempre
                         Beatriz Máximo

sábado, 5 de abril de 2014

Frio e chuva

Hoje sábado e já em tempo de Primavera, a chuva e o frio continuam.
Se já começou a dita cuja, então porque será que ainda ninguém percebeu?
Enfim. O sol não aparece e começo a pensar que o tempo padece de distúrbios de personalidade que me enlouquecem.
É que o sol dá-nos esperança e a sua ausência começa a tornar-nos deprimidos, irritados, ansiosos, sem sorrisos. incapazes de concretizar algo ou até mesmo de amar.
Acabe-se com este tempo por decreto (que é o único que ainda não se lembraram). Apliquem-se coimas ao S. Pedro (sempre ajuda nas contas do Estado).
Quero ver as pessoas mais divertidas, mais sorridentes, mais tolerantes , mais felizes. Ouvir o riso das crianças que passam.
É que enfrentar esta instabilidade, faz-nos desperdiçar o nosso tempo e até esquecemos o pormenor de estarmos vivos.
Ó Primavera chega de ser preguiçosa e dá-nos tréguas. Vem viver dias divertidos com o sol a queimar a cara e a aquecer o coração. Vem ser feliz.
Desabafos....


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Ucanha

Olá. Desta vez, embora o dia estivesse com chuva e nevoeiro, tínhamos mesmo que fazer o reconhecimento do percurso que na Páscoa vamos fazer com as velhinhas clássicas de duas rodas (motas).
Gostamos de estradas nacionais e lugares históricos, por isso a intuição levou-nos até Tarouca, perto de Lamego.
Depois procurar recantos especiais. Foi assim que de repente a nossa atenção se centrou num nome.
Ucanha.... conhece? Se não conhece, quase de certeza já ouviu falar.
Logo que chegamos não ficamos indiferentes à maravilha daquele local.
Esta Vila sob a encosta, que desce até ao rio Varosa ou Barosa (escolham), caracteriza-se por se concentrar numa só rua.
É assim que somos surpreendidos pela expressividade de algumas varandas, em madeira e pela alegria, cor e originalidade das casas que em conjunto com o rio bem lá no fundo, a torre e a ponte fortificada do século XII (Monumento Nacional), nos faz lembrar pinceladas de um quadro perfeito.
Depois de ter passado o efeito de surpresa não ficamos indiferentes à Torre e à sua Ponte Medieval.
Aí então depois de perguntar e ler uma discrição logo à entrada fica-se a saber que é um exemplar único deste tipo de arquitectura que conserva integralmente a torre de tripla função: A de defesa à entrada do couto monástico de Salzedas, a de ostentação senhorial, bem patente na alta torre e a de cobrança de portagem e armazenamento de produtos.
Portagem!!!! foi a palavra que mais me fascinou. Naquela época uma cobrança de direitos a quem por ela passasse. Foi uma das principais fontes de rendimento da povoação. Claro que quem tentasse não o fazer era atingido do último piso da torre por entre os seus alçados com ranhuras, com azeite a ferver que os guardas atiravam.
(Afinal as portagens não são só nos dias de hoje).
Bem saímos dali com a certeza que ninguém nos atiraria azeite quente, mas também com a certeza que é um dos locais a visitar no nosso percurso de Páscoa.
Um lugar para conhecer....