Olá amigos(as)
Pretendo com este blogue manter um meio de comunicação como se fosse o meu "Diário de Bordo".
Sendo assim os temas serão variados passados no meu dia a dia. Viagens, emoções, momentos, rimas, histórias da minha terra, etc.
Sugiro que passe também o seu olhar pelas fotos de outro blogue : "O Meu Olhar" https://bmamax.blogspot.com
Se tem interesse em algumas dicas para tratar das suas plantas ou horta, visite: https://quintaljardim.blogspot.com
Os seus comentários serão bem recebidos e por isso deixo um OBRIGADA por ler o que vou rabiscando
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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Torre de menagem de Braga

Já não será novidade para quem me conhece, a frequência com que visito a cidade de Braga.
Então de cada vez que ali chego, encontro sempre atracções ou edifícios que me vão cativando.
A Torre de Menagem bem perto da Avenida Central, sempre me despertou a atenção.
Parece que todas as vezes me chama para que a possa admirar.
Umas vezes faço tentativas, outras passo ao largo e outras demoro algum tempo a olhar e a pensar:
Como encontro uma torre de menagem rodeada por um pátio e casas, sem castelo ou muralhas!?
Talvez a resposta seja simples. Talvez eu seja ignorante, ou talvez eu saiba e não queira acreditar que em tempos, por ali existiu um castelo que terá sido demolido lentamente, para dar origem a outras construções.
Bem, desta vez resolvi tirar duas ou três fotos, e como tal, hoje apetece-me falar talvez do que não sei, mas do que pude observar
A torre bem alta e toda em granito é coroada de ameias e com ângulos reforçados. Apresenta uma escadaria exterior e lá no cimo ao centro das paredes, janelas, algumas geminadas. Cercada por ruas estreitas, com casario antigo e algumas arcadas, confirma que o tal castelo ou muralhas terão existido, mas por motivos (talvez convenientes) desaparecido.
Logo a seguir fica a Igreja da Lapa que já terá sido construída muito posteriormente, no século 18
Bem...  pelo menos conservou-se a torre que hoje é considerada "Monumento Nacional"
Suponho que se ainda hoje existissem essas muralhas, em pleno centro histórico, seriam uma das grandes riquezas patrimoniais e turísticas de Braga...
Pois é... mas não existem.... paciência... 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Aldeia da Pena

Não foi a primeira vez que decidimos visitar a Aldeia da Pena.
É um lugar perdido na freguesia de Covas do Rio, em São Pedro do Sul.
Os quilómetros para lá chegar são consideráveis, mas a paisagem que se vai observando é fantástica com uma mistura de serras, vales e os rios Tâmega, Douro, Bestança e Paiva.
Perante tudo isto já devem ter percebido que não dá para sentir o tempo passar.
E é assim que chegados ao alto de S. Macário logo se avista a Aldeia da Pena.
Temos agora uma estrada íngreme, com curvas e cuja dimensão em largura, deixa-nos a pensar como se fará no caso de surgir um carro em sentido contrário. No entanto, para que as dúvidas não ficassem por esclarecer, eis que surge a oportunidade de confrontar a situação. Entre manobras para traz, para a frente e a boa vontade de todos, o assunto resolveu-se.
O nosso objectivo fica enriquecido ao passar por estes pequenos, mas divertidos momentos,
Toda a envolvência convida à contemplação com um enquadramento único de casas em xisto e ardósia, bem típico e inspirador.
Convêm mencionar que tudo isto se localiza no coração do maciço da serra da gralheira e por isso a paisagem é bastante agreste e o sol só aparece poucas horas por dia. No entanto este facto não lhe retira a beleza de uma aldeia singular.
Bem... mas o nosso motivo de visita incluía a gastronomia da única adega típica da Pena.
Por isso também nos deliciamos com presunto, queijo, pão de milho, chouriça assada, arroz de feijão vermelho e o borrego na brasa, tudo regado com o vinho da casa e com a melodia natural da água corrente e cristalina de um pequeno ribeiro.
Depois uma visita pelo restante casario (que é pouco). O artesanato feito pelo próprio vendedor e o mel da aldeia, fazem do Sr. António um homem orgulhoso e que nos diz que neste momento apenas residem por ali 6 habitantes, enquanto a sua esposa, cá fora se entretém a secar as cascas dos legumes para depois dar a comer aos animais.
Mas de cada vez que ali voltamos temos sempre uma surpresa.
Desta vez descobrimos o cemitério com umas 5 ou 6 sepulturas bem cuidadas, mas já com uma placa a anunciar o aumento do mesmo, não vá o diabo tecê-las e continuar a dar ouvidos ao povo, que conta a história da época que não existia cemitério e tinham que levar os mortos para Covas do Rio e cujo caminho era muito tortuoso. Uma dessas vezes um dos carregadores teve uma vertigem e caiu ficando debaixo do caixão. Nesse dia o que começou com um morto, terminou com dois.
É assim que ainda hoje, se conta a história ou lenda do "morto que matou o vivo".
Não deixa de ser curiosa também a dimensão do aumento do cemitério.
Talvez sejam apenas uns 24/25 m2.

Logo ao lado a igreja, bem rústica e adequada à arquitectura e à dimensão dos respectivos habitantes.
Bem... depois disto, restava-nos o regresso, mas orgulhosos por um país com encantos naturais e insólitos quase escondidos, mas que ainda conseguem surpreender com a sua imensa beleza.
Foi com pena que deixamos a Aldeia da Pena...

sábado, 11 de julho de 2015

Fim de semana

Mais uma semana que passou.
Começa o tão esperado descanso.
Para além de lhe desejar um bom fim de semana, também desejo que faça dele especial.
Descanse o suficiente e escute a sua música preferida, leia um livro ou brinque com as crianças (se por acaso existem aí por casa) ou simplesmente dê um passeio tranquilo pelo campo ou pelo mar e admire a sua magia.
Quem sabe, até, poderá visitar um amigo e recordar belos momentos juntos.
De qualquer maneira, independentemente da sua decisão, ame todos aqueles que o rodeiam.
Tenho certeza que se assim fizer, o seu fim de semana será quase perfeito e terá novas energias para o começo de mais uma semana de trabalho.
Bom fim de semana...

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Arouca

Naquele domingo de Maio tínhamos combinado andar por terras de Arouca na nossa velhinha máquina de duas rodas.
Gostamos de lugares quase esquecidos.
Aqui, talvez não seja bem o caso, porque Arouca é um concelho muito diversificado e na área metropolitana do Porto.
A começar pela zona urbana, é atractiva pela sua gente pelos seus monumentos e pelas suas tradições. Quanto à serra é muito especial, porque em alguns lugares embora seja escassa a sua vegetação não se pode ficar indiferente às diversas urzes e carqueja a combinarem com um manto de erva rural que no seu conjunto fazem um colorido encantador parecendo tapetes naturais.
Depois em lugares mais sombrios e frescos encontram-se as giestas que se destacam formando um atractivo quase único.
Lá bem no alto, na zona do miradouro crescem extensas manchas de flores carmim, que talvez o sejam pelo facto de existir uma erosão crescente do solo. E é assim que vamos percorrendo a serra e constatando que se encontram zonas de floresta onde abundam pinhais, misturados com eucaliptos. e abundantes rochedos.
Arouca tem muito a oferecer.  A fauna e a flora raras, algumas creio, já em vias de extinção, a queda de água da Frecha da Mizarela e as famosas Pedras Parideiras (património quase único no mundo).
E é esta diversidade de paisagem, que a cada quilómetro percorrido vamos encontrando lugares diferentes. As serras e vales, animais, aldeias escondidas, lugares de laser, encantos naturais, recantos adequados e preparados para quem quiser passar um dia de piquenique e um colorido que faz quase parar a respiração, fazendo lembrar lindos painéis pintados.
Depois ainda podemos observar vários rios que atravessam esta zona. Os mais conhecidos são o Frades, o Caima e o Paiva (um dos mais limpos de Portugal)
E lá vamos rolando, rolando até que  temos o privilégio de visitar o radar Meteorológico da Região Norte a uma altitude considerável que nos permite admirar lá do cimo toda a região envolvente. O mar, toda a serra da Freita, Serra da Estrela, Serra da Marofa, em Figueira de Castelo Rodrigo, as cidade do Porto e Aveiro.














Pode-se considerar uma espécie de miradouro de Portugal.
No entanto, fica sempre muito por descrever do que os nossos olhos vêm e o que o coração sente, mas só assim existe a vontade de voltar.
Viva a nossa natureza...

segunda-feira, 6 de julho de 2015

As namoradeiras

As minhas rimas

Nas minhas janelas tenho
Estas lindas sardinheiras
São graciosas e coloridas
Mas muito namoradeiras

Quem passa na rua vê
Todas elas bem divertidas
Mandam beijos para todos
Mostram-se bem atrevidas

Há dias o cheiroso jasmim
Por elas ficou apaixonado
Fez-me queixa e chorou
Cheio de razão e amuado

São tão bonitas e viçosas
Mas estão na flor da idade
Fazem lembrar as raparigas
Quando estão na mocidade

Esta mocidade de agora
Para sempre não vai durar
Deviam ser mais carinhosas
Para o jasmim namorar
                            Beatriz Máximo

domingo, 28 de junho de 2015

Festa de S. Pedro - O Porteiro do Paraíso

Depois do Sol nascer de novo, eis-me aqui para falar de S. Pedro.
Em Abragão festeja-se bastante, pois é o padroeiro desta Vila.
Não é novidade para ninguém que S. Pedro é considerado o primeiro papa da Igreja Católica, protector dos pescadores e das viúvas e é com ele que terminam os festejos aos Santos Populares.

.
Dizem que seu nome era Simão. No entanto como era um homem firme e com liderança, Jesus deu-lhe o nome de Pedro ("pedra")
Viveu como pescador e por isso em alguns lugares é homenageado em alto-mar, com uma procissão.
Por aqui, não temos mar mas como é o padroeiro, é muito acarinhado.
Há uns bons anos, neste dia, era colocado no meio do arraial o mastro mais alto que se conseguisse. Muitos homens tinham de ajudar, pois a tarefa era bastante pesada e segundo consta, no dia da festa alguns tentavam subi-lo o mais alto possível. Só que estava ensebado o que tornava as coisas muito difíceis.
O seu altar era bem ornamentado e grande, sendo preciso várias pessoas para o levarem na procissão e amparado por cordas para que não caísse.
Hoje, dentro da tradição, tudo está mais facilitado, embora a festa que lhe é dedicada continue a ser grandiosa e a cativar os residentes e muitos forasteiros.
E, como todos os santos populares, este também está ligado a alguns mitos e crenças.
Não sei  se o dizem por aqui, mas sei que há quem diga que todo o homem com nome Pedro neste dia, deve acender uma fogueira na porta da sua casa. Essa fogueira tem de ser triangular - diferente das que são dedicadas ao S. João.
Há também outra tradição que começa por alguém conseguir amarrar uma fita na pessoa com o nome Pedro. O que fica com a fita tem obrigação de dar um presente a quem o amarrou ou pagar uma bebida . O melhor é estarem atentos todos aqueles com o nome "Pedro". Saiam de mansinho quando virem alguém aproximar-se.
Ainda há outras comparações:
Quando começa a trovejar, diz-se que S. Pedro está a mudar os móveis de lugar. Quando chove muito, S. Pedro está a lavar o chão do céu..., enfim...
Bem... parece que é um santo com muitas funções.
No entanto, talvez o título mais interessante, seja o de porteiro do paraíso.
Está no imaginário popular que o Santo tem as chaves que abrem todas as portas do céu e que é com ele que teremos de conversar para poder entrar.
Cuidado... vamos lá começar a pensar nas palavras bonitas para dirigir a S. Pedro... Não acham?
Que a porta se abra na hora certa...
Pensem nisto....

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Festa de S. João no Porto


Apetece-me falar da festa de S. João no Porto, mesmo sabendo que a maior parte das pessoas conhece bem os festejos desta Cidade.
Cresci a festejar todos os anos intensamente esta festa, que junta um grande número de gente pelas ruas em alegre convívio e animação.
A cidade veste-se de cor e balões, manjericos com quadras alusivas, fogueiras, cascatas e bailaricos. Esta tradição transforma tudo num imenso abraço entre milhares de pessoas que num convívio inigualável e inesquecível dura até de madrugada. 
As Igrejas enfeitam os altares em honra do Santo. As cascatas, penso que únicas em Portugal, chamam a atenção de quem passa. A mais famosa cascata será certamente a que fica nas Fontainhas.
A noite de 23 de Junho que tantas vezes celebrei, e espero continuar a fazê-lo, será sem dúvida a mais alegre do ano.
Multidões de pessoas na rua, manjericos, cravos, erva-cidreira, alho-porro e os modernos martelinhos, fazem parte da festa para ajudarem toda a gente a um cumprimento amigável.
As fogueiras não podem faltar e muita gente gosta de mostrar a sua coragem saltando por cima delas. Tudo se enfeita com arcos e balões e o fogo-de-artifício não pode faltar, lançado a partir do rio Douro.
Depois  o caldo verde, a boroa, a sardinha assada e claro tudo regado com um bom vinho.
E assim continua a noite até de manhã a terminar na Foz do Douro, junto ao mar....
Ah…. Ninguém pode esquecer de comprar o manjerico. 
 

Quem sabe não nos encontraremos numa rua qualquer a festejar…. e….  


              Viva o S. João com o seu arco e balão….

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Dor na coluna

Sendo este blogue (como já tenho dito noutras ocasiões) quase como o meu diário de bordo, onde partilho emoções e vivências, hoje não posso deixar de comentar que passei uma semana muito desagradável.
A minha coluna fez questão de fazer o "favor" de me lembrar que o tempo vai passando e quer eu queira ou não, vou sentindo o peso dos anos e dos tais ossinhos que me arreliaram.
Enfim, juro que não lhe dei oportunidade de me derrubar e só para contrariar fui fazendo por rir de mim própria e fiz as pazes com a minha história.
Concordei com a passagem do tempo e conservei o humor, apesar de precisar de alguma ajuda.
Aceitei os vincos em torno dos olhos e o código de barras debaixo do queixo.
Mesmo assim, apesar da minha teimosia, tive que conviver com a "chatinha" da coluna que me agarrava e persistia em não me querer largar.
Demorou mas não me dei por vencida, porque a dor física, tal como as outras, um dia vem e no outro vai.
Esta instalou-se vários dias!!!....

domingo, 14 de junho de 2015

Doe Sangue

Hoje é um dia especial.
É um dia digno de muito reconhecimento.
"DIA DO DOADOR DE SANGUE"
Doar sangue é doar vida.
Quem o faz demonstra muito amor pelo próximo.
Não posso fazê-lo. Já precisei e estou eternamente grata.
O meu apelo vai para aqueles que podem, hoje, ou em qualquer dia do ano, que o façam.
É um procedimento simples, rápido, sigiloso e seguro.
Não corre riscos e acredite é um acto de amor ao próximo, solidariedade e responsabilidade.
Dê sangue e ajude a salvar várias vidas...

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Ser feliz

As minhas rimas

Ser feliz é ter forças para viver
É encontrar coragem no perdão
É agradecer a Deus a sua vida
É acolher o pobre e dar a mão

Ser feliz é falar tudo de si mesma
É encontrar sempre um sorriso
Dar um abraço amplo e humano
Sem angústia quando ele é preciso

Ser feliz é acordar com alegria                                    É rir mesmo na hora de chorar
É transformar erros em virtudes
É viver nunca deixando de amar

Ser feliz é sentir o sabor da água
É notar o cheiro da terra molhada
É sorrir das suas próprias tolices
É ter amigos nas horas amargas

Ser feliz é valer a pena viver
É valorizar a alegria e a tristeza
É encontrar forças no perdão
É dar amor e carinho com firmeza

Ser feliz é não ter medo de amar
É ter coragem para ouvir  “não”
É ter segurança para ouvir a crítica
É atravessar desertos fora de ocasião
                                   Beatriz Máximo

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Elvas

E foi assim... Seguimos viagem com uma vontade tremenda de ficar por ali na tranquilidade da Vila de Portel, mas era dia de chegar a casa.

A estrada quase deserta leva-nos até Elvas. O calor aperta. Por ali estavam 29ºC. No norte chovia.
Sendo assim o melhor era mesmo aproveitar mais algumas horas de tempo agradável.
Percorremos a cidade com intenção de registar lugares e momentos de uma cidade raiana portuguesa e já no Alto Alentejo.
Às portas de Espanha e muito perto de Badajoz, foi já no século 21 que as duas cidades se uniram com o objectivo de atrair mais emprego, investimento e desenvolvimento.


Depois Elvas tem o maior conjunto de fortificações abaluartadas do mundo que em conjunto com o centro histórico foi considerada Património Mundial da Humanidade.
Passamos por vários monumentos, castelos, igrejas, pelourinhos, praças públicas e ruas bem características de um Alentejo histórico.
E como Portugal é sempre uma surpresa, fui fotografando o nosso património emocionada, embora não consiga deixar por aqui tudo aquilo que meus olhos e máquina registaram.
Na hora de seguir, confesso que não deixei de lembrar da canção que diz:
"Oh Elvas... Oh Elvas... Badajoz à vista..."...

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Portel

Daquela vez resolvemos que o regresso de umas mini férias seria por estradas nacionais e pelo interior de Portugal.
O que as auto-estradas nos ofereceram em termos de rapidez e talvez segurança, tiraram na qualidade de paisagem e oportunidade de conhecer vilas, aldeias e paisagens de fazer parar a respiração.
Seguíamos quase em silêncio para que os nossos olhos nada perdessem e para que ficassem bem registados os lugares, tanto na memória, como na máquina fotográfica, quase indispensável na minha mala de viagem.
O Alentejo todo o ano é lindo. Cada estação de maneira diferente. Nesta estação do ano, somos presenteados com grandes extensões de campos com uma mistura de verde, de urze, alfazema, malmequeres amarelos e brancos, papoilas, enfim, um colorido digno de uma bela pintura.
É um espaço aberto que parece não ter fim. É a inconfundível traça da arquitectura rural, presente nos "montes" das grandes herdades.
Quase que se perde a noção dos quilómetros percorridos, mas eis que ao longe se avista um lindo Castelo bem no alto da Vila de Portel, já no distrito de Évora em pleno Alentejo Central.
Aqui decidimos, então, visitar o majestoso Castelo e depois procurar um lugar para almoçar.
Na verdade nunca tinha estado neste local e fui agradavelmente surpreendida por um Castelo construído a partir de uma fortaleza.
A Torre de Menagem foi o que mais me chamou a atenção, mas no seu interior ainda se podem observar grandes vestígios de casas, supostamente para protegerem os habitantes durante a guerra entre Mouros e Castelhanos.
Por sorte por lá andavam alguns turistas com guia e claro fui-me aproximando e tentando fazer parte do grupo para escutar o que a história de Portugal encerra.
E foi assim que fiquei a saber que dentro do castelo terão existido três igrejas - a de S. João, S. Vicente e de Stª Maria. Fiquei a perceber que Portel terá sido habitada por Romanos e talvez por Fenícios exploradores de minas de metais. Mais tarde por Mouros, Castelhanos e mais tarde passou a ser propriedade de vários reinados até D. Pedro I, que resolveu doar Portel aos duques de Bragança, que assim passou de geração em geração até ao dia que se tornou uma comarca.
Fui escutando o guia sem dar a entender que não era do grupo, até o mesmo seguir outro rumo.
No entanto para que sinta interesse em visitar Portel posso dizer que é um local cheio de encantos e tradições que fica entre a serra e a planície, onde o imponente Castelo fundado no século XIII domina o branco casario da vila e que é uma porta de acesso ao Alqueva, o maior lago artificial da Europa.

E foi assim que depois de um almoço com migas, carne da panela e a típica sobremesa sericaia, seguimos viagem na expectativa de novos lugares de interesse.
É bom viajar...

terça-feira, 12 de maio de 2015

Puebla de Sanabria

O tempo estava óptimo e a ousadia de desfrutar de um paseio de mota, com alguns amigos, levou-nos até Puebla de Sanabria, cidade espanhola que fica perto do rio Onor.
Posso garantir que é um local ideal para desfrutar, admirando as esplêndidas paisagens naturais e com ruas e praças do centro histórico bem tratadas e que merecem uma visita repousada e pormenorizada.
É também uma das cidades mais antigas de Zamora e que foi alvo de várias batalhas, inclusive com Portugal, pois a sua localização faz fronteira com o nosso País.
E como sempre, nestas cidades históricas temos a Plaza Mayor.
É então neste local que se faz o ponto de encontro para começar o "recorrido" . 
Os horários são quase sempre cumpridos mas ainda há tempo para a foto de família e para admirar os edifícios que circundam a praça.
A Igreja de Nossa Senhora del Azogue dos finais do século XII, 

                                A Ermita de San Caetano, construída alguns séculos depois.


O casario brasonado e bem conservado, bem como bem perto o Castelo dos Condes de Benavente, que oferece visitas guiadas.
Este Castelo, hoje em bom estado de conservação, já teve alturas que não terá sido assim porque sofreu danos consideráveis quando participava de uma forma directa nas guerras com Portugal.
E é este conjunto paisagístico aliado à flora e fauna que se encontram por aquelas terras de Sanabria que fazem desta região a classificação de Parque Natural.
Desta forma e assim sendo não deixamos de visitar umas das jóias deste parque que é o Lago glaciar de Sanabria, inserido no vale do rio Tera.
Já agora uma curiosidade... Num dos extremos do lago, na povoação de Ribadelago, há uns anos aconteceu que o rebentamento da parede de uma barragem que existiu por perto, provocou uma torrente de água que atingiu rapidamente a povoação matando mais de uma centena de habitantes e destruiu uma parte significativa do povoado. No entanto a calma e a serenidade que vemos no lago, parece desmentir que alguma vez pudesse ter acontecido um acidente tão grave e violento.
Por aqui andamos três dias e em cada um deles descobrimos lugares, paisagens, encantamentos únicos de fauna e flora e gente simpática que nos deixaram com vontade de voltar.
As duas rodas "clássicas" levam-nos a lugares inesquecíveis....

terça-feira, 5 de maio de 2015

Venha o sol

Passar alguns dias fora de casa... "férias"... é muito bom.
Nada dura para sempre, por isso na hora de voltar, sente-se a tal vontade de continuar.
Mas ainda bem que há o regresso, porque é sinal que haverão outros dias diferentes, outros sonhos, outros risos, outras pessoas e outras oportunidades.
Costuma dizer:se  "Foi pouco mas bom enquanto durou".
A energia foi renovada e depois é o momento para reflectir e reorganizar a rotina e colocar as tarefas em dia.
O pior é quando o tempo não deixa pensar positivo (com chuva, frio, vento), enfim...
Bem, estas chegaram ao fim, mas vamos sonhar que o Verão está já aí... e quem sabe o sol ajude a dissimular esta minha cara de mau humor matinal...
Venha o sol....

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Todo o ano

Pois é... cá andamos a apanhar um pouco de sol e a dar uns pequenos passeios.
Nesta altura do ano o Algarve tem outro encanto. É mais calmo, mais genuíno, sem enchentes de turistas.
Imaginem que até os gatos se deixam adormecer com tranquilamente desfrutando do calor de um sol de Abril.
Todos os dias, depois de uma horas de mar e sol, andamos sem rumo certo, à descoberta de conhecer mais e melhor a região.
Esta época tem isso de bom. Conhecer sem pressa cada lugar por onde se passa.
O mar e o areal quase que são propriedade privada.
Depois ainda existe o privilégio de encontrar as melhores esplanadas e restaurantes, sem stress e sem filas intermináveis do Verão.
O peixe está sempre na nossa ementa. Fresquinho quase a saltar. Tão bom!
Acho que me habituava muito facilmente a esta boa vida ... TODO O ANO...

domingo, 26 de abril de 2015

Encontros

Quem não gosta de fazer uns dias de férias? Seja longe ou perto o importante é sair da rotina do dia a dia.
Bem foi com este espírito que decidimos passar uns dias diferentes no sul de Portugal.
O pior é que no dia de sair, o tempo estava com cara feia, chovia e o ânimo não era muito.
Mas seguimos cautelosamente como manda a prudência.
Fizemos paragem em Almeirim para cumprir a tradição de saborear a famosa "sopa da pedra" e de seguida mais uns quilómetros até ao destino.
Chegamos já com tempo bom, mas um pouco cansados.
Decidimos descansar, mas não tivemos oportunidade para tal, pois a nossa amiga gaivota que no ano anterior nos fez companhia e ficou por lá... resolveu  dar-nos as boas vindas...
Tivemos que lhe dedicar alguma atenção...
Os amigos são assim... chegam sempre na hora certa...
Encontros...

quarta-feira, 22 de abril de 2015

O Pooorto...

Olá... Não sou daquelas pessoas que conhece todos os recantos e costumes da cidade do Porto. Vivi desde criança nos arredores, mas deu para ficar apaixonada por esta cidade como se fosse o berço onde nasci. Sou uma privilegiada porque tenho "dois amores".
Sendo assim, vou ser sincera, sou um bocado suspeita para escrever o que a seguir tenho vontade.
Apetece-me descrever um pouco desta linda cidade, transmitindo na escrita algumas palavras à "moda do Pooorto"  e se calhar "puxar a brasa à minha sardinha"
Não se preocupem pois só deixarei aqui algumas dicas do carisma e personalidade que esta cidade transmite a quem a visita.
Como já deu para perceber, começo com a sua pronuncia característica e bem portuguesa... "sem papas na língua".
Podemos então, iniciar um belo passeio pelas ruas e "bielas" da Ribeira do Douro e "andar a butes" para  admirar as tascas, o casario, as escadas estreitas e se calhar observar, "cheios de briol" o encanto das águas do rio e as pontes que a atravessam.
Depois poderemos descansar algum tempo e "alapar" numa das imensas esplanadas ribeirinhas e "tomar uns copos".
Entretanto "botamos"  pés ao caminho para visitar alguns monumentos da cidade. como a Torre dos Clérigos, que é o monumento mais emblemático do Porto, subir os 240 degraus até ao cimo da torre e de lá, então, ter a "bista" mais "marabilhosa" da cidade...
Depois visitar, porque não, a Sé Catedral, situada no coração do centro histórico, construída no século XII, um dos mais antigos monumentos portugueses,
Temos ainda a Igreja de S. Francisco, notável pelo seu conjunto de talha dourada.
E a lindíssima Capela das Almas, com as paredes exteriores "rebestidas" de azulejos representando os passos da vida de S. Francisco de Assis e de Santa Catarina.
Passar pela Avenida dos Aliados e admirar o magnifico edifício da Câmara Municipal.
Temos também o Palácio da bolsa, uma das jóias da coroa, que deixa qualquer pessoa perplexa com o deslumbrante Salão Árabe.
Bem, mas se não tiver "pachorra" para estas visitas, então pare para tomar um "cimbalino" (um pouco mais caro)  ou um "fino" no icónico Café Majestic,
E se já estiver sem "pachorra"  para continuar deste lado, passe para a outra margem e fique a conhecer as Caves de Vinho do Porto e saboreie o dito cujo, com calma e a observe os famosos barcos rabelos.
É evidente que eu poderia continuar a mencionar outras sugestões, no entanto por hoje deixo algumas fotos mais ou menos pitorescas de uma cidade que vale a pena visitar.
É já agora falta-me dizer que por cá há gente que não gosta de "vergar a mola", mas também há outras que são de trabalho, simpáticas, amáveis e recebem toda a gente com um caloroso abraço....
"O Pooorto é uma "naçom.... caraaago"....