Os bancos de jardim acomodam-se tranquilamente com inquilinos estranhos.
É uma morada passageira, onde eu (se tivesse tempo) me deixaria adormecer embalada pelo canto dos pássaros, pela frescura da paisagem e pelo vaivém de gente que passasse.
Ficaria também a olhar o infinito, a sonhar e talvez regressasse a lugares e a tempos passados. E porque um banco de jardim me dá a sensação de tranquilidade, paz e meditação, eu talvez voltasse para o interior da minha consciência e encontrasse as respostas para os enigmas da vida.
Mas certamente não encontraria essas mesmas respostas e acabaria por sentir um vazio e envelheceria pelas intempéries do tempo. Por isso limito-me a olhar para lá e pensar que aquele ou outro banco de jardim estará sempre pronto, na hora que eu precisar, para me dar o seu colo e ajudar a pensar, a recomeçar e a sonhar.
Quem sabe....
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