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sábado, 14 de março de 2015

Cozinha mineira

Naquele dia resolvemos viajar pelas paisagens do Estado de Minas Gerais. 

A intenção era apenas e só visitar mais alguns lugares de um estado do interior do Brasil, que devo confessar é das regiões mais verdejantes e rurais. 

O dia estava ensolarado mas nada nos garantia que de repente tudo se alterasse e a chuva e trovoada chegassem. Começamos por encontrar a indicação do circuito das serras do Ibitipoca (Património natural). Decidimos que o rumo seria esse. 

Depois de alguns quilómetros e na hora de abastecer o estômago, paramos numa estação de serviço que de tudo tinha, tanto artigos regionais como a famosa comida mineira, mesmo ali na nossa frente no fogão de lenha. 

Encantados pelo aromas e sobretudo pela aparência nem pensamos duas vezes. O almoço seria ali e assim conheceríamos os pratos ricos de história e sabor mineiro. 

Normalmente estes pratos são cheios de histórias próprias. Histórias bem brasileiras que remontam à época dos escravos, o ciclo do ouro, das pedras preciosas e que nos dão a conhecer cidades importantes. A preparação dos mesmos é feita em ambientes modestos e com poucos recursos e por esse motivo acaba por despertar um espírito criativo, tanto na mistura dos ingredientes, como nos temperos, dando assim lugar a uma cozinha típica, muito rica e bem variada. 

A cozinha mineira é toda baseada, como se costuma dizer, nos produtos do fundo do quintal, o porco, a galinha, o quiabo, a couve, os torresmos, o lombinho, o fubá, muitas vezes confundido com a polenta, mas que tem a sua própria história, o feijão tropeiro que começou por ser confeccionado de uma maneira muito simples pelos homens encarregados do transporte do ouro desde as minas até à capital do País, nas paragens que faziam durante a viagem. 

Por todos estes motivos é uma cozinha simples, mas com sabor e cheiros marcantes. 

Bem, por todo este blá, blá, blá, já deu para perceber que nos deliciamos por ali com várias iguarias. 

De tudo tínhamos um pouco à descrição em cima do fogão, com a lenha a crepitar.

E foi assim que depois de uma refeição bem diferente do habitual, ficamos ainda a admirar a forma típica desta cozinha e terminar com uma sobremesa de doce da roça e de um café que era cortesia da casa. 

Neste passar de tempo nem reparamos que o céu de repente se tinha tornado escuro tudo indicando que a tal chuva e trovoada tropical se aproximava. Fomos alertados para retomar o percurso de casa se não queríamos ficar parados na estrada. Fomos bem aconselhados e aceitamos a sugestão de voltar. 

Claro que não demorou que o mau tempo nos acompanhasse e nos tivesse tirado a oportunidade de visitar Ibitipoca, conhecida pelas grutas e cachoeiras, mas de qualquer maneira satisfeitos de termos conhecido mais um pouco da enorme história gastronómica brasileira.....

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