Ciudad Rodrigo - Espanha

                                                       Catedral de Santa Maria
Já por várias vezes passei em Ciudad Rodrigo (chamada "Mirobriga" na época romana) – Espanha. No entanto nunca fiz uma paragem demorada para a visitar. Ficava sempre para outra oportunidade. Entretanto surgiu a visita de dois dias e confesso que senti que o deveria ter feito há mais tempo.
É uma cidade cheia de história, com monumentos interessantes e gente acolhedora. Situada em terras de Salamanca e a poucos quilómetros de Portugal, ergue-se esta bela cidade banhada pelo rio Águeda que desagua no Douro. A história conferiu a Ciudad Rodrigo uma peculiar personalidade, dotando o seu centro urbano de características plenamente defensivas. Hoje portugueses e espanhóis entendem-se bem, mas nem sempre foi assim. Viveram-se conflitos ao longo dos tempos e por isso este lugar foi somando arquitecturas de guerra que fazem desta cidade um dos mais interessantes conjuntos guarnecidos de baluartes de todo o ocidente peninsular. Cheia de arte podemos encontrar em abundância, edifícios, desde a pré-história até à actualidade. Tudo isto bem preservado ao longo dos séculos e combinando bem com a natureza que a envolve. Será de certeza um bom lugar para passar umas interessantes férias.

                                              Casa Consistorial na Plaza Mayor
Para além de poder visitar monumentos, terá também os rios, as montanhas, as florestas, a sierra de francia, enfim… tudo isto nos arredores de Ciudad Rodrigo.
Conheça esta cidade....

Rio Tâmega

Eu chamo-lhe "O meu Rio Tâmega". Este rio é um afluente da margem direita do rio Douro e como se vê tem um caudal imenso, desde que foi feita a barragem do torrão.  Não é só nosso, pois o rio Tâmega nasce em Espanha, na Galiza, e entra em Portugal pelo Concelho de Chaves. Por aí desce calmamente, passa perto de Vidago e faz fronteira entre o Minho e Trás-os-Montes. Vai correndo por onde lhe dá mais jeito. Banha Mondim de Basto, que deve muito da sua beleza, a este maravilhoso rio. Aqui desdobra-se em praias fluviais espectaculares, percursos de canoagem, desportos náuticos e ricos e incontáveis pesqueiros a seduzir os apaixonados das bogas, trutas e enguias. Depois de deixar a sua marca por estes lados resolve percorrer mais um pouco e atravessa a linda Vila de Amarante, Marco de Canaveses e Abragão. Por isso aqui o vemos a abraçar e a admirar a nossa linda Vila. Depois de se deliciar com todas estas paisagens resolve ter um amigo e por isso junta-se logo a seguir em Entre-Os-Rios ao espectacular Rio Douro e aí começam um caminho juntos até à foz na cidade do Porto, onde desfalecem no mar já depois de muito cansados, mas felizes por terem deixado para trás tanta beleza nas suas margens.

Paisagens maravilhosas....

Feira das tralhas

Uma Feira de Artesanato - melhor dizendo - "A feira das tralhas", realizou-se este domingo na Vila de Abragão. Simples, pequena, mas divertida.
Penso que quem participa de feiras deste tipo, sabe que tudo isto acaba por se tornar um vício. É bom ver como hoje o artesanato, as antiguidades e os produtos da terra, vão sendo reconhecidos e cada vez mais aceites como desenvolvimento a várias escalas. Não só pela criatividade como também pelo impacto na economia local.













São reconhecidas oportunidades de divulgação e promoção dos produtos da região. Alargam também o potencial turístico. E quando falo neste potencial ele pode vir de muito perto. Mesmo ali ao lado, fora da porta, na nossa rua, na região, na vila ou cidade onde se realiza. Não precisa ser de longe. Poder mostrar ao vizinho, ao conhecido, ao amigo..., a arte, o ofício, a criatividade e o gosto  pela actividade, já é suficiente para que o artesão se sinta reconhecido como pessoa especial.
Hoje foi um desses dias.......
O Largo de Ribaçais foi o espaço envolvente para a arte, o engenho, a gastronomia, a diversão.... Enfim...., Abragão com estas pequenas iniciativas vai-se tornando mais fácil de ser encontrada neste cantinho encravado, no final da montanha, bem juntinho ao nosso Rio Tâmega.

Saia um licor caseiro de morango....

Os Santos Populares

Junho é o mês dos Santos Populares - Stº António, S. João e S. Pedro.
Convenhamos que são uns santos porreiros, pois para além de nos darem um feriado ainda nos levam a ter diversões muito diferentes de outros santos. São santos foliões e dá-nos jeito.
Stº António acreditava no amor, por isso é visto como casamenteiro e é em Lisboa que é mais celebrado e acredito que fica feliz por os casais quererem celebrar o casamento no seu dia e como comemoração desse mesmo amor as marchas em alegre convívio percorrem as avenidas pela noite fora. No calor da festa não pode faltar o manjerico com uma quadra de amor.
S. João que baptizou Cristo, é mais lembrado no Porto não deixando de ter folia por todas as ruas. São permitidos todos os excessos. Bailaricos nos bairros populares e as famosas fogueiras que se saltam com alegria. Para além disso toda a gente se cumprimenta com cravos, cidreira, alho-porro ou o mais recente martelinho. Para além disto o fogo de artifício no rio Douro é o ponto mais alto da noite. Depois  não pode faltar o caldo verde, a sardinha a pingar no pão e já na madrugada a regueifa quente com manteiga e o indispensável café.
O S. Pedro por lhe serem atribuídas várias tarefas, tais como ser o protector dos pescadores, guardar as chaves do Céu, ser responsável pela muita ou pouca chuva, proteger das trovoadas e tempestades, enfim, talvez não tenha muito tempo e por isso seja o menos folião, embora não deixe de ser comemorado, mas de várias maneiras onde é o Padroeiro.
No entanto estes três santos, homens iguais a tantos outros, mas com diferentes níveis culturais e académicos, viveram sempre com simplicidade, humildade e amor.
Talvez por isso sejam tão populares entre nós.

Santo António casamenteiro
Cuida bem de todo o amor
S. João traz bom carneiro
Que o S. Pedro é Pescador

Começaram os bailaricos 

Mãozinha mágica

Lembram-se de verem estas mãozinhas?
Podemos ter muita autonomia e querer saber fazer tudo para não ter que pedir ajuda para nada (ou quase). Pelo menos eu prefiro. Se o quiserem fazer por uma questão de delicadeza, é bom, mas há situações que é mesmo precisa uma ajuda porque não somos capazes. É o caso...
Quem não precisa de uma mão amiga para quando tem comichão no meio das costas.
Num verdadeiro desespero, estica-se o braço direito, o esquerdo, tenta-se a esquina de uma porta e por mais voltas que se dê não chegamos ao sítio desejado. E lá vamos nós à pessoa que estará mais próxima e pedimos ajuda. E a dança começa. Não... é mais para cima, para baixo. Não... mais para o lado, para o outro e neste frenesim, raramente a pessoa acerta e acaba tudo à gargalhada.
A questão torna-se mais fácil quando encontramos uma mãozinha como a da foto (mesmo faltando um dedo) que um destes dias vi em casa de uma amiga.
Então recordei que há uns bons anos se viam destas mãos por aí e às quais eu achava imensa graça.
Esta famosa mãozinha é cheia de perícia e pode ser dirigia por nós próprios para o ponto exacto da comichão e sendo assim lá estamos nós a manter a nossa autonomia.
Será que ainda se encontram por aí?
Mãozinha mágica....

Sonhos

As minhas rimas

Nos sonhos encontramos medos
Sustos, risos e muitas ilusões
Fantasias belas que se criam
Realidades dos nossos corações

Tudo se encontra nesse mundo
Que se une à nossa existência
Fazem-se das fantasias emoções
E criam-se seres com consciência

Existe e sente-se a magia no ar
Que vem de longe de cada ser
Os sentidos parecem não estar
Mas todos se fazem por merecer

Esquecemos de quem somos
De onde vimos e queremos ir
Somos seres sempre incompletos
Mas a luz queremos descobrir

Sonha-se com carinhos e afectos
Beijos, abraços e lindas palavras
Doces que eram muito saborosos
Festas lindas mas já passadas

Criamos asas loucas e soltas
E pensamos que se vão abrir
E um anjo bom queremos ser
para os problemas puderem fugir

Da escuridão então fazemos luz
Da razão fazemos a emoção
Da vida limpamos os medos
E da força surge a tentação

Gritamos bem alto ao sol e à lua
Num sentimento delirante
Entramos então numa loucura
Numa dança interessante

E assim vivemos neste sonho
E dele não queremos sair
Porque ninguém quer deixar
O lugar onde bem se pode sentir
                                Beatriz Máximo

Compota de cereja

Vamos fazer compota de cereja, uma vez que estamos na época deste delicioso fruto.
A minha receita:

Ingredientes
2 Kgs de cerejas sem caroço
800 grs de açúcar
1 ou 2 paus de canela
Casca de limão

Então começa por lavar e retirar o caroço às cerejas. Pode ser com o descaroçador igual ao da imagem, como pode abri-las ao meio e retirar. Só depois é que pesa as cerejas.
(Se entender pode fazer dose a dobrar ou dininuir)
Depois disto coloque num tacho com o açúcar, deixa levantar fervura e depois em lume brando. Vá  mexendo de vez em quando para não agarrar no fundo. Passado algum tempo coloca o pau de canela e a casca de limão e deixa continuar a ferver até ficar em ponto de estrada. Para saber o ponto ideal, pode deitar num prato um pouco e com a colher fazer um risco. Se abrir é esse o ponto.
Nesta ocasião fica ao seu critério, deixar as cerejas como estão ou passar a varinha mágica, mas sem desfazer muito.
Entretanto deve ter os frascos e tampas a ferverem em água durante algum tempo para esterilizarem.
Retire os frascos com uma pinça para não se queimar e coloque a compota dentro e feche.
Introduza os frascos com a compota, fechados, a ferverem durante 10 minutos, para que o ar que ficou entre o frasco e a tampa desapareça e assim não ganhe bolor durante o tempo que vai conservar.
Tem a opção de virar os frascos com a tampa para baixo em cima de uma parte fria até arrefecerem. Depois é só guardar e comer quando apetecer.
DICAS:
1) Eu gosto de guardar as compotas no frigorífico. Na hora de utilizar ficam mais saborosas.
2) Em relação aos caroços, pode deixá-los secar e depois encher almofadas. Estas almofadas podem funcionar para colocar em diversas dores do corpo.
Conforme a situação, utilizar como gelo (se as mantiver no congelador) ou aquecer no microondas durante 2/3 minutos.
3) Em tamanho mais pequeno podem servir de bases para colocar os tachos quentes em cima da mesa.
4) Deixe secar os pés das cerejas à sombra e com eles faça um chã se eventualmente um dia sentir perturbações urinarias.
Como vê tudo se aproveita.
E, agora, resta-me desejar que a sua compota fique muito boa e sempre que a saborear se lembre um pouco de mim.
Até breve.....