Bem, já muito bem dispostos a nossa viagem continuou pela referida serra de Montemuro, inserida num dos mais importantes maciços montanhosos de Portugal, tendo como companhia, um pouco do rio Douro, o rio Bestança e já mais para sul, o rio Paiva. Nestas localidades, ao contrário do norte do Douro, onde encontramos o cultivo das vinhas, a paisagem é bem diferente. Tivemos o privilégio de admirar as plantações de pinhal, eucalipto e todas as serras envolventes cobertas de urze e giestas o que conferia à paisagem a honra de se tornar numa pintura deslumbrante. Sentimos a imensidão das serras, o ar puro que se respira, os animais soltos e felizes nas pastagens, a oportunidade de ter um espaço imenso só para nós, imagens de aldeias que o tempo preservou e assim seguimos deitando os olhos a todo o espaço que nos cortava a respiração de tanta beleza natural
O Rio Paiva acompanhava-nos na nossa viagem com a sua tranquilidade de um rio pequeno mas orgulhoso da sua personalidade.
Entretanto fizemos algumas paragens. Uma delas já em Castelo de Paiva para tomar um café e apreciar o pão-de-ló da região.
O dia começava a chegar ao fim e por isso seguimos a estrada que nos levaria a Abragão, onde nos esperava um arroz de grelos e umas pataniscas.
Foi um dia em cheio, que me fez perceber mais uma vez, porque razão, só na serra é que sentimos a tranquilidade e o conforto que precisamos para a alma, contrariando a euforia do dia-a-dia.
Queridas amigas e amigos, havemos de percorrer outros lugares serranos. Outros locais encantadores e viver momentos de alegria e desfrutar do melhor que a vida tem. "A AMIZADE"