Olá amigos(as)
Pretendo com este blogue manter um meio de comunicação como se fosse o meu "Diário de Bordo".
Sendo assim os temas serão variados passados no meu dia a dia. Viagens, emoções, momentos, rimas, histórias da minha terra, etc.
Sugiro que passe também o seu olhar pelas fotos de outro blogue : "O Meu Olhar" https://bmamax.blogspot.com
Se tem interesse em algumas dicas para tratar das suas plantas ou horta, visite: https://quintaljardim.blogspot.com
Os seus comentários serão bem recebidos e por isso deixo um OBRIGADA por ler o que vou rabiscando
Powered By Blogger

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Cheiros da infancia

Cheiros da infância quem os não tem? Pois é... tenho vários, mas talvez os primeiros sejam mesmo ainda com pouquíssima idade quando minha mãe cozinhava em fogão de carvão e o estalar do lume que me agradava. Depois o cheiro de terra molhada quando chovia. Também ainda recordo as fogueiras de São João que se faziam na rua e juntavam muita gente e cada um tentava saltá-la o mais alto possível. A escola primária e o cheirinho da secretária, a tinta de caneta permanente, os cadernos. a lousa e o giz para escrever.  A professora que com a sua cana da índia bem comprida tocava longe no aluno que queria interrogar. Os cadernos e os lápis. os jogos feitos no recreio e o pó que caracterizava as nossas brincadeira, bem como o saltar à corda. Mais tarde o carro elétrico que apanhava para ir para a escola e cheirava a farda e palha envernizada. Já na escola secundária cheiros já mais adultos mas com a mesma alegria dos da infância. A cantina que tinha uns pasteis de carne deliciosos e quentinhos que jamais comerei iguais e as tíbias com chantilly... O jogo do "mata" que defendíamos com as batas. Enfim...

Bem tantos e tantos cheiros que será difícil descrevê-los todos, mas os mais importantes ainda são o cheiro do pai, da mãe e ainda o cheirinho da casa dos Avós. O café da manhã era feito num pote de barro. Jamais esquecerei aquele cheiro de café barato mas delicioso. Depois lá vinha o dia em que a Avó fazia o petisco que ainda hoje de vez em quando faço cá por casa. Imaginem fritar batatas com casca e cebola à mistura e abafadas com um testo. Eram uma delícia quando fritava um ovo que ia buscar na hora à capoeira. Depois o crepitar da lenha na lareira da cozinha e o Avô sentado num banquinho ao lado do fogo nos dias de Inverno. Cheirinho a fumo que jamais esquecerei. Entretanto também o cheirinho do abraço apertado que ela me dava. Ainda o cheiro de papeis desbotados e rabiscados com a poesia do Avó Máximo que se divertia a ler para nós e que exigia a devida atenção e no final sempre nos presenteava com uma saborosa merenda, como se dizia na época, com cheirinho a aldeia. Bem... ai a saudade que tenho destes e tantos outros cheiros de uma época maravilhosa e que será impossível descrevê-los todos.

Infância que tão depressa passou e que deixou raízes...

https://bmaxims.blogspot.com

Sem comentários:

Enviar um comentário