Para além de momentos passados com família, amigos, tradições, sorrisos, café da Avó e a juventude, não sei bem porquê também lembrei do rio que passa em Abragão e que muitas vezes digo que é meu...
Sim... tenho um rio, mas é dividido com muita gente, o que me orgulha.
Quase que o observo da minha janela, pois divide o concelho de Penafiel com o Marco de Canaveses
É internacional porque nasce em Verin - Espanha e entra em Portugal próximo de Chaves.
Muita gente saberá do que estou a falar e saberá também que corre entre as Serras do Barroso e a do Alvão, fazendo fronteira entre o Minho e Trás-Os-Montes.
Bem... não estou a querer fazer uma aula de geografia (apenas memórias) de um rio que um dia já foi um simples ribeiro e que a sua travessia se fazia num pequeno barco. Só por volta dos anos 40 do século passado é que foi construída uma ponte em pedra com o pormenor de um só arco (consta que na época terá sido o maior que foi construído)
Hoje essa ponte encontra-se submersa devido à construção da barragem do Torrão. Outra a substitui, bem diferente da inicialmente construída, mas funcional.
Pois... mas não foi só a sua ponte que ficou escondida, também as suas lindas pesqueiras, os moinhos (que eram muitos) e algumas casas que existiam.
A lampreia que gostava de morar por ali desapareceu, mas o rio corre com vaidade, agora com uma albufeira que incentiva a vários desportos.
As sua margens continuam lindas e por todo o seu percurso podemos observar árvores centenárias, grande variedade de peixes e uma beleza única.
Não é um rio navegável para grandes barcos, mas pode-se fazer passeios verdadeiramente românticos em barcos pequenos.
É de certeza um dos mais belos rios do País, com águas límpidas a correrem livremente e suavemente.
E assim passei alguns minutos e viajei por algumas memórias de infância...
Olhos que viram, coração que recorda...
https://bmaxima.blogspot.com
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